domingo, 22 de fevereiro de 2009

Férias 1996 - Algarve - Tavira


23 de Agosto de 1996. Saí de casa por volta das 19h30m. fui para a estação de Ermesinde apanhar o comboio até Campanhã. Quando cheguei a Campanhã faltava cerca de meia hora para a partida do comboio que nos levaria para as terras quentes. Ás 20h30m. chegou o meu primo. Quando nos deslocávamos para o comboio vimos o meu antigo patrão que também ia viajar até ao Algarve , ele não me reconheceu e ainda bem. Às 20h45m o comboio inicia a sua marcha, que só terminaria na manhã do dia seguinte em Vila Real de S. António.
A carruagem em que eu ia era como no ano anterior a 121, 2ª classe, o compartimento com lotação para 8 pessoas estava completo. Dois casais já idosos, 2 gajos novos, eu e o meu primo. Os outros dois gajos que iam na carruagem eram do tipo queque. No inicio a viagem ia animada, toda a gente falava, como consequência era uma barulheira louca não só na nossa carruagem como nas outras em geral.
Depois de contar as minhas aventuras por terras de nuestros hermanos ao meu primo, estava na hora de dar banho á garganta, enquanto toda a gente no compartimento tinha água para beber , nós como tínhamos o direito á diferença fomos ao bar e bebemos Super Bock, uma para cada um, nem foi muito. A noite tinha caído rapidamente , o comboio apressado em chegar ao destino e eu a ficar cansado.
Chegámos a Setil, estação em que o comboio faz uma manobras. Nesta estação o comboio deixa a linha do norte, a partir daqui começa a pior e maior parte da viagem, para tentar atenuar um pouco todo esse “sofrimento”, vai mais uma Super Bock.
Muita gente já dorme, eu não consigo, custa passar o tempo.
Já o dia 24 de Agosto tem uma meia dúzia de horas quando o comboio chega com um atraso considerável á estação de Tunes, nesta estação todas as pessoas que vão para zonas do Barlavento algarvio mudam de comboio, como vamos para Tavira que pertence ao sotavento, continuamos.
De Tunes a Tavira o comboio continuou a amealhar minutos de atraso. Quando finalmente chegou a Tavira , levava cerca de 90 minutos de atraso. Para nós não era problemático , tínhamos este e os próximos dias á nossa disposição.
Da estação de Tavira ao cais para apanhar o barco , tivemos que andar cerca de 20 minutos, os sacos já começavam a pesar.
Finalmente avistamos a ilha , o descanso estava próximo. Inscrição feita no parque de campismo , foi preciso montar a “casa” , cinco minutos se tanto e já estávamos instalados.
Dormir não dava, era desperdiçar tempo. Fomos comprar uns jornais e fomos para a praia. Como a brancura do meu corpo fazia inveja a qualquer detergente , havia que trabalhar para o bronze, mas com moderação , só que com a leitura dos jornais esqueci-me do sol, daí ter ficado com o corpo tipo pele vermelha .
Com o primeiro dia de praia passado , os jornais lidos e relidos não fosse alguma noticia ter passado despercebida, fomos ao banho de água fria , é sempre a parte mais chata, mas como não há alternativa, só se não me lavasse.
Chegou a hora de ir ao restaurante onde já somos conhecidos , dar algum alimento ao corpo. Apanhamos o barco para o cais de Quatro Águas.
Como já faz parte da “tradição” , fomos ao bar do costume beber uma Super Bock para limpar a poeira acumulada na garganta durante o dia , como também para ser um tónico calórico , visto termos que caminhar aproximadamente meia hora até chegarmos ao restaurante . Diz o ditado que quem anda por gosto não cansa, mas nem sempre é verdade porque por vezes cansa mesmo.
No restaurante “Bica” de seu nome , fomos entusiasticamente recebidos pelo Hélder e pelo Rui , empregados que já conhecemos desde os primeiros tempos que fomos para Tavira. Prato escolhido e pedido, vem para a mesa a dose do costume, 2 canecas de cerveja, Super Bock ou na ausência desta só aceitamos Cristal, Sagres e companhia nunca. Muito pão cortado em fatias e pasta de sardinha para barrar. Por vezes como o jantar demora um bocado, a dose do pão é renovada.
Quando finalmente chega o por vezes mais desejado do que apetitoso prato, a fome já quase se foi, no entanto nada fica no prato. Como a caneca também já tinha ido, pedimos uma garrafa de vinho maduro branco do Alentejo. Após o jantar fomos dar uma volta pelo centro da cidade, nesta altura do ano tem sempre alguma coisa para entreter a malta. Para eu não adormecer ali mesmo ( não seria a primeira vez ) fomos indo para o cais , sempre demora uma meia hora . Quando finalmente cheguei á minha tenda , foi uma pressinha a adormecer .

1 comentário:

  1. Sempre as companhias de sempre Super Bock e o resto.....( iol)
    Poderá sempre pedir ajuda para colocar o protector...
    Pelas imagens e descrição de ser bem bonito, sem duvida,
    è um sitio a visitar.....

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