sábado, 15 de agosto de 2009

Férias !

As crónicas de viagens, estão de partida para férias. No regresso será publicada a crónica da viagem que irá ser por terras gaulesas, Cap D'Agde e Marselha serão os locais visitados.
Até lá, boas férias !.

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Macedo de Cavaleiros


21 de Março de 2009 . Partida de casa pelas 09h50, para me encontrar com a Nelly. Á hora combinada cheguei, ela já estava no local de encontro. Fomos em direcção ao centro da Maia,entraríamos na A41 perto do Jumbo.

A Gasolina na BP estava mais barata e isso reflectia-se nas filas para abastecimento, seguimos para a Cepsa, achava eu que estaria mais barata do que na BP, mas, estava enganado, de qualquer modo a Nelly meteu gasolina na Cepsa e seguimos para Macedo de Cavaleiros. A viagem não se adivinhava nada fácil. Ás 8 da manhã eu tinha ido a Penafiel e o intenso e cerrado nevoeiro, dificultava imenso a viagem, Já se tinham passado 2 horas, algumas melhorias se registavam no tempo, no entanto eu ainda previa algumas dificuldades em determinados locais devido ao nevoeiro.

A viagem ia decorrendo, fomos na A41, depois entramos na A42 até ás portagens de Lousada e passamos para a A11. Por pouco tempo, pois seguíamos na direcção do Marco de Canaveses e ela termina confluindo com a A4, por isso entramos na A4 e fizemos os derradeiros km existentes na A4, após os quais prosseguimos a viagem na IP 4.

Aqui avisei a Nelly que era preciso ligar as luzes, os médios para sermos precisos.

Ao volante ia a Nelly, nesta viagem os papeis estavam invertidos, por isso eu levava a máquina fotográfica para ir tirando uma ou outra foto durante a viagem.

O tempo estava magnifico, os meus receios , felizmente iam caindo por terra, o nevoeiro não aparecia, nem na zona mais critica que eu considero ser o alto de Espinho no Marão. Foi por esta zona que comecei a congelar alguns momentos na máquina fotográfica. A hora ia avançando, eu ia pensando se iríamos até Azibo

ou se íamos directos para o restaurante. Há medida que nos íamos aproximando, ia verificando que provavelmente nos iríamos encontrar na barragem do Azibo.

O dia ia aquecendo, não se fazia sentir o calor dos derradeiros dias, no entanto continuava um dia demasiado bom para a época.

Passamos a saída que onde estava previsto sairmos, no caso de irmos directos para o restaurante, continuamos o caminho no sentido de Bragança para uns escassos km á frente sairmos para a barragem.

Nunca pensei que a barragem ficasse tão próxima do IP4, fica afastada umas escassas centenas de metros. Logo no inicio o local apresenta-se belo, reinava a tranquilidade e a beleza natural.

Passamos a primeira indicação da praia, andamos um pouco para trás para verificar o que dizia na placa, não era aquela que queiramos, seguimos até á próxima que fica situada bem perto, era ali mesmo.

No exterior estava um grupo de pessoas, num primeiro olhar verifiquei que era o grupo, reconheci alguns elementos. Estacionamos e cumprimentei alguns deles, não todos. O Dx estava presente, o Diabolo também e este foi uma surpresa, nunca pensei o voltar a encontrar em almoços do grupo, mas estava lá e era bom que estivesse .

Pouco estivemos por ali, partimos para Macedo de Cavaleiros,para o restaurante.

D. Manuel situado em frente ao tribunal, o pessoal reuniu-se todo e fomos entrando, na entrada era servida uma bebida de aperitivo, eu como não conduzia fui num Porto, a Nelly num sumo. Os lugares na mesa foram sendo ocupados e as entradas devoradas.

Das entradas constava salsicha, alheira, presunto, salpicão, rissois, etc,etc, comi de quase tudo, o presunto estava salgado, era convidativo para o tinto que era muito bom, pelo menos para mim. Toda a gente tagarelava enquanto devorava as entradas e o magnifico pão.

O almoço foi servido, primeiro uma sopa, hesitei em comer, normalmente a sopa costuma ser um creme qualquer ou uma canja, aqui era quase um creme mas de legumes, comi e gostei.

Após a sopa começou a ser servida a posta com batata a murro, estava muito bom, de tal modo que repeti a dose. Para sobremesa fui numa salada de fruta.

Após o repasto, estive um bocado á conversa com o DX, DX que ainda no Azibo me ofereceu um CD do grupo dele. falamos dos almoços do pessoal, de antenas parabólicas, da actividade musical dele e do fórum, estivemos largos minutos á conversa. Enquanto isso alguns elementos começaram a desmobilizar. A hora

também já andava a rondas as 17 horas.

Pouco tempo depois foi comido um bolo de bolacha e começou a desmobilização quase geral, estava a chegar ao seu final este convívio, mais um nas terras transmontanas.

Nós afinamos pelo mesmo diapasão e pouco depois abandonamos o local, despedi-me de alguns elementos, principalmente o BIG, o DX, o Diabolo, o Mig28 e o Lagartixa.

O tempo estava bom, a viagem de regresso a casa certamente seria efectuada sem qualquer problema. Assim se verificou. Cheguei a casa á hora prevista, 20 horas.

Venha o próximo.


domingo, 2 de agosto de 2009

Peregrinação a Fátima - 7ª Etapa


Domingo, 11 de Maio de 2008. Caranguejeira -> Fátima


Embora esta etapa fosse muito curta, nem aos 20 km chegava, saímos por volta das 2h.30 de Fátima de modo a nos juntarmos aos peregrinos que tinham pernoitado na Caranguejeira. As carrinhas iam cheias , muitos peregrinos de última hora se tinham juntado ao grupo, eram familiares de peregrinos que iriam fazer esta última etapa connosco.

Após o grupo reunido, partimos rumo a Fátima, as 3 horas da madrugada já tinham passado, o nosso ritmo de caminhada era um tanto ao quanto pachorrento, estava toda a gente já em plena descompressão. Talvez por isso mesmo a paragem para o pequeno almoço foi efectuada ainda dentro da Caranguejeira e que movimento aquela hora !, parecia hora de ponta. O movimento de peregrinos era intenso, também estavamos mesmo perto de Fátima.

Após o pequeno almoço prosseguimos a caminhada e começamos a efectuar paragens, paragens essas que eram as estações da via Sacra. O caminho começou a ficar muito ingreme, felizmente a manhã não estava quente, bem pelo contrário, o tempo ameaçava chuva.

Em cada estação os peregrinos podiam falar , mas poucos se atreviam a fazer, notava-se que toda a gente estava ansiosa era por chegar, por isso quanto menos se demorasse em cada estação melhor. No entanto numa ou noutra estação sempre havia algum peregrino ou familiar que partilhava com o grupo algumas coisas e isso começou a criar um ambiente em que os niveis emocionais ficaram em niveis elevados.

Na frente do grupo ia sempre a cruz que nos tinha acompanhado desde a partida e um cirio pascal que ia trocando de mãos a cada estação. A Rosa, lider do grupo é que nomeava as pessoas que ficavam incumbidas dessa tarefa e a mim coube levar a cruz na 5ª estação.

A subida parecia não ter fim e a hora avançava rapidamente.

Foi em plena subida , mas já perto do seu final que vi aquela que seria a imagem mais marcante desta longa caminhada, vi um homem já de avançada idade, mas que não me atrevo sequer a alvitrar a idade do mesmo, a caminhar solitário, embora fizesse parte de um enorme grupo de Paredes. Os sinais de exaustão eram demasiado evidentes no rosto de tão fragil figura. Homem de estatura normal, mas muito magro, ele dava meia dúzia de passos e sentava-se alguns segundos, mais meia dúzia de passos e novo descanso..., ele devia estar nos limites. Não fossem as nossas paragens e talvez tivesse oportunidade de ver se o homem se aguentaria até ao final, assim não vi, espero que tenha chegado bem. Era demasiado esforço para o homem.

No final da subida paramos junto a uma igreja onde nos demoramos alguns minutos, ali falei com a Nelly que já me aguardava em Fátima e também falei com o Fernando. Dali até Fátima o caminho fez-se bem melhor, era muito plano, a terrivel e longa subida tinha ficado para trás.

Cada vez mais se adensava o movimento de peregrinos, nós seguiamos em grupo compacto, 2 a 2 na berma esquerda da estrada.

Já á entrada de Fátima falei com a Rosa na hipotese de não almoçar com o grupo e ir almoçar com a Nelly ao que ela sugeriu vir a Nelly almoçar connosco, assim seria.

Na rotunda da entrada de Fátima, formamos em fila de 3 elementos e fomos assim cantando até á entrada do santuário. A policia facilitou a nossa passagem, mandando parar o transito quando era necessário. Junto ao santuário efectuamos a derradeira paragem na derradeira estação, depois disso foi a entrada no santuário e com ela a libertação de muitas emoções e sensação acumuladas ao longo destes últimos dias, foi algo totalmente inesperado para mim, mas foi algo que surgiu espontaneamente, e o Luis bem que me tinha avisado disso mesmo. Esta derradeira etapa é arrasadora em termos emocionais.

Na entrada do santuário estava a decorrer o Adeus á virgem, que é um momento emocionante e também lá estava a Nelly á minha espera, acho que isso também ajudou a libertar toda a carga emocional que me preenchia. A Nelly tinha aparado o cabelo e os olhos dela brilhavam, estava linda.

A promessa estava realizada, senti-me mais leve, agora era hora de irmos para as freiras almoçar, já estavamos a ficar atrasados. Depois era o preparar as coisas para regressar a casa para descansar.

O almoço foi carne assada, após o mesmo o grupo começou a desfazer-se, alguns regressaram a casa, outros como eu ficaram lá para assistir na nova basilica á missa do peregrino e outros, poucos, ficavam lá para as cerimónias do dia 13.

Após a missa , partimos rumo a casa, com uma paragem na mealhada , primeiro no complexo 3 pinheiros onde mostrei á nelly o exterior do que tinha sido o meu quarto quando lá estive e de seguida fomos jantar leitão.

Ficou o enorme desejo de voltar a fazer a peregrinação com o mesmo grupo, talvez no próximo ano.

Para as contas finais, ficam os 21052 passos, que somados aos outros dá um valor muito próximo dos 210 mil. É muito passo e muitos foram certamente dados e não contabilizados.