Sábado, 29 de Novembro de 2008.
Destino da Viagem : Covas do Rio
Motivo : Jantar
Saí de casa para S. Mamede , por lá encontrei algumas dificuldades para estacionar o carro, acabei por encontrar um lugar junto á casa do tio do Fernando.
Saímos já passava das 18 horas, o tempo estava bastante agreste, chovia imenso com algum vento á mistura. O tempo estava um pouco frio, mas nada de excepcional para a época.
Seguimos para Espinho , lá a equipa ficaria completa, Eu o Fernando, o Artur e o Mesquita. Chegamos andavam os ponteiros do relógio na proximidade das 19 horas, como estava o tempo prevíamos chegar ao restaurante em Covas do Monte lá pelas 21 horas, dificilmente estaríamos antes.
O caminho seguido foi o usual , Espinho, Vila da Feira, S. João da Madeira, Milheirós de Poiares, Cesar, Arouca. Sempre debaixo de muita chuva. O dia ia sendo substituído pela noite.
Em Arouca a chuva diminuiu um pouco de intensidade mas começou a dar lugar a uma chuva mais espessa daquela que batia no vidro e se desfazia, não era totalmente liquida. Chuva essa que passou a neve logo á frente de Arouca, mal subimos alguns metros começamos a apanhar neve. Faltavam ainda muitos quilómetros, começavam a pairar duvidas se chegaríamos ao jantar, pois o pior trajecto da viagem começava a partir de Arouca e se ali já nevava como estaria lá mais para a frente em plenas montanhas !?.
Fomos andando sempre num ritmo cauteloso, as condições climatéricas assim obrigavam. Á medida que penetrávamos mais no interior do sistema montanhoso que nos levaria até Covas do Monte, mais neve se ia vendo, no entanto a chuva não caía , nem tão pouco neve e isso ajudou que fossemos andando.
Ligamos para o restaurante a dizer que estaríamos lá apenas entre as 21 e 21.30, nunca antes, informaram-nos que a neve por lá abundava.
Fico um pouco tenso em transitar com aquelas condições, quanto mais ali com precipícios e ruas sem a mínima protecção.
O frio aumentou bastante, a visibilidade era reduzida.
No caminho em terra batida, nada fácil de fazer, que liga Covas do Rio a Covas do Monte, foi necessário parar por instantes a carrinha, o problema foi para voltar a andar, a carrinha não tinha tracção suficiente para “se agarrar” ao solo de modo a andar, graças á perícia do Fernando lá conseguiu colocar novamente a carrinha em andamento sempre com a segunda engatada.
Com Covas do Monte á vista , paramos mais uma vez, mas desta vez a paragem foi intencional, queríamos tirar uma foto. As únicas luzes visíveis eram as dos faróis da carrinha e do flash da máquina fotográfica, tudo o resto era pintado pelo negro da noite, mas um negro com tons mais claros devido á neve que cobria aquelas paisagens. Imaginava como seria ver aquilo em plena luz do dia, aí teria a verdadeira noção do nevão.
Confesso que foi uma surpresa para mim ver nevar ali, apenas porque quando saí de casa o frio não justificasse a queda de neve.
Entramos no calor da antiga escola primária agora transformada num restaurante, tínhamos um cabrito grelhado á nossa espera.
O restaurante estava cheio de gente, rapidamente soubemos que era um grupo de professores e alunos de uma escola em Matosinhos, tinham ido fazer uma caminhada e agora estavam ali presos em virtude da camioneta que os levaria de volta a casa ter ficado presa na neve.
Apesar de retido, o grupo estava bem disposto, pelo menos dava mostras disso mesmo.
Enquanto o nosso jantar estava a ser confeccionado, fomos passando o tempo em amenas conversas, que aqui e ali também incluíam algumas pessoas do grupo de turistas retidos, principalmente um engenheiro a quem o Mesquita insistia em tratar por arquitecto.
Toda essa conversa foi “regada” com 3 litros de vinho do Porto que o Fernando tinha levado e apesar de não estar tempo seco, não sobrou gota do vinho.
O João chegou para jantar na hora em que íamos dar inicio , trouxe a companhia de dois guardas da GNR que jantaram junto connosco. Comemos o cabrito grelhado, nunca tinha comido cabrito daquele modo, não desgostei, mas cabrito assado no formo é outra coisa.
O jantar foi bem regado, o pessoal estava animado, quem não estava tão animado era o pessoal do grupo de turistas, confirmava-se que ficariam ali naquela noite, o pessoal do restaurante improvisou cobertores para se agasalharem apesar de não estar frio ali dentro.
No exterior caía novo nevão, como é belo ver a neve cair. Lembrei-me da Nelly, ela iria adorar estar ali naquele momento.
O Mesquita e o Cruz, estavam muito bem, tinham comido bem e bebido melhor, estava tudo muito , mas mesmo muito animado, mas apesar de toda a animação decidimos ir para casa do Mesquita dormir e assim fizemos.
Deixamos o restaurante perto das 2 da manhã, no exterior o frio era muito, mas não nevava. Para a carrinha fazer a pequena mas pronunciada subida logo á saída , eu e o Artur abrimos caminho na neve para o piso ficar limpo e as rodas aderirem ao piso, fiquei com os pés molhados. Fizemos o percurso com muito cuidado, o Mesquita até ressonava no banco traseiro, foi preciso parar a carrinha para arrumar um pinheiro que o temporal tinha derrubado e estava a obstruir o caminho, o Mesquita nem acordou.
Deitamo-nos e rapidamente adormecemos.
O dia acordou em Covas do Rio e com ele foi possível ver uma paisagem de rara beleza, tudo estava cheio de neve, nunca imaginei ver aquele cenário, estava magnifico.
Demos uma volta pela aldeia e tirei várias fotos para mais tarde recordar aquele cenário.
Antes do regresso a casa fomos ver a camioneta onde tinha ficado presa na véspera, de facto ficou num local bem complicado.
O regresso a caso correu bem, foi uma viagem normal , mas com um cenário onde predominava o branco da neve até perto de Arouca, depois disso nem sinal dela.
Há boa pinga.!! Claro o frio assim não pega!!!???
ResponderEliminarO que vale o vinho e vinho do Porto fazem " milagres"....
Realmente a paisagem é um autentico quadro , não sei quem foi o fotografo!!!?? mas transparece uma paisagem magnifica, sem duvida..
e a boneca de neve.. uhummmmmm????
Vá lá toca a escrever , seja o que for,.... ou já terminou??????
ResponderEliminarCalma , a crise está em todo o lado, até na escrita
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