terça-feira, 30 de junho de 2009

Cap D'Agde - O Frevo


Este ano a designação oficial para toda a agitação quer nocturna, quer na praia era “FREVO” . Algumas diferenças se registavam em relação ao ano passado, nomeadamente na praia, aqueles círculos que se formavam no areal em torno de um casal , tinha passado para a água, este ano toda a acção se desenrolava na água. No primeiro dia ficamos na praia mais na zona onde imperava o ambiente gay, mas nos restantes estivemos mais inseridos no coração do frevo, ali o espaço para colocar a toalha era diminuto, as pessoas ficam umas em cima das outras, não existe quase espaço entre as toalhas, e eu que sou incapaz de estar assim numa praia, ali estava na boa.

No areal não era difícil ver casais em sessões de masturbação mutua, vi isso algumas vezes, assim como mulheres apalpando-se mutuamente e beijando-se, ali tudo pode acontecer. Mas a maior agitação diurna era mesmo dentro de água, desde trios formados ali mesmo, até a casais tudo acontecia, os mirones eram mais que muitos, muitos deles com a clara intenção de participar em algum trio, é incrível como as pessoas se colam tanto, elas aproximam-se de tal forma que quase estorvam, mas nada se passa de anormal, para eles. Está bem que todos nós temos a nossa dose de voyeur, mas o assistir relativamente afastado é uma coisa, o estar praticamente em cima é outra bem diferente, e por ali impera esta segunda variante. Quanto a nós ficamos mais pela primeira variante, íamos deitando o olho a uma ou outra situação, mas sempre no nosso canto.

O que mais me espanta é que o escalão etário do pessoal no frevo na praia, é de um escalão etário já avançado, ou talvez não, pode até ter muita gente bem mais nova que nós , mas o aspecto certamente indicia idade bem mais avançada.

Pela noite era o normal, a maior concentração era de facto no Melrose, ali concentra-se grande parte do pessoal para iniciar a noite, e aos poucos vão-se distribuindo por um ou outro clube. Na nossa primeira noite estivemos ali quase toda a noite, pois tínhamos um encontro marcado com um casal português, não os encontramos apesar de em determinado momento eu ter ficado convencido tê-los visto, mas dias mais tarde verifiquei que não eram eles.

Para nós quase todas as noites a acção era mesmo pelo Melrose, fomos lá quase todos os dias.

O glamour, o famoso galmour recebeu a nossa visita , finalmente, o aspecto interior até é agradável, mas não deu para ver tudo com olhos de ver, tem uma pista de dança e uma espécie de jaula, foi aí que tive a minha surpresa da noite, a MJ dançou dentro dessa jaula, foi um momento inesperado, ela já tinha ameaçado que dançava no Melrose, mas não se tinha atrevido, ali foi mesmo, sem eu nada dizer, ela levantou-se e dançou.

Nos outros dias de volta ao Melrose, seguimos o nosso Frevo, no entanto nada de significativo aconteceu, apenas a diversão. E quanto ao frevo ficamos por aqui.


segunda-feira, 29 de junho de 2009

Cap D'Agde - A Alimentação


Este ano apostamos mais na confecção das nossas próprias refeições, apenas uma vez fomos jantar fora, ficou na ordem dos 43 euros tal incursão pelo restaurante, das outras vezes comemos no parque ou no kebab, mas aí apenas por duas vezes, das outras ou comprávamos a comida já pronta ou grelhávamos algo no nosso magnifico grelhador, foi uma alimentação bem diferente da do ano passado, mas com mais qualidade e muito mais barato. Foi uma boa aposta, aposta que é para ter continuidade numa próxima ocasião. Normalmente quem se ocupava do grelhador era eu , a MJ ocupava-se com tudo o resto, inclusivamente ocupava-se em me dar de beber enquanto eu grelhava, era também uma forma de começar a aquecer para o “frevo”.

Algo que fez parte da nossa alimentação foram os legumes, legumes sempre enlatados. Bonduele de legumes, milho, era uma alimentação leve e saudável.

Por norma ao almoço bebíamos cerveja, estava mais quente e aí a cerveja fresca caía melhor, mas ao jantar por norma optávamos por beber vinho, embora ainda estivesse o tempo quente, já se conseguia beber bem o vinho e que calor ele começava a provocar.

Os nossos vizinhos alemães tiveram a delicadeza de nos oferecer duas cervejas em lata, cerveja alemã, num ápice elas desapareceram, eu tentei retribuir com duas lusas super bock, mas eles recusaram dizendo que tinham a geleira cheia, ficou a promessa de lhes dar num dos dias seguintes.

O facto de levarmos o micro ondas, a geleira e o grelhador, foi sem margem de duvida um facto que nos permitiu economizar bastante nestas férias e nos proporcionou uma outra qualidade de vida nestas férias, foi uma aposta coroada de sucesso.

Sempre que cozinhávamos no parque, a alimentação constava de carne grelhada, quando comprávamos comida fora, também constava de carne, uma vez comprei um frango inteiro que deu para almoço e jantar, outra vez foi puré com roti de porco, roti de porco que foi repetido numa outra refeição, outra vez foi paella, e por fim também houve massa e lasanha. O ponto negativo na alimentação foi uma linguiça que eu comprei convencido ser salsicha para grelhar, errei, aquilo até se comia bem , mas sendo em pequena quantidade, como comprei duas para cada um tornou-se um pouco enjoativo, pelo menos para mim, mas excluindo esse ponto, tudo foi fantástico, até sopa tivemos numa refeição, sopa que a MJ levou , estava boa, outras ela tinha, mas as que ela levou eu não gosto e ela não fez.

Leite, compota para barrar no pão, tudo isso fazia parte do que ela levou, por isso ela surpreendeu-me pela positiva a forma como ela preparou a viagem, melhor acho que não era possível.


sábado, 27 de junho de 2009

Cap D'Agde - Instalação no parque


Desta vez não foi difícil encontrar o nosso local, já conhecemos como funciona o parque e isso facilita imenso, chegados ao local começamos por definir o local onde montaríamos a tenda, não foi problemático, mais problemático foi o não colocar por cima do que eu achava ser uma planta, a MJ queria colocar a tenda por cima, eu defendia que não, até que chegamos a um compromisso, a tenda ficou mesmo encostada, no entanto não ficou por cima.

Com a casa montada começamos a instalarmo-nos e para isso colocamos as coisas que achamos ser necessárias dentro da tenda e algumas fora, caso do micro ondas e da geleira. A MJ viu umas paletes encostadas e foi buscar duas para colocarmos as coisas em cima. Faltava ligar a corrente, mas rapidamente verificamos que não era possível, afinal a ligação é diferente do que eu pensava, por isso depois de tudo devidamente instalado viemos ao centro dar uma primeira volta e comprar um adaptador e algo mais que fosse necessário.

Neste nosso primeiro dia, pouca coisa tínhamos para fazer, o principal era mesmo instalarmo-nos para no dia seguinte então sim, começar a desfrutar da praia. A tarde ia avançando e no final da mesma estreamos o grelhador que a MJ tinha comprado em Andorra, estive a grelhar umas costeletas que ela tinha levado, devido ao tempo fora do frigorifico era imperioso grelhar hoje e comer, caso contrário o destino seria o lixo, mas esse não poderia ser o fim, por isso foram grelhadas e que boas elas estavam. Para acompanhar bebemos o vinho tinto que levei, vinho que começou a fazer furor perante um casal de vizinhos, era um casal já de idade avançada oriundo da Alemanha, oferecemos um copo e eles gostaram, pelo menos era uma boa forma de estabelecer uma boa relação com a nossa vizinhança, coisa que não aconteceu no ano passado.


sexta-feira, 26 de junho de 2009

A Viagem da Maia a Cap D'Agde II


A noite passou creio que ao mesmo ritmo que devoramos km no dia anterior, demasiado rápido, mas sem nos apercebermos, o que é certo é que o meu relógio do telemóvel já marcava creio que umas 8 horas, achei aquilo um pouco estranho, a mim parecia ser mais cedo, mas talvez estivesse mais cansado do que imaginava e a noite me tivesse parecido curta. De qualquer modo tomamos um bom banho e descemos para tomar o pequeno almoço. Pequeno almoço que não sabia se estava ou não incluído, também pagamos cerca de 2 euros, nada demais.

Abandonamos o hotel e dirigimo-nos para Andorra que não estava longe. Ao entrar no carro verifiquei a hora, hora que está desfasada em dois minutos, fiquei a perceber que o meu telemóvel tinha actualizado a hora e tinha a hora espanhola, talvez a rede em que estava emita a hora, só poderia ser desse modo, mas como eu não sabia fui enganado, no ano anterior tinha sido a MJ a enganar-me na hora, desta vez foi o meu próprio telemóvel.

Em Andorra deixamos o carro no parque de estacionamento ao ar livre que fica no centro, ainda estava tudo fechado, de qualquer modo fomos dando uma pequena volta por ali mesmo vendo algumas montras e tentando verificar se existia alguma coisa que valesse a pena comprar, mas não, nada do que víamos valia a pena, de facto confirmávamos que as compras em Andorra já tiveram o seu momento.

Depois de calcorrearmos algumas das principais ruas do centro de Andorra e como as casas comerciais ainda estavam fechadas, associando o facto de nada termos visto que valesse a pena, decidimos retomar a viagem, viagem que tinha para já duas paragens marcadas, uma num posto de gasolina, ali era bem mais barata, estava na marca do euro, quase quarenta cêntimos mais barata do que na lusa pátria, é muito dinheiro. Parei num posto da BP e depois seguimos para o Punto de Trobada que é um centro comercial onde costumamos parar sempre que por ali passamos.

Das compras ali realizadas consta-se umas meias para mim, umas cigarrilhas que eram para queimar nos dias de “Frevo”, termo escolhido pela MJ para aquilo que no ano anterior tinha sido designado como “ Ral e Rola”, e uma embalagem em alumínio, com carvão e grelha. Ainda procurei cartões de memória para a máquina, estava com receio que os 2 Gb fossem insuficientes, mas mesmo que fossem cartão eu não comprava, o preço não compensava. Assim sendo saímos dali com destino ao local que seria a nossa casa durante uma semana.

A passagem da fronteira estava complicada, registava-se um engarrafamento, mas a nossa vez chegou, o policia mandou-me estacionar e abrir a mala, o que fiz, ele levantou um pano de tenda que utilizava para tapar as coisas e mandou-me seguir viagem, o tempo ali perdido foi pouco.

Seguimos o caminho para Puigcerdá, é a última povoação em território espanhol, e que belo o caminho que nos leva até esse belo local, tudo muito verde salpicado aqui e ali por belos chalés típicos de montanha. E entramos em França, cada vez mais perto do nosso destino.

A MJ dava mostras de querer fazer chichi, precisava de encontrar um local para parar, pensei em parar onde tínhamos parado no ano anterior, e efectivamente parei, mas estava mais gente por ali e ela não conseguia fazer nada, por isso seguimos viagem e tentávamos mais á frente, o que se veio a realizar uns bons km á frente, aproveitou ela e aproveitei eu para libertarmos algo que já não nos fazia falta.

Entramos naquela descida direi que terrível para os carros, principalmente para os travões, mas também desta vez ela foi feita de uma forma bem mais calma, não tínhamos a fila de carros a pressionar, por isso descemos no ritmo que queríamos e inclusivamente tivemos hipótese de parar para registar em foto o local, ali respirava-se o ar puro da montanha e tudo imanava tranquilidade, nada nos estava a comprometer o sucesso da viagem, tudo até agora estava a ser perfeito.

A descida é que parecia não ter fim, mas com calma lá fomos andando. A MJ queria parar num local que deve ser magnifico, eu não vi um local para estacionar o carro e não parei, mas é um local certamente a visitar numa próxima passagem, aquilo parece ser uma pequena vila dentro de umas muralhas, e belo deve ser pelo menos atestando pelo número de carros ali estacionados, fica a promessa de visitar tal local.

Como não deu para parar continuamos a viagem e cada vez mais perto de Perpignan, chegados ali iria entrar na auto estrada até á saída para Cap D’Agde. Assim fizemos e quando saímos da mesma o cartão de Multibanco foi recusado, tive de pagar em dinheiro, mas poderia pagar com o visa. Poucos km nos separavam da nossa casa para os próximos dias.

Chegados ao quarteirão naturista dirigimo-nos á recepção, e com o e-mail que imprimi da confirmação da reserva tudo se tornou mais rápido, de tal forma que entramos logo de seguida no centro.

Com o carro estacionado á entrada do parque , mesmo entrando pelo local que era a saída, fomos á recepção do parque para fazermos o check in. Entreguei o e-mail com a confirmação e por momentos achei que eles andavam á procura dos papeis, mas por fim lá se decidiram prosseguir com o processo e paguei qualquer coisa como 250 euros. Estava tudo pronto, só faltava entrar e montar a casa. E 138 era o nosso lugar.


quinta-feira, 25 de junho de 2009

A Viagem da Maia a Cap D'Agde I


A viagem iniciou-se e decidimos apanhar a auto estrada A11 que nos ligaria á A4, perto da casa da MJ tem uma entrada, eu desconhecia, mas a MJ já conhecia. Até Amarante paguei pouco mais do que 2 euros, depois disso entramos no IP4 e seguimos o caminho até Bragança. Bragança onde chegamos já com o sol a iluminar aquelas áridas terras, felizmente para mim, dessa forma poderia desligar os faróis e deixar de levar com sinal de luzes dos condutores que circulavam em sentido oposto.

A Aridez também já se começava a fazer sentir no depósito do carro, começava a ficar um pouco preocupado pois começava a ter dúvidas se daria para chegar ao primeiro posto de combustível espanhol.

No final do IP4 acabei por fazer uma curva larga demais e precisei que o carro que vinha em sentido contrário parasse, foi uma falha da minha parte, mas felizmente sem consequências.

Antes de entrarmos em território espanhol realizei a primeira paragem para ambos aliviarmos alguns líquidos que já não nos serviam ao corpo, depois disso retomamos a nossa marcha.

No primeiro posto de abastecimento parei e enchi o depósito, que diferença no preço, do 1.38 € aqui, passei para o 1.21€ .

A nossa viagem prosseguiu sempre com um ritmo certo , na ordem dos 90 a 100 km hora, era um ritmo lento para quem tinha uma longa viagem pela frente, mas é preferível assim, pressa não existia e tempo tínhamos nós , além de pouparmos no combustível.

Chegamos a Zamora, devido á hora o transito era intenso mas nada que nos perturbasse, sem problemas seguimos o nosso caminho, mas verificamos uma alteração em relação ao ano passado, logo á saída de Zamora apanhamos a auto estrada A11, similar no nome com a que apanhamos junto á casa da MJ. Desta forma permitiu que andássemos um pouco mais rápido, no ano transacto tínhamos ido até Toro, com os limites de velocidade, agora eu nem sequer chegava a pisar os limites, ficava bem folgado e podia andar melhor, isso fez com que ganhássemos km , tempo e combustível, era bom. Eram bons indícios para a viagem. Aos poucos os km iam sendo devorados, as localidades iam ficando para trás, Tordesillas era um desses casos, pouco depois foi a vez de Valladolid, ali estavam a ser realizados trabalhos na auto estrada, mas de qualquer modo não impedia o transito. Por alguns instantes fiquei com a sensação que tinha passado o ponto em que deveria virar rumo a Sória, mas felizmente que não, verifiquei isso um pouco mais á frente, o caminho estava a ser o mesmo, depois de passarmos Valladolid, passamos em Pañafiel, é um local que me lembra Penafiel por questões obvias.

Retomamos a A11, é uma auto estrada que está a ser construída e a minha esperança é que tivesse sido construído mais um bom bocado á semelhança do que aconteceu em Zamora, mas puro engano meu, penso que nem mais um km se construiu por ali, paciência, de qualquer modo o limite de velocidade ali permitido não nos impedia de manter o nosso ritmo.

A nossa segunda paragem foi no local onde no ano passado tínhamos parado para lanchar e jantar, deste vez nem almoçamos, a paragem foi aproveitada para nova descarga de líquidos nefastos ao organismo e também para dar uma esticadela ao corpo , principalmente ás pernas, era bom descansar um pouco, apesar de pelo menos eu não me sentir nada cansado, tal creio dever-se também á alteração da postura a conduzir, para isso alterei a posição do banco e os resultados estavam á vista. Alguns minutos depois retomamos a nossa viagem.

Comparando com o ano anterior, achei que estávamos a andar bem melhor, podia ser apenas uma impressão, mas a MJ também concordava, a viagem estava a correr bem e cada vez mais ficava com a certeza que iria dar para chegar a Saragoça cedo, talvez até chegar a Lérida.

A fome começou a dar sinais e por isso aproveitamos um parque na estrada para efectuar a nossa terceira paragem e almoçar, o parque era razoável, com umas pequenas árvores a dar alguma sombra e umas mesas com bancos em cimento. Ali tive talvez a primeira surpresa da viagem, e a surpresa consistia na forma como a MJ preparou a viagem, nada faltava. Comemos um frango panado, estava uma delicia. A água que ela tinha levado também ainda estava fresca. Até toalha de mesa ela levava, nada faltava, tudo parecia perfeito.

As fotos foram surgindo para ilustrar a nossa viagem. Por ali tinha pouca gente, e dessa pouca gente constavam uns dois ou três camiões portugueses, um dos quais perto de nós que estava a terminar o seu almoço quando ali chegamos, almoço que tinha indícios de ter sido preparado por ele mesmo ali, pelo menos no exterior do camião tinha um pequeno fogão a gaz.

Saragoça era a nossa meta, não sem antes passarmos por Sória, local que foi passado por nós no nosso ritmo cruzeiro e com algum desprezo vimos o hotel onde pernoitamos no ano passado.

Os km iam sendo ultrapassados sem qualquer custo e sempre com ânsia de ultrapassar muitos mais, de tal forma que quase sem nos apercebermos entramos em Saragoça. A hora não ficou registada, mas devíamos estar a caminhar para o meio da tarde.

A nossa quarta paragem foi efectuada num posto de abastecimento já á saída da cidade, o carro precisava de abastecimento e aproveitei também para comprar um litro e meio de água fresca, a nossa já se tinha ido, mas para adoçar a boca comprei um magnum para cada um, para mim um de chocolate normal e para a MJ um de chocolate branco.

A estrada que liga Saragoça a Lérida estava muito movimentada principalmente de camiões, no entanto o ritmo deles era o nosso, desse modo o nosso ritmo de viagem não seria afectado, mas sempre que tal era possível lá se ia ultrapassando um ou outro, pois nas subidas alguns mostram dificuldades.

A chegada a Lérida foi tal como a chegada a Saragoça sem qualquer custo e quase também sem nos apercebermos, mas ali voltamos a cometer o mesmo erro do ano passado, enganamo-nos na saída, no ano passado apercebemo-nos do erro e voltamos á auto via, mas desta vez não, apercebemo-nos do erro e continuamos na mesma estrada, ela também nos levaria ao nosso destino, e como não havia stress, não havia nenhum problema, sempre ficávamos a conhecer um novo caminho.

Para nos certificarmos , aproveitamos uma operação stop que estava a ser efectuada pelos “Moços de esquadra” debaixo de um viaduto, para lhes perguntar o caminho até Andorra. Quando um me viu a dar o sinal de que ia estacionar veio ter comigo e forneceu-nos a informação de que necessitávamos, afinal estávamos bem perto da estrada que nos levaria até Andorra.

De referir que nos dirigíamos para Andorra pois devido á hora, ambos quando ainda estávamos a caminho de Lérida, decidimos seguir a nossa viagem até Andorra ou La Seu D’Urgell, talvez nesta segunda localidade encontrássemos algo mais barato do que em Andorra, era isso que estávamos a colocar em prática. O caminho já nos era familiar e pouco depois entramos numa zona que eu designo por desfiladeiro, é bonito. Talvez devido á hora, já era o final da tarde o transito era pouco ou nenhum , por momentos pensei que se tivesse marcado a nossa chegada a Cap D’Agde para o dia 20 teríamos conseguido, mas para isso certamente iríamos pela auto estrada, mas agora já estava tudo marcado, e havia que desfrutar das coisas tal como elas eram . recebi a primeira chamada , era do Carlos, estava com um problema na empresa e precisava da minha ajuda.

Mais fotos fomos tirando para a nossa colecção e nova paragem realizamos, bebemos um sumo e comemos um pão com chouriço, mais coisas que a MJ tinha levado, ela de facto tinha pensado ao detalhe na viagem, já em outras ela mostrava pensar nas coisas, mas nesta creio que se estava a ultrapassar, nada faltava.

Decidimos , ou melhor dizendo eu sugeri ficar num hotel junto á estrada e perto de La Seu D’Urgell, era um hotel com umas linhas bonitas, na minha óptica, desde que por ali passei na primeira vez que fiquei de olho naquele hotel o edifício mais parecia um chalé, talvez tenha sido isso que me agradou. Parei e fui saber o preço, como o preço andava abaixo dos 50 euros decidi ficar ali mesmo, não sei se a MJ queria ou não, talvez até nem quisesse, mas a escolha já eu a tinha feito e afinal apenas íamos passar ali uma noite, além de que não saberia se em Andorra arranjasse hotel ao mesmo preço, talvez sim, a oferta é grande e não estávamos na época alta, mas talvez no próximo ano ali voltemos e então fiquemos em Andorra.

Que bem soube o banho retemperador, é certo que o quarto não primava pelo luxo, mas era bem melhor que o de Sória e também era bem mais barato . Depois do banho descemos e fomos até ao bar, fomos bebendo cerveja e comendo azeitonas, era o que se arranjava. Estávamos numa pequena esplanada nas traseiras do edifício e virados para o edifício onde ficavam os quartos, estava bom, a temperatura, e a vista, são momentos felizes, momentos que devemos guardar na nossa memória, ali sentia-me leve , tranquilo e feliz, sinal de férias.