segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Cap D'Agde 2009 - A Estadia ( Cap 6 )



Quinta feira, 20 de Agosto de 2009

Por questões estratégicas, tinhamos optado por fazer umas paragens de praia estes dois dias para dar algum descanso á pele do intenso sol, apesar de não estarmos de modo algum a abusar do sol, pouca praia tinhamos feito até ao momento, no entanto tinhamos calenderizado algumas coisas e se na quarta feira foram as visitas ás grutas para este dia estava agendada uma visita a Marselha
Tomamos um banho e o pequeno almoço , saímos do parque e ficamos na paragem do centro á espera da camioneta que nos iria levar até á estação. No centro o movimento era reduzido, estava a acordar, por isso pouco movimento existia. A camioneta chegou na hora, 4 € dois bilhetes até á estação.
No relógio da camioneta marcava 10 horas e alguns minutos, achei aquilo estranho, o meu relógio marcava 8horas e uns 20 minutos, tudo aquilo fez-me alguma confusão, mas rápidamente voltei á lucidez e apercebi-me que tinha metido água, o comboio era ás 9h15 mas hora de França, áquela hora já o comboio tinha partido, eu tinha feito confusão com as horas, não levei em linha de conta a hora que existe de diferença, mas de qualquer modo iamos até á estação e confirmavamos.
No centro de Agde decorria uma feira, mas isso não impediu o normal andamento do transito, chegados á estação, confirmamos o que eu suspeitava, já o comboio ia longe, nada mais nos restava fazer do que voltar para trás, mas sem antes perguntar á simpática francesa que estava no “Acueille” os horários dos comboios para Marselha e de Marselha para Agde, comboios directos, obtive a informação, confirmava-se o comboio das 9h15, decidimos tentar a viagem no dia seguinte, também seria a derradeira oportunidade nestas férias.
Com a viagem a Marselha adiada em 24 horas, fomos andando , viemos para o centro de Agde dar uma volta, fotografar e filmar o local.
Antes de atravessarmos o rio Hérault, entramos num café para a Nelly tomar a sua dose de cafeína, após a qual estivemos sobre a pequena ponte que liga as margens do canal do midi a fotografar e a filmar. As filmagens estavam a cargo da Nelly, comigo ficava a fotografia.
O movimento de carros era significativo, mas tal não era impeditivo para nós, andavamos a pé. Atravessamos o rio e descemos para a sua margem. Debaixo da ponte estavam ancorados e presos com cadeados dois barcos dos que são usados nas “Justes”. Ambos estavam decorados com os memos motivos, diferiam apenas na cor, um em vermelho o outro em azul.
Logo á frente fica um clube nocturno que tem alguma fama por aqueles lados, o “Quai des Anges” fica por baixo do café Melrose, Melrose que nada tem a ver com o Melrose do centro, pelo menos no aspecto e creio que no estilo e ambiente também, apesar de nunca lá ter estado á noite.
Seguimos o caminho, começamos a entrar nas estreitas mas arranjadas ruas do centro de Agde, tem aspecto de ser o centro histórico da cidade. Filmamos e fotografamos aquele conjunto habitacional que tem as fachas pintadas dando um outro aspecto ás mesmas, são pinturas simulando janelas, gatos, pessoas, está bem feito aquilo, dá um bom aspecto ás traseiras de alguns edificios.
Por ali começamos a procurar locais que eventualmente vendessem bandeiras pequenas de França, mas nada viamos.
Andavamos por ruas que já tinham sido percorridas por nós em anos anteriores, mas decidimos entrar numa que nunca tinhamos passado  e tivemos uma agradavel surpresa, deparamo-nos com um mercado de rua, não muito grande, mas gostamos do que vimos, até comida vendiam, paella que é muito vulgar encontrar naquela região, frango assado numas máquinas que nunca tinha visto. O calor que o homem apanhava era imenso e ainda estavamos na parte da manhã, mas os frangos ali deviam ficar bem assados, o mercado também deveria funcionar apenas durante a manhã, julgamos nós. Aquele mercado era essencialmente de produtos alimentares, queijos, muitos queijos de vários tipos e enormes, nunca tinha visto queijos com aquelas dimensões. Eles oferecem queijo para provar, eu não comi porque não gosto a Nelly por ter receio de não gostar, ela não gosta de qualquer queijo. Outro motivo de realce foram os talhos, talhos que estavam montados em pequenas camionetas, a parte lateral das mesmas servia de montra dos produtos e era envidraçado, foi algo que também registamos com admiração. Infelizmente não registamos nem em fotos nem em video tal mercado, estavamos como que extasiados com tal coisa que os nossos olhos e cérebro estavam a tentar recolher todos aqueles detalhes e nem nos lembramos de registar nas máquinas, é outra coisa que poderá ficar para o próximo ano.

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Cap D'Agde 2009 - A Estadia ( Cap 5 )




A gruta é enorme, não sei quantas salas tem, pois aquilo é um sobe e desce constante e com cenários diferentes que  perde-se um pouco a noção da localização, de qualquer modo em estalactites e estalagmites a gruta está recheada, é bonita, mas tem um senão, a falta de água , acho que um curso de água por muito pequeno que fosse lhe dava outra vida, talvez sejam influencias das nossas grutas que já visitei. A Nelly fez a estreia dela e ficou fascinada, a mim só faltou mesmo aquele ponto, quanto ao resto, nada a dizer, a dimensão é de uma imponência que tem momentos de cortar um pouco a respiração. De qualquer modo as grutas são fantásticas valeu bem a pena a visita. Ficamos a conhecer o local por onde foram descobertas as grutas e também vimos o guia a tocar música nas paredes, ele conseguia tocar, a Nelly tentou e conseguiu emitir algum som. É um local recomendado a visitar a quem por lá perto passar.
         Dirigimo-nos para a saída e apanhamos o funicular que nos trazia até á saída, estava terminada a saída. A saída dos visitantes é feita passando por uma pequena loja onde vende artigos alusivos á gruta e da região, tendo mesmo ao lado uma grande sala com café , bar e restaurante. Apesar da hora do almoço estar a aproximar-se ficamos apenas por um café para a Nelly.
         Na saída para o exterior apanhamos quase que um choque térmico, que calor se fazia sentir... . Antes de abandonarmos o local tiramos mais algumas fotos e fizemo-nos á estrada. No caminho que era a descer foi-nos permitido vislumbrar um pequeno trecho do rio Hérault, rio que dá nome á região ou vice versa, não sabemos, sabemos que ambos têm o mesmo nome, mas voltando ao rio , vimos grupos de canoistas, muita gente de canoa a pagaiar no rio, eu gostava de fazer um bocado, mas não estávamos preparados, por isso seguimos a viagem para logo que chegamos ao burgo habitacional de Saint Bauzille de Putois virarmos onde indicava Sait Guilhem le Désert. Seguimos junto á margem do rio Hérault o cenário era idilico e paramos num local para tirar algumas fotos, estávamos em St. Etienne, por ali estivemos escassos minutos, junto á estreita ponte que serve de travessia do rio, apenas para registar na máquina fotográfica a beleza paisagística do local, alguns metros antes tem um parque de campismo que creio chamar-se “ Le Val d’Hérault”, parece ser de pequenas dimensões e nada mais parece existir por ali.
Prosseguimos o caminho e aqui e acolá encontrávamos carros estacionados, eram locais onde certamente existiam praias fluviais e noutros locais viamos pessoas que iam ou vinham da canoagem. Passamos em Causse de la Selle, passamos num local que parece ser conhecido pelo desfiladeiro e também passamos junto ao estacionamento de mais umas grutas, estavamos perto de Saint Guilhem le Désert.
Saint Guilhem le Désert aparece no meio do nada, nós não efectuamos nenhuma paragem, mas pelo que nos foi dado perceber, é uma pequena mas bonita localidade, pode eventualmente a ser uma zona a explorar numa próxima oportunidade, são locais que vão ficando referenciados. O movimento de pessoas tendo em conta a dimensão do local era considerável, o rio passa mesmo junto á localidade e existem praias fluviais, tudo muito arranjado, sem dúvida um local agradável. Atravessamos o rio, existe uma ponte que tem um nome no mínimo curioso, “Ponte do Diabo”, certamente existe alguma explicação para tal nome, mas não soubemos o porquê. Após Saint Guilhem le Désert passamos perto de uma outra localidade Saint Jean de Fos e após a mesma voltamos a fazer o percurso que tínhamos feito na ida ás grutas, tal reencontro deu-se á entrada de Anianne, estávamos de novo na D32. Em Anianne existe um parque de campismo naturista, pelo menos vimos as placas indicativas do parque mas do mesmo nada vimos, seguimos em direcção a Gignac e após a mesma localidade entramos na A750 até ela se unir á A75. Ao chegar a “Pézenas” eu queria ver se tinha oportunidade de fotografar a placa com a indicação de “Conas”, quase fiquei pela tentativa, fotografei, mas a foto não saiu bem, talvez no próximo ano  haja outra oportunidade, pelo menos vontade de voltar para Cap não falta, a vontade vai-se renovando de ano para ano.
Regressamos ao parque e demos descanso ao carro, agora o motor só deveria voltar a trabalhar quando fosse para iniciar o regresso a casa, já tinha feito 1644 km. A hora de almoço já tinha passado, mas nós ainda iamos comer qualquer coisa, por isso fomos ao centro e comemos um Kebab em Gallete e bebemos cerveja que devido ao calor que estava, rapidamente perdia a frescura. Depois disso, demos uma pequena volta pelo centro e mais tarde fomos até á praia. Depois da mesma voltamos a passar pelo centro para comprar a Baguete e umas fatias de “Roti de Porc”, umas duas fatias para cada um acompanhado com os incontornáveis legumes.
Esta noite íamos dar uma volta pelo centro, mas não ia dar para estar lá muito tempo na medida em que no dia seguinte era necessário levantar cedo, tínhamos previsto fazer uma breve visita a Marselha, íamos de comboio e esse passava na “Gare de Agde” ás 9h15m.
Fomos ao Eros Café, é um local agradável, diferente do Melrose, no estilo, na música, na decoração, mas o ambiente é em tudo semelhante. Pouco tempo estivemos por lá, entramos e nem bebemos nada, não que o ambiente não estivesse bom, estava como sempre está, mas havia que recolher cedo para cedo erguer.

sábado, 17 de outubro de 2009

Cap D'Agde 2009 - A Estadia ( Cap 4 )



Quarta feira, 19 de Agosto de 2009

         De facto confirmava-se, este ano acordavamos bem mais cedo que nos anos anteriores, faltava saber se tal se devia apenas ao calor.
Cumprimos o nosso ritual, banho e pequeno almoço, após o qual partimos rumo ás grutas, quem também partiu mas sem sabermos que rumo seguiu nem tão pouco nos interessou foram os nossos vizinhos espanhois, era um casal demasiado estranho.
O nosso caminho estava já previamente estudado, a Nelly ia ao volante e eu ia vendo o mapa e fornecendo as indicações necessárias.
Saindo do parque, entramos  na “Rue des Néréides” até á rotunda a após a mesma a “Avenue de Port Ambonne”que nos trouxe até á saída do centro e aí entramos na “Avenue du Bagnas”, seguindo-se a “Avenue de la Butte”, “Avenue des Contrebandiers”. Na saída de Cap entramos numa estrada com o nome de “Cours des Gentils Hommes” e entramos na D612 que seguimos até encontrarmos a D612a , estrada que nos levaria até junto das portagens da A9. Na rotunda que antecede as portagens tomamos a direcção “Pezenas”, estavamos na D13 e nela seguimos até entrarmos na A75, estrada com perfil de auto estrada mas gratuita.Bem junto á entrada para a A75 vimos uma placa indicativa da localidade, o seu nome não deixa de ser curioso tendo em conta a nossa lingua, dizia na placa “Conas”. Certamente por lá tem um significado bem diferente do que tem nestas lusitanas terras. Ficou a promessa de na viagem de regresso tirar uma foto para a posteridade, por agora tal era inviavel, pois estava concentrado em analisar o mapa. Abandonamos a A75 quando esta se encontrou com a A750, seguimos nesta última na direcção Montpellier, mas para a deixar-mos poucos km á frente em Gignac. D4 era a estrada que seguiamos, depois a D32 para Anianne, D27 e novamente a D32. Neste ponto tinhamos de decidir por onde ir, pois tinha dois caminhos possiveis, optamos por um, no regresso viriamos pelo outro. A opção recaiu sobre o caminho que se adivinhava ser mais fácil, visto no mapa, mas o outro sugeria ser mais bonito, depois teriamos a oportunidade de verificar.
Sempre na D32 passamos em pequenos povoados tais como Puéchabon, Viols –le-Fort,   Saint Martin de Londres vindo dar á D986, estrada que penso vir de Montpellier. Já estavamos perto do nosso objectivo, o carro estava a chegar á centena de km, por isso não andavamos longe. E de facto não, um pouco á frente chegamos a Saint Bauzille de Putois, talvez o mais dificil fosse a partir dali, mas estando em França onde a sinalização é muito superior ao que encontramos por cá, até achamos o caminho com facilidade, foi só seguir a placa indicativa das grutas. Caminho estreito, mas não havia problema de cruzar com outros veículos, o sentido parecia ser único. Começamos a subir um bocado, para finalmente vermos algo que já me era familiar, a entrada , digo familiar pois existem várias fotos na net e algumas retratavam fielmente aquilo que os meus olhos tinham oportunidade de ver in loco.
         O dia estava quente e prometia muito calor, mas levavamos um agasalho, no site das grutas, segundo eles a temperatura no interior das mesmas são 14º constantes, com a temperatura no exterior... 14º era frio.
Fui á bilheteira comprar os bilhetes 4€ cada, não era caro, enquanto isso a Nelly foi ao carro, eu estava com óculos de sol, convinha trocar de óculos, foi isso que ela fez, foi-me buscar os óculos para poder ver melhor as belezas que esperavamos ver.
         Aguardamos um pouco pela nossa vez, tinha um grupo consideravel na nossa frente e foi quase toda a gente nos dois compartimentos do funicular que transporta os turistas para visitarem a gruta, nós tivemos que aguardar pela próxima viagem. Aguardamos talvez uns 5 minutos, enquanto isso fomos tirando umas fotos até que chegou a nossa vez . Subimos talvez pouco mais do que uma centena de metros e saimos para iniciar a visita, o grupo deveria ter na ordem das 20 pessoas encabecadas por um guia, nós fechavamos o grupo, fiz questão disso mesmo, as explicações não nos interessavam muito e sempre dava para admirar a beleza e claro, dar ao gatilho na máquina fotográfica. Tentei usar a máquina sem o flash, foi por opção, pois contráriamente ao que acontece por cá ou acontecia, lá eles autorizam a tirar fotos. De quando em vez é que usavamos o flash mas para tirar alguma foto a nós mesmos.

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Cap D'Agde 2009 - A Estadia ( Cap 3 )



Os relógios deviam andar entre as 19h e as 19h30, por esta hora já é normal ver gente produzida para a noite e víamos algumas pessoas já preparadissimas.
Ao entrar no parque cruzamo-nos com uma rapariga nova, devia ter uns 20 anos, creio que não teria mais e mesmo 20 talvez já fosse exagerado, vestida num minúsculo vestido vermelho sem nada por baixo, as mamas pareciam querer saltar fora do vestido e o movimento do andar provocava que o vestido subisse, mostrando que nada vestia por baixo, embora durante o dia seja normal ver gente nua, aquela imagem tinha uma enorme carga de erotismo e o olhar que ela deitou á Nelly foi no minimo perturbador, a Nelly creio não se ter apercebido disso, mas eu falei-lhe.
O dia tinha sido intenso, a caminhada da manhã, a festa da espuma de tarde..., sabia bem o banho ao final do dia, mas eu parecia não estar satisfeito e num momento de loucura, só pode ter sido isso, propus á Nelly após o jantar irmos até ao centro de Cap ou seja até junto da enorme e bela marina de Cap D’Agde. Digo loucura pois tinha andado bastante de manhã e certamente sentia alguma fadiga, o melhor seria descansar e ir num outro dia, mas naquele momento foi o que me apeteceu e combinamos fazer isso depois do jantar.
Para o jantar a Nelly preparou umas almôndegas que na véspera estavam fantásticas e estas também iriam estar, por ter gostado tanto delas é que dei a dica de repetirmos a dose. Para acompanhar as mesmas tivemos os inseparáveis legumes e um pouco de arroz, tudo sempre bem regado com o maduro tinto e com a super bock na abertura.
A noite caía rapidamente por isso nós jantávamos já com a escuridão a dominar , isso até embelezava o ambiente, pois na nossa mesa eram acendidas umas pequenas velas, todos os nossos jantares eram feitos á luz da vela, criava sem dúvida outro ambiente.
Quem continuava no mesmo ambiente, embora para nós fosse estranho, eram os nossos vizinhos espanhóis. Pela movimentação deles davam indícios de estarem por ali a queimar os derradeiros momentos em Cap, talvez fossem embora no dia seguinte.
Após o jantar, sempre em amena cavaqueira, tínhamos vinho do Porto, Licor Beirão e uns mini puros á disposição, era quase que um ritual que cumpríamos.
No parque havia diversão junto da entrada, mas nós fomos para o centro de Cap, este ano não havia nada de especial para acontecer lá, mas certamente movimento não faltaria e também iríamos ver como estava aquilo por lá este ano.
Demos a nossa voltinha, no entanto sentia-me um pouco cansado, a caminhada na areia durante a manhã tinha provocado algum desgaste, mas a ideia de ir até ao centro de Cap tinha sido minha por isso não me podia queixar. A volta foi relativamente rápida, o movimento de pessoas junto á marina era intenso, tinha talvez mais gente a esta hora da noite do que durante o dia , pelo menos aferindo pelas vezes que ali estivemos em anos anteriores durante o dia. Vimos a casa das tatuagens, entramos numa das lojas “Blanc do Nil “ , apesar de nada comprarmos e começamos a tomar a direcção da saída, mas ido em direcção á casa onde tem cerveja de quase todo o mundo, obviamente que não tem cerveja de Portugal, o que se lamenta, mas mesmo que tivesse certamente não beberíamos, a nossa intenção era conhecer outros sabores, sabores de outras regiões do globo.
O caminho levado para a casa da cerveja, é uma rua que não deixa de ser um centro comercial, de ambos os lados da rua só tem estabelecimentos comerciais ao nível do rés do chão. Mas convém prestar atenção ao caminho, pois a rua embora apenas para peões, é formada por degraus, embora cada degrao seja um patamar de largura razoável, não deixa de ter de quando em vez um degrau. Entramos numa casa que vende artigos de desporto e entre camisolas de vários clubes europeus, vimos a camisola do sporting, estava baratissima, mas claro que não a compramos, não são as nossas cores. A cor predominante de facto era o azul e branco, mas do Marselha.
Na casa das cervejas, pedimos uma grimbergen para mim e para a Nelly veio uma sugerida por eles, segundo eles é uma cerveja muito apreciada pelas mulheres devido ao sabor a framboesa, provei e aquilo é em tudo parecido á mistura da cerveja com groselha, aliás creio que a super bock comercializa uma cerveja desse tipo.
No pequeno largo em frente ao local onde estávamos, decorria um espectáculo musical, a cantora não tinha grande assistência, pouco mais do que meia dúzia de pessoas a assistir. Não nos demoramos muito por ali, apenas tomamos a cerveja embora que calmamente e logo após iniciamos o caminho de regresso ao parque, o dia tinha sido longo e para o dia seguinte estava previsto visitar umas grutas que ainda ficam afastadas do centro uma centena de km.
De regresso ao parque passamos junto a um parque de campismo o “La Clappe” fica bem perto do centro de Cap, em termos de localização está muito bem situado e parece ser um bom parque, até tem mais uma estrela do que onde estávamos instalados.
Fomos caminhando em passo lento , a hora já começava a ir adiantada, mas o movimento de pessoas na rua a pé ainda era visível embora não em tão grande numero, até a zona onde jogam “petanca” tinha pessoal a jogar, também bem menos do que quando íamos a caminho do centro de Cap, nessa altura estava lotado o recinto.
Chegados ao parque recolhemos aos nossos aposentos, era hora de dormir para tentar sair cedo e ir visitar as grutas Demoiselles.

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Cap D'Agde 2009 - A Estadia ( Cap 2 )



Terça feira, 18 de Agosto de 2009

Estavamos realmente a acordar muito mais cedo que no ano anterior, eu acordava por volta das 7, no entanto ficavamos até perto das 8 na cama .
Este dia estava previsto ser passado dentro do centro, mas a imprevisibilidade  é algo que está sempre presente nas férias e isso veio a verificar-se uma vez mais.
Cumprimos a rotina do costume, fomos ao banho após o qual a Nelly foi comprar a baguete para o nosso pequeno almoço, eu fiquei pela tenda. O pequeno almoço foi o costume, pão com mel para a nelly e bolachas, eu ficava pelo pão simples e bolachas, os “canudinhos” para beber e como era cedo para a super bock iamos para os sumos.
Saímos do parque em direcção á praia, no entanto não iamos estender as toalhas no areal e bronzear as peles, hoje tinhamos decidido ir até ao extremo mais afastado da praia, a praia que é muito conhecida por ali, Marseillan. No ano passado tentamos fazer o mesmo percurso e chegamos até perto do seu final, mas uma tremenda e repentina volta no tempo obrigou-nos a regressar apressadamente ao parque, este ano esperavamos que tudo corresse normalmente.
Na praia que costumamos frequentar o movimento já era enorme, continuamos a nossa caminhada em passo certo mas tranquilo, eu tentava andar sempre onde não tivesse que dispender grande esforço para evitar dissabores com o joelho, por isso tentava andar pela areia molhada, sempre era mais consistente.
Na zona onde termina a praia de nudismo, existe uma mescla, gente nua com banhista “tradicional”, mas com o evoluir dos metros e o respectivo afastamente da zona naturista, até o simples topless nas mulheres começa a ser raro observar e como eu dizia á Nelly ali até se vão vendo mulheres com bikinis em que a parte da cueca é como costumo dizer de gola alta tal o tamanho, que diferença num tão curto espaço fisico. Outra curiosidade que registei e chamei a atenção da Nelly foi a barba de um homem que estava na praia, a barba fazia um desenho todo ele geométricamente desenhado, o que me lembrava no imediato de mais parecido, era a faísca desenhada  nos quadros electricos alertando para o perigo. O homem para fazer uma barba daquelas, deve ter bastante trabalho.
Chegados ao final do areal, registamos com algumas fotos o mesmo, depois demos uma pequena volta por ali, curta, pois eu começava a sentir-me um pouco cansado e ainda tinha o mesmo percurso para fazer em sentido inverso, não se adivinhava fácil.
Verifiquei que o meu telefone não parava de  tocar, ora com um numero que eu não conhecia, ora como anónimo, hesitei bastante em atender, mas como persistiam, lá acabei por atender, era a MJ, precisava de umas informações, mas eu não estava por casa e ficou sem efeito.
Perto  da praia decorria uma feira, demos uma vista geral, a partir do passeio, não vimos com olhos de ver, também nada procuravamos e desse modo fomos iniciando o caminho de regresso.
Ao entrar de novo no areal, a areia queimava os pés, o dia estava muito quente, mas a areia escaldava, por isso tivemos pressa, mesmo muita pressa em chegar junto da água. Já não me lembrava de sentir a areia tão quente.
O caminho de regresso foi efectuado também com calma, não iriamos ficar estendidos no areal a apanhar sol, com a caminhada já apanhavamos sol suficiente. Chegados á nossa praia, começamos a verificar bastante agitação e ainda estavamos a chegar á hora de almoço, a agitação começava bem cedo. Normalmente nos anos anteriores toda aquela confusão começava a partir do meio da tarde sensivelmente, mas pelo menos hoje estava a começar muito mais cedo. Onde também se verificava bastante movimento, principalmente de voyeurs era junto á zona das dunas. Nós fomos andando a caminho do centro e de seguida fomos preparar o almoço. De tarde estava previsto irmos á festa da espuma.
Após o aperitivo habitual, a caixa de 24 cervejas começava a ficar com muito espaço livre, almoçamos, o stock aos poucos ia diminuindo, também convinha pois o carro viria mais leve no regresso a casa.
Do almoço constou mais uns enlatados, no caso, feijão frade e sardinhas tudo isso acompanhado com muitos legumes, estavamos apostados em comer bastantes legumes nestas férias.
Depois do almoço demos espaço a mais um tempo cultural com a continuação da leitura dos livros, quando já o relógio andava perto das 16 horas fomos para a festa da mousse, voltando da mesma perto das 18h30. Eram horas de começar os preparativos para o jantar, era cedo, no entanto com mais 1 hora local já fazia bastante diferença. Fomos comprar a baguete do costume na loja do costume com a senhora simpática do costume.
A Nelly não resiste á baguete estaladiça e começa bocadinho a bocadinho a comer um dos cantos da mesma, como eu estava a evitar comer muito pão chegavamos com a baguete digamos que quase intacta para o jantar, o que não acontecia no ano anterior onde chegavamos quase sem baguete para o jantar.

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Cap D'Agde 2009 - A Estadia


Segunda feira , 17 de agosto de 2009, era verdadeiramente o nosso primeiro dia de férias, começavam hoje os nossos dias de puro relax.

Contrariamente ao que acontecia em anos anteriores, este ano estavamos a sair da cama mais cedo, talvez também devido ao calor.

Fomos ao banho, desta vez tinhamos duas casas de banho próximas de nós, uma era quase em frente, a outra , com melhores condições era um pouco mais afastada. Banho tomado era hora do “petit déjeuner” . Fui ao Croque Mediterranée comprar a baguette da ordem. Grande fila , demorei alguns minutos até ser atendido e a baguette não era estaladiça como a que se comprava em anos anteriores no centro, mas dava para o pequeno almoço. Baguette, bolachas, mel, sumo era basicamente esse o nosso pequeno almoço.

Fomos para a praia e confirmei a surpresa que tinha tido na chegada, por estarmos já na segunda quinzena de agosto esperava encontrar o centro bem mais vazio, mas enganei-me, estava imensa gente e na praia isso reflectia-se, nunca tinha visto tanta gente durante a manhã como este ano. Estivemos por ali algum tempo, mas quando o calor começa a apertar, voltamos para a sombra que tinhamos na tenda. Curiosamente é na hora em que o sol começa a apertar que as pessoas mais se deslocam a caminho da praia, não dá para perceber.

Regressamos ao parque para começar a preparar o nosso almoço. As refeições seriam feitas á base de enlatados, sardinhas, atum, almondegas e muitos legumes, acompanhados por massa ou arroz. Enquanto não gastassemos o imenso stock não comprariamos comida e desse modo economizavamos. Para aperitivo e enquanto o almoço não estava pronto bebemos uma cervejinha super bock, para acompanhar o almoço foi um maduro tinto da Adega Cooperativa de Santa Marta de Penaguião. Do almoço constou polvo e bastantes legumes, após o almoço descansamos um pouco, estivemos a fazer horas para ir de novo até á praia. Para evitar que fizesse uma sestinha fomos lendo, pois nas férias não descuramos o aspecto cultural, os livros escolhidos este ano foram, “O vencedor está só de Paulo Coelho” e “Rio das Flores de Miguel de Sousa Tavares”.

De novo fomos para a praia e estava com muita gente, ficamos na zona do costume, perto da confusão, mas bem mais tranquilos. Ainda não foi desta que me estreei nos banhos em Cap este ano, faltava-me vontade, no entanto a água nem parecia estar má. A nossa permanência na praia não excedia as 3 horas.

O facto de prepararmos a nossa comida dava-nos mais espaço de manobra, não tinhamos de nos apressar em ir comprar comida, por isso o nosso ritmo era outro certamente, no entanto ao abandonar a praia iamos pelo centro de modo a poder comprar a baguete estaladiça. Encontramos um casal português que vinha do Glamour, o mesmo casal que já lá tinha estado no ano anterior, creio serem de Esposende, no entanto eles não nos viram. O jantar foi almondegas e massa, como sempre estava bom, gostei realmente das almondegas. Quanto aos liquidos, a dose repetiu-se, cerveja antes do jantar e maduro tinto durante o mesmo.

Os nossos vizinhos espanhois deviam ter algumas taras, ele não devia bater bem da cabeça, no entanto não lhes davamos importância, eles estavam no canto deles e nós no nosso.

A noite estava magnifica, quente, por isso estivemos um bocado junto á nossa tenda e até bebemos champagne , era uma inovação este ano, tinhamos levado umas garrafas pequenas do espumante para bebermos depois do jantar.

Finalmente iamos ver como decorria a noite pelo centro, arranjamo-nos e fomos fazer o circuito do costume, para abrir as “hostilidades” fomos ao Melrose e por ali ficamos nesta primeira noite, bebemos Sangria. O ambiente estava como ao sempre, ao rubro, estivemos por lá até ao fecho do mesmo, após o qual fomos para junto do canal que liga a marina ao mar. Fomos ver o ambiente na praia.

Apesar do adiantado da hora, embora isso ali pouco importe, já que naquele ambiente tudo pode acontecer a qualquer hora do dia ou da noite, havia gente ao longo da praia, e aqui e acolá sempre algum homem á espera de ser contemplado para entrar em alguma hot and private party. Passava pelo meu espirito ficar um pouco ali no areal, mas achei melhor regressarmos ao nossos “aposentos”, talvez numa outra oportunidade possamos estar tranquilos na praia, embora isso de adivinhe dificil. Com isto dois dias das férias já tinham passado. O dia seguinte estava previsto ser passado no centro com a nossa ida á festa da espuma que decorria nessa tarde, seria a nossa primeira vez.

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Cap D'Agde 2009 - A Chegada


O tempo perdido para sair da auto estrada , atrasou imenso a nossa chegada ao parque, depois ainda tivemos o congestionamento do transito até entrarmos em Cap D’Agde, mas esse já é habitual com a agravante de ser domingo e ter muita gente a caminho das praias, por isso chegamos a Cap D’Agde já bem perto das nossas 13 horas como o espectaculo em Agde era ás 14h30m..., ficou sem efeito.

Á entrada do centro fomos ao “Accueil” efectuar o nosso registo, tivemos que aguardar na pequena fila de espera. Como eu levava a carta da reserva, nem foi preciso dizer nada, a funcionária efectuou o registo e após o pagamento entramos no centro, voltando a estacionar junto ao parque para efectuarmos os acertos e pagamentos a fazer de modo a regularizarmos a nossa estadia durante esta semana.

O nosso local já eu sabia qual era, C5, ficava próximo da saída e foi para lá que nos dirigimos após termos abandonado a recepção e termos ido buscar o carro ao estacionamento.

Ali cada “Allée” tem um sentido , o sentido de transito na nossa era direccionado para a saída, mas como ficavamos logo no inicio ignoramos aquela proibição e entramos na “allée”. Logo encaramos com um casal que verificamos serem os nossos vizinhos, estavam no “C3”, era um casal de espanhois e que par de cromos eles eram. Naquele enorme espaço disponivel eles tinham lá estacionado o BMW deles e uma minuscula tenda, com uma pequena mesa e umas cadeiras num canto.

A primeira coisa que fizemos foi estacionar o carro no nosso espaço para também ele finalmente descansar, tinha feito até aqui 1419 km. Após isso começar a tratar de montar a tenda, que comparando com a dos nossos vizinhos espanhois era um “palácio”.

A primeira surpresa que tivemos foi ao estender o oleado que ficava por baixo da tenda, era enorme, tive de dobrar um pouco para não o furar com as espias da tenda. O passo seguinte foi montar a tenda e aí o inicio não foi fácil. O calor era demasiado, a fadiga também, por isso o raciocinio não era facil, a Nelly parecia estar ligeiramente stressada, mas era tudo fruto da fadiga, por isso tentamos encarar as coisas com a tranquilidade que merecia. Quem parecia estar a divertir-se com os ligeiros problemas que estavamos a ter na montagem eram os nossos vizinhos espanhois, mas não lhes davamos importância, quando eles viram a nossa tenda montada , devem ter tido vergonha da minuscula tenda que tinham pois calaram-se, mais não se ouviram. Nós continuamos com a nossa instalação e após devidamente instalados já que não iamos ao centro de Agde ver o espectaculo, fomos um pouco até á praia ver o ambiente que por ali reinava este ano, assim como começar a ganhar alguma corzinha. Na ida vimos uma meia dúzia de bancas a vender alguns produtos, desde roupa, artesanato, produtos de higiene e beleza, era uma feira com dimensões minusculas, foi o primeiro ano que vi tal coisa por ali. Pouco tempo estivemos por lá, regressamos ao parque para tomar um banho, comer qualquer coisa que no caso foi acabarmos com os panados que a Nelly tinha preparado para a viagem e que sobraram. O primeiro dia de férias estava no seu términus, embora o nosso “verdadeiro” inicio das férias seria no dia seguinte, pois até aqui o tempo foi maioritariamente passado na viagem e na nossa instalação.