O tempo continuava magnifico, muito sol.
O nosso abastecimento era feito em andamento, iamos comendo e bebendo enquanto se iam “queimando” km de alcatrão. A máquina fotográfica de quando em vez também entrava em acção, mas esporádicamente, já não havia grandes motivos de interesse para serem registados na máquina a não ser a larga extensão de vinha que existia na região da La Rioja, via-se vinha a perder de vista.
Decidimos efectuar uma paragem para descansarmos e comermos qualquer coisa e essa decisão comtemplou de novo a estação de serviço de Logroño, já no ano passado tinhamos efectuado uma paragem ali.
Desta vez era possivel comer o que não tinhamos conseguido da outra vez, “Tortilla de Batata”, para beber aproveitei uma cervejinha a Nelly ficou-se pelos refrigerentes, são as vantagens e desvantagens de ir ao volante.
Com uma visita ao Wc e outra á pequena loja onde nada compramos, ficou completa a nossa visita áquela área de serviço, voltamos para a estrada, a mesma AP68 que uns largos km depois deixaríamos para entrar na AP1.
A entrada na AP1 requer algum cuidado para se entrar no caminho desejado, caso contrário pode-se seguir em direcção a Bilbao, nós pretendíamos seguir para Burgos e não teve nada que enganar.
A auto estrada registava bastante movimento, no entanto e felizmente para nós o maior movimento registava-se no sentido oposto.
A viagem até Burgos decorreu normalmente, nada de relevo se tinha passado a não ser ter visto pela primeira vez um carro com matricula marroquina, devia estar de regresso á terrinha, tal como nós. Na chegada a Burgos avistamos ao longe as torres da Catedral da cidade. Pelo que se apercebe da auto estrada , deve ser imponente aquela catedral. Nunca a visitei, fica sempre a meio do percurso, e se ida há “pressa” de chegar, no regresso também não há tempo para mais paragens, só mesmo se o percurso vier algum dia a comtemplar alguma visita á cidade é que a deveremos visitar, caso contrário creio que ficaremos sempre pela imagem que se vê da auto estrada.
A tarde avançava em bom ritmo e o transito também aumentava no troço Burgos para Valladolid, nós mantinhamos a nossa velocidade cruzeiro e nada de anormal se passava. A Nelly perguntou-me a que horas previamos chegar a casa eu alvitrei que por volta das 23 mas em condições normais estariamos mais cedo, entre as 21 e as 22.
Na passagem por Valladolid e por ainda ser dia não se viam os neons dos clubes que vimos na viagem de ida, o que se via era o céu a ficar mesclado com algumas nuvens e algumas eram um pouco escuras, talvez ainda apanhassemos chuva.
Como ainda era dia, não estavamos a cumprir as nossas regras de segurança, em efectuar uma paragem pelo menos de 3 em 3 horas, previamos parar apenas perto da fronteira e para atestar o carro antes de entrar no nosso país onde a gasolina está muito mais cara.
Entramos na A6 a auto estrada que liga a Coruña a Madrid, ainda percorremos uns largos km, nesta auto estrada. Os campos de vez em quando tinham um colorido diferente, umas vezes devido á própria cor da terra, também avistavamos de vez em quando terrenos onde parecia terem feito autências plantações de paines solares. Cada vez mais se vão vendo investimentos na area das energias limpas e renovaveis, exemplos disso os paineis solares e as tradicionais ventoinhas, é algo que já está vulgarizado na paisagem, facilmente se veêm as ventoinhas nos locais mais elevados.
Depois de deixarmos a A6, entramos na A52, estavamos cada vez mais perto, o dia começava a ficar mais esquisito, o céu continuava mescaldo do azul com a escuridão de algumas nuvens, o sol de vez em quando quiçá envergonhado escondia-se numa ou noutra nuvem.
O transito na A6 tinha sido pouco, mas na A52 ainda era menos. Aos poucos começavamos a aproximar-nos da nossa fronteira, talvez já desse para ouvir alguma das nossas rádios, mas para já continuavamos a ouvir as muitas músicas que tinhamos gravado para ouvir via transmissor de FM.
Tentamos parar na mesma area de serviço que tinhamos parado na viagem de ida, mas estava dificil de acertar, o problema é que ali na A52 as areas de seriço ficam fora da estrada, muitas vezes até se encontram dentro das localidades. Saímos para uma, mas após a saída não encontramos a indicação da area de serviço, por isso voltamos para a A52 até encontrarmos uma outra. Não tinhamos urgência em abastecer, o carro ainda tinha combustivel para andar um bom bocado. Mas acabamos por sair em Mombuey, a estação de serviço ficava na nacional. Atestamos o depósito, a Nelly não me deixava pagar. Logo contiguo á estação de serviço tinha um snack bar, decidimos ir até lá comer qualquer coisa.
Comidas quentes não tinha, fomos para uns Bocadillos de presunto. O homem foi para dentro, demorou uns minutinhos e quando voltou trazia quase que duas baguetes com presunto no meio, era enorme. Uma daquelas e dava para os dois. Bebi uma cervejinha a Nelly ficou-se por refrigerente. Do meu sobrou um bocado, não conseguia comer tudo, da Nelly sobrou um bocadão. Tinhamos lanchado .... e jantado certamente.
Para voltarmos á A52 passamos pela localidade, andamos uns metros na nacional e essa atravessa a pequena localidade.
Não previamos efectuar mais nenhuma paragem, o dia também caminhava para o fim, a luz solar ia dando lugar á escuridão.
Entramos na lusa pátria já a noite tinha caído, assim que entramos no nosso território e um pouco á imagem do que a Nelly tinha feito no ano anterior, guardei a máquina fotográfica.
Ao longe a escuridão era rompida pela luz avermelhada de um incêndio florestal, não sei se em território nacional ou espanhol.
Entramos na A24 que nos ligaria á A7, estavamos a pouco mais do que uma centena de km do términus das nossas férias.
Na entrada para a A7 e antes das portagens apanhamos o pior momento da viagem destas férias, um banco de nevoeiro muito intenso, a visibilidade era quase nula, foram momentos complicados aqueles, era dificil andar naquelas condições e a Nelly não sabia onde se ligava o farol traseiro de nevoeiro.
Fizemos alguns metros, não sabemos precisar quantos, até podem ter sido apenas algumas centenas, mas parecerem largos km tal a dificuldade imposta. Aos poucos foi atenuando e com isso a nossa viagem foi retomando o ritmo normal.
Na zona de Vizela deixamos a A7 e passamos para a A11 até Lousada, aí entramos na A42 e em Paços de Ferreira na A41 para pouco depois eu chegar a casa.
Descarregamos as minhas coisas e a Nelly foi para casa, ela precisava de descansar, a viagem tinha sido longa e o nevoeiro provocou um aumento do desgaste e no dia seguinte ela trabalhava.
Estava terminada a viagem das férias de 2009 , com um balanço muito positivo, sem pontos negativos a referenciar e com um enorme desejo que cheguem rápido as férias de 2010 para podermos lá voltar, pelo menos planos não faltam, falta o calendário chegar lá.