sábado, 4 de julho de 2009

Behobie - França


Só estava a Kamila e a Karoline, os donos da casa estavam ausentes, a MJ é que não gostou muito da situação, a Karol arranjou um macarrão para nós , a miúda fez o que podia, eu comi e gostei, depois disso com o banho que tinha tomado e com o estômago reconfortado, sentei-me no sofá e começou a vir o cansaço á tona, mas tinha de aguentar firme pela chegada da Leila e do Hélder, depois disso ainda fiquei a saber que teria de jantar, para mim já tinha jantado, mas não podia deixar de jantar. E assim foi , jantei, bebi um pouco de sidra e algum tempo depois começou o fogo de artificio da festa em Behobia, depois do fogo foi hora de ir para a cama.

Quem parece não ter gostado da MJ foi a cadela que eles têm, pelo menos ela rosnava á MJ , mas aos poucos foi-se adaptando a ela e no dia seguinte já se davam bem. O dia seguinte amanheceu solarengo, tínhamos dois dias completos para estar ali, só partíamos na segunda de manhã, tal como no ano anterior. A manhã foi passada entre a cama, pois levantamo-nos tarde e o Alcampo, onde fui com o Hélder, colocaram-me a opção de ir com elas á feira ou com o Hélder ao Alcampo, eu confesso que qualquer das opções me agradava, então a Leila decidiu que eu ia com elas, mas a MJ falou em eu ir com o Hélder, acho que era boa opção, sempre me ia ambientando mais e assim foi, fomos ao ALcampo que fica em Irun, mas o caminho para mim é um pouco complicado.

O Hélder conhece muita gente, não havia local onde fossemos que ele não conhecesse alguém, por vezes até várias pessoas no mesmo local, só no supermercado ele conhecia várias pessoas,. Com aquele homem a má disposição anda longe, bem longe, também não quero imaginar como será quando ele anda mal disposto, com ele reina a boa disposição e isso foi evidente nas compras. Depois das compras voltamos a casa e almoçamos, já o relógio devia andar perto das duas, mas sem problemas, estava tudo bem.

Falei com a MJ sobre a hipótese de jantamos todos fora nessa noite, pagaria eu, seria uma forma de agradecer a hospitalidade deles, a MJ concordou e fez-lhes o convite , convite por eles aceite.

A meio da tarde um telefonema e fiquei com a ideia que se ia jantar a casa de uma irmã do hélder, mas percebi tudo errado, entretanto saí com o Hélder para Irun.

Entramos num bar em que claro está ele conhecia um monte de gente e perguntou o que eu bebia, ele ia beber uma cerveja e eu optei por lhe fazer companhia, visto a cerveja ser pequena e ficaria apenas por essa, mas um bocado depois ele disse para eu não me preocupar que não ia precisar de conduzir, fiquei mais tranquilo e então fui bebendo e comendo pistachio, com o Hélder e um amigo dele que entendi se chamar Jesus. Passamos o resto da tarde por ali.

Elas estavam bravas pois afinal íamos jantar fora, eu não tinha percebido nada, sentia-me perdido, por isso se soubesse não teria bebido, agora não arriscava, não estava bêbado, longe disso, mas tinha bebido o suficiente para achar que não deveria conduzir, não arrisco, o ambiente estava tudo menos bom, mas o Hélder continuava com a boa disposição dele.

Fomos jantar a um restaurante onde param muitos camionistas, eu tive azar com o que pedi, mas a MJ emendou a minha falha, infelizmente comeu ela o que eu tinha pedido e eu comi o que ela pediu, só mantivemos a carne, eu as salsichas ela o bife, acabei por sair beneficiado, mas aos poucos o ambiente parecia retomar o rumo normal e para isso creio que o Hélder era o grande responsável, ele provoca a boa disposição, comigo a noite certamente estaria estragada.

Após o jantar fomos até á pequena festa que se desenrola em Behobia , algum tempo estivemos por ali e o ambiente ia desanuviando aos poucos, apareceu também o amigo do Hélder, o Jesus com quem tínhamos passado a tarde no bar, ofereci um chapéu com um estampado tipo leopardo á MJ , entretanto chegou a hora de ir fazer uma visita á cama.

O domingo também amanheceu solarengo, depois de me levantar e tomar um banho ligeiro, saí com o Hélder, fomos para Irún a uma fábrica de pastelaria, compramos dois bolos, um rolo e eu escolhi uma tarte de maçã, a massa folhada tinha bom aspecto e voltamos a casa, hoje não dava para aventuras.

O Hélder festejava hoje o aniversário dele, ele tinha feito durante a semana, mas hoje fazia a festa, para isso tinha convidado dois casais amigos e a agitação em casa já era bem visível, as mulheres andavam atarefadas na limpeza e depois na cozinha. Os amigos chegaram, faltava apenas a mulher de um deles que mais tarde soube se chamar Eva, aliás ela apareceu a meio da tarde, e eu já a tinha conhecido na véspera na festa, O almoço correu bem e foi bom, o meu único problema é que quando eles começavam a falar entre eles eu pouco ou nada apanhava, falavam rápido, por isso muitas vezes desligava-me da conversa e a MJ após o almoço sentiu-se alterada e retirou-se, deixou-me ali pendurado, de vez em quando lá falavam comigo, mas sentia-me deslocado. Do almoço constou camarão, pimentos e carne assada, eu obviamente optei pela carne assada, e estava boa, para acompanhar foi sidra, hoje sabia que não conduziria por isso estava á vontade. Depois do almoço foi a hora de se comer o bolo , eu comi dos dois, mas confesso que gostei mais do de massa folhada, para acompanhar bebemos o champanhe que tínhamos levado para as nossas férias e não bebemos íamos beber ali, era uma boa ocasião, para a mesa veio também o resto do vinho do porto. Achei curioso o facto de eles beberem quase de imediato o champanhe, eu é que iniciei o brinde com o Hélder, depois então sim, toda a gente se associou, mas creio não o ter feito, ninguém o faria, pode não ser costume deles. Assim se foi passando a tarde até que no final da mesma o pessoal decidiu ir dar uma volta até á festa , pelos vistos havia a largada de uma vaca, mas chegados lá, de vaca nem sinal, apenas grupos de danças e cantares no palco. Depois disso viemos para um café perto da fronteira e por ali estivemos mais um bocado até que regressamos a casa para como eles dizem “cenar” ou seja jantar, mas a hora já estava um pouco adiantada, mas eles queriam que o pessoal lá fosse, pois tinham muita comida.

Ainda se esteve a grelhar alguma carne, que por sinal estava boa, o Hélder insistiu para eu provar umas coisas fininhas que ao que parece é uma imitação de um petisco muito apreciado mas extremamente caro naquela região, eu tentei saber o que era, a MJ fez questão que eu não soubesse, eles disseram, eu não percebi, de qualquer modo provei e a nada me soube.

O Jantar decorreu num clima de grande animação, mas o relógio não parava, começava a ser hora de ir descansar, só que o pessoal estava ali e parecia ter vontade de se demorar, nós éramos apenas visitas e a MJ começou a ficar impaciente, eu achava indelicado nos retirarmos , mas a MJ foi á cozinha despedir-se das pessoas e isso fez com que a conversa terminasse e o pessoal se fosse embora, então fizemos as despedidas, inclusivamente do Hélder e das miúdas, a Leila sabia que iria estar acordada para nos despedirmos dela.

O Hélder antes de se ir deitar fez questão de nos oferecer dez garrafas de sidra, cinco para cada um, eu fico sem jeito, não levo nada para oferecer e venho sempre com ofertas. Fomos para a cama, a hora prevista para levantar era as seis da manhã, eu para acordar cedo deixei meia janela aberta , no entanto a MJ chamou por mim .

Tomei um banho rápido, desta vez tinha água quente, mas quanto ao dia estava igual ao ano anterior, dia de chuva. O Hélder também acordou e veio connosco até ao carro, a Leila teve a delicadeza de nos preparar ums tortillas e outras coisas para a viagem, ela coitada teve um domingo cansativo, e há hora que nos fomos deitar que já era tarde ela ainda esteve na cozinha a preparar-nos comida para a viagem.

Despedimo-nos e partimos com destino a casa.


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