quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Férias 2009 - Regresso a Casa ( Cap 2 )



Prosseguimos a viagem, a descida continuava, não tão ingreme, mas mesmo assim era preciso conduzir com precaução, de vez em quando a estrava fazia uns cotovelos complicados, tinha de se andar devagar, foi sempre a descer até chegarmos a uma localidade de seu nome Laruns, ali encontramos a estrada que vem de Pau, chegou a ser equacionada a hipótese de virmos por ali, creio que essa estrada anda sempre pela base das montanhas, certamente que passará em locais igualmente belissimos , mas não estavamos arrependidos com a escolha efectuada, de modo algum, estávamos sim extremamente satisfeitos.
Laruns fica num vale, o casario ainda é considerável, e viam-se muitas casas com aspecto de chalés de montanha, nos telhados predominava o preto.
Deixamos a estrada de montanha D918, para entrarmos numa outra que também  era de montanha, a D934, nessa viemos até á fronteira de Espanha.
O caminho até á fronteira também é belissimo, o verde imperava, muito arvoredo que á medida que iamos de novo subindo embora de uma forma suave ia reduzindo, estava fascinado com tanta beleza natural, esta estava a ser a melhor viagem de regresso no que á paisagem dizia respeito, sempre gostei de todos os caminhos, mas este era de facto o número um. Atravessar os pirinéus corresse o risco de encontrar paisagens belissimas. Nestes três anos que vou com a Nelly para Cap, fizemos sempre caminhos diferentes para passar os pirinéus no regresso a casa, na ida vamos o mais directos possivel, no regresso tentamos contemplar mais a natureza.
Les Eaux Chaudes, zona de termas, é igualmente um pequeno e bonito local, ali passamos sem parar, assim como em outros locais tais como Gabas,Soques, depois disso
No caminho ainda em França, apareciam pequenos tuneis na estrada que eram locais onde existe probabilidade de avalanches de neve no inverno, quando eles locais coincidem com a estrada eles fazem pequenas coberturas sobre a estrada de modo que a neve não bloqueie a estrada e estão numerados, a Nelly teve dúvida se a numeração era o nrº do tunel ou do ano de construcção, verificou-se ser o ano e não o nr. Vimos também uma zona que estava mesmo identificada como zona de avalanche de neve e desembocava perto da estrada , mas num buraco.
A vegetação começava a ser mais rasteira, El Portalet, zona de fronteira, a subida tinha terminado, julgo que andavamos pelo milhar e meio de metros em altitude , mas a subida tinha sido suave, fez-se muito bem.
Iniciamos uma fase de descida, a estrada continuava a ser magnifica, o piso era bom. Um pouco abaixo da fronteira paramos para tirar mais algumas fotos, as filmagens tinham acabado, não havia mais fita.
De vez em quando aparecia um povoado com chalés tipicos de montanha, bonito cenário, mas á medida que nos iamos afastando dos pirinéus, o verde ia sendo ocupado pelo amarelo. Passamos em Lanuza , Escarrilla e Biescas, aqui entramos na N260, seguimos sempre as indicações de Huesca. Perto de Sabiñanigo entramos na autovia A23 até Zaragoza, passamos ao lado de Huesca e ainda efectuamos uma paragem no posto de abastecimento para atestar o depósito, a paisagem luxuriante dos pirinéus tinha ficado para trás, agora a paisagem era a tipica paisagem espanhola, muito amarelo em que até as casas  se confundem com a cor da terra.
Aos poucos fomos avistando o aglomerado habitacional de Zaragoza, já é uma grande cidade, mas não a andamos a descobrir, da A23 passamos para a AP68, o caminho agora era directo a casa e ainda tinhamos muitos km para efectuar.

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