segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Férias 1996 - Algarve - Tavira III


28 de Agosto de 1996. Para este dia estava programado cumprir outra “tradição” , era nada mais nada menos que percorrer a ilha em toda a sua extensão.
Todos os anos fazemos o mesmo, mas este ano decidimos implementar uma variante, sempre que fazíamos esta caminhada era com o intuito de fazer o melhor tempo, este ano não nos preocupamos com o tempo a fazer, antes pelo contrário, decidimos andar com calma e seria coisa para demorar o dia todo.
Saímos do parque lá por volta das 10 horas, Após um rápido e ligeiro pequeno almoço iniciámos a nossa caminhada. Sempre junto á água lá fomos nós ganhando metros e metros de areal. Já levávamos hora e meia de caminho nas pernas decidimos parar um pouco para reabastecer os nossos “cabedais” . Algumas bolachas , fruta e muita água , estava um dia muito quente . Chegámos a uma praia muito conhecida na zona que é a praia do Barril, praia que eu pessoalmente detesto, tem gente a mais para o meu gosto. Estávamos sensivelmente a meio do percurso ( só da ida) .Um bom bocado mais á frente parámos novamente , estendemos as nossas toalhas e trabalhamos mais um pouco para o bronze, banho é que não tomei como de costume achei a água demasiado fria. Já tínhamos um pouco mais de 3 horas nas pernas quando chegámos á extremidade da ilha, metade do caminho estava feito, mas tínhamos outro tanto para fazer. Por aqui estivemos cerca de meia hora e tirei uma foto para marcar mais uma vez a minha chegada á outra extremidade da ilha.
Demos inicio ao regresso á nossa base. Um pouco adiante mais uma paragem , desde a praia do Barril até á ponta da ilha não se encontra ninguém .
É um local onde se pode estar conforme nos apetecer . Desta vez estávamos deitados a descansar um pouco e estava a sentir que estávamos a ser observados por uma lancha da marinha . Como quem nada deve nada teme continuámos na nossa de bronze( eu só nos braços e nas pernas, porque estava com calções e uma Tshirt) .
Foram os marinheiros os primeiros a ceder e foram-se embora, de seguida fomos nós ; até chegarmos ao parque (já pouco faltava para as 20 horas) não fizemos mais nenhuma paragem , não por falta de vontade mas o tempo estava a escassear. Depois do parque e de um bom banho mas lamentavelmente de água fria , entramos naquela rotina de ir jantar , voltar á ilha , ouvir um pouco de viola e beber mais qualquer coisa.
29 de Agosto de 1996; em virtude do dia anterior ter sido extremamente cansativo , este dia seria totalmente dedicado ao descanso. Em todos os anos que passei férias em Tavira nunca dormi até tão tarde, de tal forma que o meu primo acordou á hora que costuma acordar, ou seja lá por volta das 10 horas, com o ponteiro a querer fugir para as 11 horas, e como ainda me viu a dormir pensou por momentos que eu estava morto, mas não. Passado um bocado acordei. Depois de tomar o pequeno almoço e almoço em simultâneo fomos até Vila Real de S. António.
Os maquinistas da CP tinham entrado em greve, poucos comboios circulavam.
Eu pouca vontade tinha para andar , quando apanhava um jardim logo procurava um banco para me sentar durante um bocadinho.
Demos umas voltitas pelo centro de Vila Real, aproveitei para comprar uns postais e telefonar para casa, foi uma conversa rápida como de costume, é só perguntar se está tudo bem. Depois disso fomos a um Snack Bar beber qualquer coisa tipo cerveja e se possível Super Bock . Aproveitei para iniciar a escrever um postal e enviei o mesmo .
Lá para as 5 da tarde telefonei para o meu amigo Luís Miguel de Ponta Delgada, para saber se estava a residencial marcada, a minha chegada a Ponta Delgada estava marcada para segunda feira, mas ainda não sabia a hora a que chegava a Ponta Delgada, marcação não fez, ele queria que eu ficasse lá em casa.
Estava na hora de saber se existia comboio para regressar a Tavira. Na estação os tipos parece que tinham decidido fazer o inventário do material, na bilheteira tinha uma placa que e apesar de estar em terras de mouros dizia algo que é igual ao português “ABERTO” só que ninguém atendia o pessoal, daí eu ter-me passado e entrei em diálogo com um deles, nada de falar alto etc. foi mais uma conversa civilizada mas carregada de bocas e com muita ironia junta, no meio de todos aqueles tipos estava o que foi o cobrador na viagem de regresso, coitado dele teve que esperar que eu me decidisse a mostrar o bilhete, enfim estava passado mais um dia. Depois de tudo isso fomos jantar , é que tudo isso dá apetite. A partir daqui foi o normal, como quase todas as noites anteriores a noite acabou na praia a ouvir o som de uma ou outra violinha e mais uma ou outra cervejinha.

1 comentário:

  1. Parece uma zona bem interessante de se visitar, tantas horas a pé não há engano???
    Mas claro estando de férias , e já a programar outras , realmente tudo é superado ( com ajuda da SUPER BOCK)...
    bj

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