quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Cap D'Agde 2009 - Visita a Marselha ( Cap. 3 )



16h14, hora portuguesa , era a hora prevista para a partida do comboio, partiu com atraso de 4 minutos, não era muito, mas acrescentando ao atraso da manhã, já tinhamos uma meia hora de atrasos nas viagens de comboio, são situações que não surgem  apenas por cá.
Levava muita gente, por momentos tive dúvidas se eram lugares marcados, mas relaxei, não havia stress, se fosse e não estivessemos no nosso lugar , mudavamos, mas nada disso aconteceu.
No comboio as condições para fotografar / filmar eram nulas, os vidros faziam muito reflexo, a Nelly ainda tentou filmar um pouco da zona do aeroporto, mas não se tentou mais.
Foi por ali que entrou na carruagem uma mulher que pela indumentária mostrava ser de origem árabe, mulher relativamente nova e com duas pequenas e engraçadas crianças. Ficaram sentados nas nossas proximidades. A mulher não estivesse vestida daquele modo e certamente talvez saísse beneficiada, mas costumes são costumes.
A viagem foi decorrendo normalmente até que passou na carruagem uma equipa de policias dos comboios, algo se terá passado na carruagem contígua á nossa, mas de nada nos apercebemos, no entanto eles seguiram viagem até Montpellier.
Montpellier é uma estação muito escura, mas estivemos ali parados apenas o tempo normal da paragem, onde demoramos uma eternidade foi na estação de Sete, eu já vinha apertado para ir ao wc, aproveitei e fui ali mesmo, ao wc do comboio, que alivio... .
Após os largos minutos que o comboio esteve retido na estação e sem a minima explicação, começou a rolar de novo nos carris, a próxima estação era a nossa, Agde. Durante esse curto trajecto a revisora que usa um chapéu curioso entrou na nossa carruagem e apresentou desculpas pelo sucedido, afinal tinha existido um problema na linha que impedia a circulação dos comboios. Pelo menos houve uma explicação e um pedido de desculpas, como são surpreendentes estes franceses.
“Agde... gare de Agde “, ouviu-se na instalação sonora, tinhamos chegado .
Saindo do edificio da estação vimos uma camioneta na paragem que dava indicios de estar de partida, apressamos o passo e ainda a apanhamos, passava na Village estava tudo a correr bem. Sentamo-nos nos bancos da frente, o motorista era um corpulento homem de raça negra e conduzia como se não houvesse amanhã, o pessoal que se cuidasse, felizmente nada de anormal se passou e chegamos sãos e salvos ao centro. Retomamos aquela que era a  nossa rotina diária , banho para refrescar do intenso sol e jantamos. A noite estava prevista ser passada no Glamour.
Nestas férias até ao momento a única visita que tinha acontecido no dia marcado foi a visita ás grutas, todas as outras ficaram adiadas, a visita a Marselha realizou-se um dia  após o previsto e a visita ao Glamour também seria, pois neste dia não nos foi possivel entrar.
Os nossos vizinhos já tinham abalado, ele era simpático, cumprimentava as pessoas, ela era um pouco de nariz empinado, fazia lembrar um pouco a mulher do casal português que “conheciamos” dali, do parque. Agora do nosso lado esquerdo tinhamos um casal de suiços e uma criança, eles deviam ser de um cantão alemão, pois comunicavam nessa lingua.
Depois do jantar estivemos em amena e bem regada cavaqueira , foi champagne, foi licor beirão, foi vinho do porto, isto não fazendo referência aos liquidos ingeridos imediatamente antes e durante o jantar. Mas estavamos muito bem e isso é que era importante. Vestimo-nos para a noite, a Nelly estava linda como sempre e decidiu levar uns chinelos por ter uma pequena ferida num pé, mas isso foi o impedimento para entrar no Glamour.
No momento da entrada estava apenas um segurança e que segurança, era um armário que me desmanchava todo se me desse um soco, delicadamente e quase sussurrando alegou que não podiamos entrar porque a madame estava de chaussures, a Nelly não gostou muito, mas nada havia a fazer, voltamos para trás, no dia seguinte voltaríamos lá, também seria a derradeira oportunidade.
Tinhamos um dia para aproveitar até á exautão, depois seria o fim da festa, o arrumar as coisas e iniciar a viagem de regresso, começava a pairar no ar alguma nostalgia.

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