sexta-feira, 31 de julho de 2009

Peregrinação a Fátima - 6ª Etapa


Sábado, 10 de Maio de 2008. Pombal -> Caranguejeira

Começava a sentir alguma descompressão, visto estarmos perto da meta final, no entanto a etapa de hoje tinha algo que nos preocupava, era a passagem numa zona de pinhal durante a madrugada, local que parece ter alguma tradição em assaltos aos peregrinos e isso criava alguma tensão no grupo.

Por já não sentir dor no joelho, entreguei á Rosa a joelheira que me tinham emprestado.

Abandonamos a residencial perto das 3 horas da manhã e fomos tomar o pequeno almoço a um café nas imediações que abriu as instalações exclusivamente para nós, são gestos destes que registo, poucos farão tal coisa. Abrir as instalacões para servir um pequeno grupo de pessoas.

O ritmo da caminhada era bom, o pessoal parecia demonstrar pressa em chegar, mas quando entramos na zona tida como problemática, o grupo prosseguiu em ritmo elevado , mas compacto e sempre atentos a movimentos suspeitos.

A carrinha que transportava as nossas malas avariou precisamente enquanto atravessavamos o pinhal, era algo que nos aumentava a preocupação, no entanto a avaria foi de facil resolução e pudemos prosseguir o nosso caminho. Alguns grupos, embora mais pequenos que o nosso também foram aparecendo e isso tranquilizava toda a gente, até que já com o dia a nascer abandonamos a zona problemática e o grupo foi relaxando.

Quase todo o grupo se manteve compacto, no entanto os “apressados” do costume com o nascer do dia adiantaram-se ao grupo, seriam os primeiros a terminar a etapa, julgo que para eles aquilo era quase visto como competição, assim seja se os faz sentir bem.

O percurso era feito por estreitas ruas que atravessavam pinhais, e alguma vezes caminhos que também atravessavam pinhais.

Chegamos ao Barracão, ali existia uma panóplia de roulottes a vender sandes, sopa, bebidas, enfim , tudo o que era necessário para matar a fome que se ia fazendo sentir. Eram horas em que normalmente tomo um pequeno almoço dito normal e ali comia bifanas e bebia cerveja. Enquanto comiamos , aproveitei para repousar de dar descanso ás pernas , principalmente á direita que estava super inchada e vermelha, dor felizmente não sentia, mas o aspecto da perna não era nada bom.

Prosseguimos a nossa caminhada, já se começava a sentir o “cheiro” de Fátima. Liguei para a Ana Maria que neste dia iria estar em Fátima .O João Gonçalo tinha uma actividade marcada pelo colégio, se desse ainda iria ver, dependeria da hora a que eu lá chegasse.

O movimento de peregrinos era intenso, vários grupos se viam, o nosso ia disperso, mas na chegada ao Monte, esperamos todos, excepto os apressados, desses não havia sinal. Ficamos ali algum tempo até que estivessemos todos juntos de modo a rezarem mais um terço. Por ali o movimento era consideravel, tem uma grande estátua de Nossa Senhora e o pequeno recinto estava cheio de dádivas e pedidos de peregrinos.

Nas imediações tinha a Legião da Boa vontade a ajudar quem quizesse, eu ainda aproveitei uma massagem na minha perna direita.

Do monte á Carangujeira que seria o terminus da etapa foi rápido, foi sempre a descer . Lá chegados foi hora de os homens partirem rumo a Fátima nas carrinhas, visto por ali haver apenas dormida para as mulheres.

A estadia em Fátima foi numa propriedade situada nas traseiras do santuário e era de freiras. Os nossos aposentos ficavam num pavilhão onde tinha muitos colchões estendidos no chão e com a respectiva roupa, aquilo por momentos fez-me recuar no tempo ao tempo de tropa.

Por agora aquilo estava por nossa conta. Tomamos banho e fomos almoçar, até nisto havia regime tipo militar.

Após o almoço fui ao santuário ter com a minha familia que andava por ali, infelizmente não pude assistir á actuação do João Gonçalo. Após uns curtos minutos com eles regressei ás freiras, precisava de descansar .

Se tinha intenções de dormir, assim que cheguei ás freiras verifiquei que isso seria tarefa quase impossivel de realizar, a animação por ali era muita, sendo que o principal animador era o “Chico”, assim se foi passando o tempo até á hora do jantar.

Após o jantar fui ver um pouco de futebol, o Naval contra o F.C. Porto, depois disso fui dormir, tinha a derradeira etapa á minha espera. Neste dia a contagem dos passos deu 37470


quinta-feira, 30 de julho de 2009

Peregrinação a Fátima - 5ª Etapa


Sexta Feira, 9 de Maio de 2008. Condeixa -> Pombal

Tudo apontava para a mais dura e complicada etapa desta já longa caminhada, fazendo fé na avaliação feita pelos veteranos.

A saída da cidade dos estudantes tal como nas anteriores efectuou-se por volta das 3 da madrugada, a cidade estava parcialmente acordada, estávamos em plena semana da queima das fitas. Junto ao hotel apanhamos taxis que nos levariam até Condeixa, ao exacto local onde tinha terminado a etapa anterior. Na porta do hotel cruzamo-nos com dois peregrinos que também estavam de partida, mais á frente viemos a encontra-los de novo e trocamos breves palavras, eram da Maia, quase vizinhos.

A caminhada nocturna efectuou-se do mesmo modo, grupo compacto, sempre em rezas e com uma ou outra cantiga de cariz religioso a intercalar as rezas. Assim que o dia nasceu, lá segui eu com a Critina, mas sempre com o grupo do costume á nossa frente. Nesta etapa tinhamos a companhia do Luis e de uma senhora que aparentava ter já alguma idade.

A estrada num ou noutro ponto e principalmente junto a curvas , tinha a faixa da direita cortada ao transito, creio que se devia a medidas proteccionistas dos peregrinos, não vislumbrava outro motivo.

A etapa estava de facto a ser desgastante, por vários motivos, a distãncia , era a maior de todas as etapas e pelo próprio percurso, imensas rectas, isso creio que provoca um desgaste mental enorme, após uma recta ver outra recta, mas só tinhamos de aguentar e seguir a caminhada.

O pequeno almoço, por volta das 7.30 da manhã, constou de uma bifana no pão, um panado em pão e uma cerveja, quem diria que eu com o dia tão precoce tivesse um pequeno almoço daqueles !, mas os largos kilometros já percorridos, apelavam a pequenos almoços substanciais.

De volta ao alcatrão, eu e a Critina fomos ganhando alguns metros ao Luis e á sua parceira improvidada na etapa, mas sem nunca os perdermos de vista, no entanto a comunicação entre ele a Cristina era efectuada via telemovel.

A alguns kilometros do Pombal passou por nós um camião tipo americano, em que tem uma frente enorme, ao passar pelo pessoal fez uso da sua ensurdecedora buzina, mas em sinal de saudação, mais á frente estava estacionado, era um camião com apoio para os peregrinos, estavam nos preparativos finais, no entanto já nos podiamos servir, apenas não nos servimos pois de nada precisavamos naquele momento e quanto menos peso levassemos melhor.

A chuva andava perto, viamos que o chão tinha marcas de alguma chuva, no entanto não a apanhamos, era bom em todos os sentidos, não nos molhava e fazia com que a temperatura estivesse amena o que era bom para andar.

Pombal estava perto, mas ao fim de largos kilometros nas pernas, um simples kilometro já demora uns bons minutos, por isso a recta onde está situado o conhecido "Manjar do Marquês " parecia enormissima, nunca mais a terminavamos. Quando entramos para o centro do Pombal, entrei em descompressão, de tal modo que me comecei a sentir sem energias para andar, mas deu para chegar á residencial, Cardal de seu nome.

Estava terminada a maior etapa , a partir daqui eu via o que faltava como etapas de consagração, um pouco á imagem do ciclismo em que a derradeira etapa é de festa, aqui faltavam duas, mas eram duas etapas mais curtas, bem mais curtas.

Com a chegada das malas e os quartos liberados, recolhi ao meu, desse modo podia escolher a cama e tomar um banho, em boa hora o fiz, pois o nosso quarto era composto por 5 elementos.

Após o banho descansei, descansei de tal modo que nem saí para almoçar, passei a tarde toda no quarto a dormir, estava a precisar do descanso. Acordei por volta das 19, aí saí com o Luis e fomos procurar local para jantar, a Cristina não saiu, ficou no quarto.

Fomos a uma churrasqueira, local onde encontramos um numero consideravel do nosso grupo de peregrinos e a esmagadora maioria estava já numa fase adiantada do jantar. Comemos frango no churrasco e após o mesmo regressamos ao quarto para descansar , pois nova etapa nos aguardava e a etapa que tinhamos terminado tinha sido a mais longa desta caminhada, agora já se começava a vislumbrar o fim da peregrinação apesar de termos pela frente mais duas etapas até concluir a tarefa.

O marcador de passos assinalava 39229 passos, não seria uma contagem fidedigna, no entanto sempre dava alguma indicação dos passos e seriam mais uns milhares a somar aos anteriormente dados.


quarta-feira, 29 de julho de 2009

Peregrinação a Fátima - 4ª Etapa


Quinta Feira, 8 de Maio de 2008. Mealhada -> Condeixa

Acordei com dores no joelho, tinha sérias dúvidas se aguentaria a etapa, receei que a minha caminhada terminasse neste dia, mas não terminou e se não terminou devo-o seguramente á minha fiel companheira nesta peregrinação, a Cristina, neste dia não me abandonou um instante e foi-me sempre a incentivar.

Tomei o pequeno almoço, iamos abandonar o complexo onde me senti bem nestes dois dias, as estrelas que nos acenavam nos dias anteriores, neste noite estavam escondidas com medo das imensas nuvens que emprestavam mais escuridão á noite já dela escura.

Antes de partirmos, andei por ali como que a fazer um aquecimento, talvez o meu joelho precisasse disso e o que é certo é que me senti melhor , infelizmente não por muito tempo.

Ainda na Mealhada, já á sua saída,a chuva apareceu, fizemos uma primeira paragem forçada de modo a permitir que o pessoal pegasse em roupas ou guarda chuvas para se abrigar da chuva. Eu tinha uma capa na mochila, mas antes de pararmos a Cristina pediu á Rosa uma capa para mim, pedido que a Rosa realizou, mas quando paramos troquei, sempre dava para algum desprevenido a usar.

Mais á frente voltaram as dores do joelho e dores fortes, a Rosa deu-me um comprimido, não sei de quê, tomei sem ver, mas o efeito durou 1 hora se tanto e cada vez me sentia pior.

Não podia falhar, não podia abandonar, estava a realizar uma promessa feita pela minha mãe, não podia deixar a tarefa a meio, havia que prosseguir e com a preciosa ajuda da Cristina lá fui andando.

Os problemas na comitiva também iam surgindo, uma mulher abandonou, não aguentou por problemas de saúde, o senhor Joaquim também foi forçado a abandonar e outros estavam presos por arames, grupo no qual eu me incluia. Antes de Coimbra terminou a primeira fase da etapa, depois arrancamos quatro elementos,o Chico vinha connosco e a partir de um certo momento ele levava a minha mochila com a máquina fotográfica, até aparecer a carrinha de apoio, aí passou tudo para a carrinha, sempre iamos mais leves.

Esta etapa é especial no seio daquele grupo de peregerinos, pois em Coimbra faz-se uma paragem numa pequena capela que pertence a uma das pessoa da organização, o senhor Paiva que era motorista de uma carrinha de apoio.

Quando lá chegamos sempre acompanhados pela chuva desde a Melhada, já lá estava cerca de uma dúzia de peregrinos a aguardar, quando chegou o pessoal todo rezou-se ali um terço, em grupos separados por ranges de idades. Acabou por ser um momento marcante.

Passaram-me um gel no joelho a frescura do mesmo aliviou-me a dor. tiramos uma ou outra foto do grupo e prosseguimos a caminhada em grupo compacto que rapidamente se desfez, eu ia com a Cristina e o Luís num ritmo mais lento, ao andar já não sentia dor, mas tinha receio de forçar a perna, mas aos poucos fui ganhando confiança e começamos a melhorar o nosso ritmo de tal modo que ainda apanhamos muitos peregrinos que nos tinham passado.

A subida de Coimbra para Condeixa, deu-me a certeza que estava bem, os maus momentos que tinha passado na etapa parece que tinham ficado na capela, estava como novo, no entanto continuava com o joelho elástico. Foi em plena subida que nos cruzamos com um caminheiro solitário, muitos quilometros ainda o aguardavam até chegar a Santiago.

Chegados ao final da etapa, aguardamos um pouco para reunir mais pessoal e viemos em grupos na carrinha do Cardoso até ao centro de Coimbra, iamos lá dormir, o hotel escolhido foi o Almedina. Na recepção fiquei a saber qual era o quarto, ficava de novo com o Luis.

Recolhemos as nossas coisas que estavam centralizadas num quarto e fomos para o nosso descansar um pouco. Eu sentia-me fresco, tomei banho e estive deitado a fazer horas para irmos almoçar.

O almoço foi num restaurante que mais parecia uma tasca, comi bacalhau com migas e gostei, normalmente neste tipo de locais come-se bem e de facto mais uma vez comprovei isso. Depois do almoço voltamos para o hotel, dormi até á hora do jantar.

O jantar foi num outro restaurante e desta vez fui nuns filetes de pescada. Antes de regressarmos ao hotel fomos a uma pastelaria situada quase em frente ao hotel, comprar uns bolos para o nosso pequeno almoço, o hotel não tinha.

O contador de passos certamente falhou muitos, mas de qualquer modo ele marcava 18961, certamente fiz bem mais, mas não os contei.


terça-feira, 28 de julho de 2009

Peregrinação a Fátima - 3ª Etapa


Quarta Feira, 7 de Maio de 2008. Albergaria -> Mealhada

Mais minuto. menos minuto, ás 2 horas estavamos a pé, um bom banho para despertar e fomos ao pequeno almoço. O pessoal ia chegando aos poucos, alguns ainda muito ensonados, mas a etapa parecia ser pequena, pelo menos eu estava convencido disso, apesar de no nosso guião os kilometros rondarem os mesmos numeros dos dias anteriores. Após o pequeno almoço fui ao quarto buscar os sacos, estava pronto para partir, a camioneta também já lá estava para nos levar ao exacto local onde nos tinha apanhado na véspera. Até a camioneta e o motorista eram os mesmos. Naquele compasso de espera, estavamos a caminhar para as 3 horas, chegou ali um grupo de 3 peregrinos, 1 mulher e dois homens, o cansaço estava bem estampado nas suas faces, iam ali pernoitar.

Partimos para Albergaria, o trajecto que na véspera foi rapidissimo, desta vez estava a demorar imenso, comecei a ter a real noção da longa caminhada que teriamos pela frente. Durante a viagem foi efectuado um peditório para agradecer o gesto do motorista, ao que parece estava ali por carolice, rendeu 60 euros.

Chegados ao local da partida, rapidamente demos inicio á caminhada, sempre na berma da estrada.

Um bocado á frente desviamos para passarmos no centro de Águeda, chegamos lá estava o dia a substituir a noite e com uma ou outra paragem para libertação de liquidos.

No centro de Águeda, no local onde paramos, estava uma certa concentração de pessoal,e não apenas do nosso grupo, começavamos e encontrar mais peregrinos. Devido a isso eu nem entrei no café, comi uma maçã e uma barra de cereais que levava, era o meu pequeno almoço. Logo que a Cristina se despachou, arrancamos, já o Miranda ia longe com um pequeno grupo , nós também partimos. logo após a

passagem do rio, vimos um acampamento de apoio a peregrinos, parecia ser da cruz vermelha, mas fiquei na duvida. Desta vez não tinha apenas a companhia da Cristina, mais duas mulheres se tinham juntado a nós na hora da partida e o Luís, elas não tinham o nosso ritmo e isso emperrou bastante o nosso andamento, mas nada podíamos fazer.

O movimento de peregrinos começava a ser visivel na berma da estrada, o apoio também se ia vendo pontualmente. O tempo passava e não se vislumbrava o final da etapa, nem tão pouco uma placa indicativa com a distância para a Mealhada. Comecei a sentir-me cansado, fomos apanhando algumas das pessoas que partiram á nossa frente, estavam exaustas, e eu também começava a dar sinais disso. Estava

a ser uma etapa extremamente desgastante, e eu que previa facilidades... como me tinha enganado, estava a ser o oposto.

Sentia e sabia que estava a poucos quilometros da Mealhada, mas naquela fase um insignificante quilometro já demora uma eternidade a percorrer.

O meu maior receio nesta caminhada prendia-se com a capacidade de resposta que os meus joelhos, principalmente o esquerdo, dariam a tamanho desgaste, temia que não viesse a aguentar , mas nas duas primeiras etapas estava tudo muito bem, mas nesta o joelho direito começou a doer, uma dor que incomodava bastante de tal modo que a partir de um momento e por virmos sempre a controlar quem vinha connosco para não deixarmos ninguém para trás, eu disse á Cristina que se eu parasse, já não arrancava, nem rodopiar o corpo sobre os joelhos podia pois a dor não deixava. Desse modo abrandei a velocidade da caminhada de modo a não deixar a Cristina sozinha e segui sempre ohando para a frente. A sede também foi muita, "salvou-me" um carro particular , um volvo preto, com duas mulheres e uma criança de colo, elas andavam a distribuir água e sumos compal pelos peregrinos de forma gratuita, é de louvar a atitude destas pessoas, já não direi o

mesmo pelo facto de terem ali uma criança que era bébé, o tempo estava quente para andar ali com a criança, de qualquer modo o compal que me ofereceram foi o que me safou para o resto da etapa, o nosso carro de apoio não se via há muito tempo.

A ansiedade para chegar já me dominava completamente, e nunca mais via a entrada do complexo. Finalmente chegamos ao complexo, a ligiera subida para a recepção com escadas foi o que acabou com parcas energias que ainda possuia, senti-me preso por arames, acho que não aguentava muito mais, estava exausto e doía imenso o joelho direito. De qualquer modo terminamos a etapa bem mais cedo que as anteriores, creio que por volta das 11 horas. Era sem dúvida a pior etapa até ao momento, psicologicamente não me tinha preparado para tamanho desgaste. Certamente que a culpa não foi delas, mas o vir com mais gente, com um ritmo incerto prejudicou imenso a caminhada, a Cristina tem um ritmo certinho, anda-se bem com ela.

Desta vez não fui logo para o banho, deitei-me na cama a descansar e só ao fim de algum tempo é que tive forças para ir ao banho, sentia o meu joelho direito muito preso, tive dificuldade em entrar na banheira. Com o banho tomado retomei o ritual do costume, massagens e descansar mais um pouco a fazer horas para o almoço.

O almoço foi mais uma vez no restaurante do complexo, desta vez fui para Arroz á Valenciana, gostava da confecção da comida ali, para beber fui na cerveja, mas teve que ser Sagres , não tinha Super Bock.

Terminamos o almoço perto das 2 da tarde e muitos peregrinos ainda não tinham chegado, eu voltei para o quarto , fui dormir, enquanto o dia no exterior

convidava a explorar a região.

Ao final da tarde o Luís foi para o terço, eu fiquei esticado na cama a tentar dar o máximo de descanso ao joelho, pouco depois vieram ao quarto chamar-me , iam fazer-me uma massagem e colocar um joelho elástico. Enquanto me faziam a massagem estava o pessoal naquele largo a rezar, o dia estava fantástico, por isso estavam todos no exterior.

Pouco depois estavamos na hora do jantar, o David e a Katia vieram de novo ter com a Cristina, estavam todos esperançados no leitão, mas não havia. Fiquei a saber que os restaurantes de leitão fecham á 4ª feira, bem fiz eu em comer na véspera. Eu fui para um misto de carne grelhada, comi bem, pouco depois voltei para o quarto, não sabia como ia aguentar a etapa seguinte, isso deixava-me um pouco preocupado, esta etapa foi terminada em grande sacrificio, como seria a seguinte !? essa era a grande dúvida. Em termos de passos os numeros revelavam uma etapa bem mais curta, marcava 24567 passos, era o oposto com o cansaço sentido, esse era enorme.