terça-feira, 24 de novembro de 2009

Férias 2009 - Lourdes



Quando nos aproximavamos de Carcassone eu tentei por todos os meios fotografar o enorme e belo castelo, mas..., é dificil, o arvoredo na auto estrada não facilita e com o grande volume de transito não dá para abrandar quanto mais parar, seguimos, talvez um dia tenhamos oportunidade de visitar o castelo, ter uma foto panoramica do mesmo, deve ser dicifil, pelo menos tirada da auto estrada.
Antes de chegarmos a Toulouse, paramos de novo numa area de serviço, a Nelly estava carente de uma dose de cafeína, ela foi tomar o café e eu fiquei junto do carro, já o dia estava de novo bem quente. Não nos demoramos muito por ali, fizemo-nos de novo á estrada.
Á medida que nos aproximavamos de Toulouse o volume de transito ia aumentando, mas serenamente nós prosseguiamos a nossa caminhada, em breve deixariamos a A61, assim que chegamos á portagem deixei de lado a fotografia para me concentrar no caminho e fornecer as indicações á Nelly, passar Toulouse não é complicado no entanto requer muita atenção para não haver enganos no caminho e felizmente não nos enganamos, alguns km depois de Toulouse entramos na A64, seria essa auto estrada que nos levaria até ás proximidades de Lourdes.
Assim que voltamos a entrar na auto estrada tudo voltou a serenar e voltei ás fotografias, de vez em quando disparava ao calhas, depois veria o que saía.
Aos poucos fomos vendo ao fundo um “muro” constituido pelas montanhas dos pirineus, a paisagem começava também a ter um verde mais vivo e os km para o nosso destino a diminuirem.
Saímos da auto estrada, estavamos a cerca de duas dezenas de km de Lourdes. Passamos junto ao aeroporto no momento em que um avião levantava voo, do modo que ele ia estava a querer ganhar altitude rapidamente.
Chegados a Lourdes tentamos arranjar um local para estacionar o carro e mesmo junto ao hotel estava um carro a sair, era um bom lugar para deixar o carro, no entanto o hotel tinha estacionamento , a pagar é certo, mas o facto de ser fechado dava-nos outras garantias, por isso quando fui á recepção falei no estacionamento. 8€ um dia, não é barato tendo em conta que estava hospedado ali, mas aceitei, desse modo o carro ficava num parque fechado.
A recepcionista , de seu nome Fátima, era lusitana. Ela já falava com algum sotaque. Inicialmente a conversa deu-se na lingua local, mas quando ela viu que eu era lusitano começou a falar também na lusitana lingua, até facilita.
O hotel não é grande, tem 5 pisos e o nosso quarto era o 509, quarto normal, dava perfeitamente para nós.
Tomamos um banho e decidimos ir comer qualquer coisa, naquela hora só no Mc Donalds certamente.
Descemos a avenida e lá encontramos o dito, eu sabia que ali existia um.
A sala era grande e tinha algumas pessoas numa fila um tanto ao quanto desorganizada. Desorganização também parecia ser a palavra de ordem naquele estabelecimento, nunca em toda a minha vida demoramos tanto tempo para sermos atendidos, era inacreditável, a classificação a atribuir ao atendimento era péssimo, tudo devido á demora, mas não tinhamos alternativa por dois motivos, era domingo e a hora normal de almoço também já ia longe.
Após o almoço fomos efectuar uma visita ao recinto da catedral, fomos caminhando e vendo as lojas de comércio que apesar de ser domingo muitas estavam abertas ao público, principalmente as que vendiam produtos alusivos a Lourdes. Achei que ali ia conseguir encontrar á venda as bandeirinhas e lá estavam elas, comprei uma francesa e uma espanhola. A Nelly também comprou um souvenir para me oferecer e umas velas para colocarmos num dos varios “queimódromos”  que tem junto á gruta. Estava a iniciar-se a celebração de uma missa junto á gruta, outra parecia ter terminado há muito pouco tempo num enorme terreno relvado do outro lado do rio, ainda tinha gente a vir de lá numa espécie de procissão. A esmagadora maioria das pessoas eram deficientes motoras, faziam-se deslocar em cadeiras de rodas.
Deambulamos por ali, á sombra estava-se bem, ao sol nem por isso, passamos para a outra margem do rio, estivemos um bocadinho sentados junto á margem e depois continuamos a nossa caminhada.
Fiquei surpreendido com o enorme numero de turistas italianos, pelo que me foi dado perceber eles deviam ser a maioria, portugueses também lá tinha, além de ouvirmos algumas pessoas falarem a nossa lingua, também era visivel uma ou outra bandeira nacional.
Desta vez não entramos dentro da basilica superior, apenas na inferior. Cerimónias religiosas não faltavam, no exterior decorria também uma em lingua alemã, á noite iria decorrer uma procissão das velas, faziamos intenção de ver, além do simbolismo, é um espectaculo visual.
Fomos caminhando em direcção ao hotel, começavamos a sentir alguma fadiga, o tempo continuava quente e para “abafar” temporáriamente o calor nada melhor que um gelado.
No hotel descansamos um pouco, estivemos por lá até acharmos ser hora de jantar. Ponderamos algumas hipóteses no entanto acabamos por ir ao Mc Donalds e em má hora decidimos, aquilo estava pior que na hora de almoço. Tinha mais gente a trabalhar e mais gente na fila, eu não entendo como aquilo tem um funcionamento tão mau. A Nelly queria filete de peixe, eu não achava boa ideia, as coisas demoram demasiado e como aquele nem é dos que tem muita saída era melhor ela pensar numa alternativa, mas iamos controlando o stock na prateleira e quando chegou a nossa vez ainda tinha stock e ela acabou por comer o que queria.
Demoramos imenso, a hora da procissão das velas já lá ia, mas mesmo assim fomos até ao recinto ver se ainda apanhavamos alguma coisa, apanhamos o pessoal a sair e deviam ser dos últimos, não deu para ver, foi pena. Também não tinhamos muito mais a fazer por ali, por isso dirigimo-nos para o hotel, o dia seguinte ia ser um longo dia de estrada, estavamos aproximadamente 1200 km de casa e a viagem na parte inicial era desconhecida por nós, queriamos passar no Col D’Oubisque, por isso fomos descansar.

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