domingo, 5 de julho de 2009

A Viagem de Behobie para a Maia


O dia estava triste, no ano anterior foi exactamente a mesma coisa, coincidências.

Desta vez íamos fazer uma inovação no percurso, saímos de lá eram cerca das 7h10 e entramos na auto estrada para S. Sebastian, mas desta vez, seguiríamos o caminho para Vitória, pouparíamos dinheiro , km e tempo, discuti isso na véspera com o Hélder e tanto ele como os amigos indicaram-me esse caminho, assim o fiz, e em boa hora o fiz, realmente a poupança foi em todos os tipos, dinheiro das portagens, gasolina, km e tempo, adiantamos muito. De Irun até Vitória pagamos cerca de 1,40 € de portagens.

De Vitoria a Burgos optamos pela auto estrada, depois disso foi sempre a andar em estradas com o perfil de auto estrada mas gratuitas , paramos entre Burgos e Valladolid para abastecer o carro e também ir á casa de banho, depois disso novas paragens se seguiram, ora para descansar e comer alguma coisa, por exemplo comer um bocado da tortilla que a Leila tinha feito e que estava boa, ou para a MJ tomar o seu sempre necessário café. Assim fomos rodando e fazendo km até que chegamos a Zamora, estávamos perto de casa e ainda era cedo, sei que estávamos na nossa hora a caminho da uma da tarde, para ser mais preciso era meio dia e meia quando parei para a MJ ir a uma farmácia já á saída de Zamora.

Mais ou menos em Tordesillas tem a separação do caminho em dois, por um lado vai-se para Zamora e por outro para Salamanca, eu pensei em ir por Salamanca, era cedo e dessa forma íamos inovar um pouco mais e a MJ ficaria a conhecer uma bonita cidade, mas a resposta dela foi que queria chegar a casa o mais depressa possível, então optei por Zamora.

A caminho de Bragança eu queria encher de novo o depósito de gasolina, neste momento ainda tinha meio depósito, mas atestando com o preço bem mais baixo era lucro, deixei passar a primeira bomba de abastecimentos. Ao passarmos em Ricobayo surgiu a ideia de irmos por Miranda do Douro a MJ não conhecia e como ela sugeriu, seguimod mesmo esse caminho. A estrada era fraca, mas como não tinha transito andava-se bem. Antes de chegarmos a Miranda do Douro fizemos uma paragem para urinar e beber água bem fresca que ainda tínhamos, tiramos também umas fotos de uma barragem que se vislumbrava ao fundo.

Miranda do Douro surgiu no alto das escarpas que dão para o rio, como cresceu a cidade !, a vista era bonita, a MJ também gostou, mas era uma cidade muito maior do que a cidade que eu conhecera em tempos com o Virgílio e a Maria José, bomba de gasolina em Espanha nem sinal, a MJ sentiu-se um pouco incomodada com isso, mas paciência, ainda tinha gasolina para fazer umas centenas de km.

O nosso caminho continuou, eu agora andava numa mais de improviso, não tinha estudado o percurso, foi tudo definido em cima da hora, por isso agora íamos vendo o mapa e decidindo no momento por onde iríamos, por isso decidimos ir no sentido de Mogadouro e no caminho vi uma terra chamada Sanhoane, tal como a terra do Fernando. Mogadouro chegou, dali seguimos a indicação de Porto que nos iria levar até Alfandega da Fé, mas logo á saída de Mogadouro paramos para comer mais um bocado da boa tortilla que a Leila nos fez, depois de termos reconfortado o estômago, seguimos para Alfandega da Fé e dali para Vila Flor, ao longe via-se uma coluna de fumo, era de um incêndio que decorria em Mirandela e nós andávamos perto.

Em Vila Flor efectuamos uma paragem junto ao parque de campismo, ia mostrar á MJ os animais que por ali existiam, mas infelizmente os animais agora eram poucos, pensei que tivesse mais, no entanto deu para relaxar um pouco dos já muitos km que tínhamos no corpo e deu também para apreciar a magnifica piscina que tem o parque de campismo, fiquei com vontade de acampar por ali num fim de semana.

Á saída de Vila For não encontrei o caminho para a IP4, pensei em ir por Carrazeda, gostava de lhe ter mostrado as capelinhas em S. Salvador do Mundo, mas achei que ela preferia vir para casa, pouco depois apercebi-me que ela nem se importava, a pressa de chegar a casa parecia ter passado, quem não tinha pressa era eu.

Chegamos a Mirandela, mas nem paramos, seguimos as indicações que nos levariam até ao IP4, mas passamos bem junto ao grande incêndio que por ali acontecia, por momentos atravessamos uma cortina de fumo derivada ao que ainda ardia e bem junto á estrada.

Cada vez mais perto de casa, cada metro que passava, aumentava a saudade das férias.

E chegamos a casa da MJ, após uma rápida descarga das coisas delas, foi a vez de me dirigir para a minha casa onde cheguei pouco depois para terminar as férias de 2006.


5 comentários:

  1. Boa foto!pela amostra caminhos bem bonitos percorridos.
    Quando existe esse sentimento de não querer que termina isso é bom sina, , que correu bem.!isso é bom!

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  2. Belos caminhos , bela foto, o que não é belo é o termino.. quer- se mais sempre mais....

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  3. Viajes e descrições bastante interessantes. Parabéns pelo espaço.

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  4. Olá MaAzBel. A Foto é do país basco do lado francês, é uma zona onde o verde predomina.

    Olá Adrian, de facto recordar é viver, e quando são boas recordações como é o caso, tudo é magnifico.

    Olá Nelly, Obrigado pelo comentário, a ambição é o que nos move no dia a dia na ansia de querer sempre mais e melhor

    Olá Dylan, Obrigado pela visita e pelo comentário

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