domingo, 25 de janeiro de 2009

Cap D’Agde – Estadia - Cap. 2


Esperamos alguns minutos por transporte até ao centro, a viagem é curta, mas a pé levaria uns largos minutos.

“...It´s a Blowup, Blowup... “ dizia a mulher do casal holandês que estava instalado nas nossas traseiras, entre muitos gestos e expressões de preocupação. A tenda estava amarrada com umas cordas fortes. Pela descrição que a mulher fez, por ali passou um autêntico vendaval e a tenda estava prestes a ir pelos ares. Isso é certo que não iria, poderia ir a cobertura da mesma e desse modo a tenda ficaria desprotegida , mas presa ao solo ela estava. De qualquer modo ficamos gratos pela atitude deles.

Agradecemos a atenção que tiveram com a nossa tenda e providenciamos de repor a situação. De facto o tempo estava instável, o vento era forte e naquele local estávamos completamente expostos. Reforçamos a segurança da tenda e continuamos a desfrutar das nossas férias, que acabam sempre por ter um sabor amargo no que á duração diz respeito. É sempre pouco tempo e como diz a sabedoria popular, o que é bom acaba depressa.

No dia da chegada de Paris, sexta feira , havia á noite o fogo de artificio do Forte Brescou estava nos nossos planos ir ver o fogo, mas ... fomos atrasados, deu para ver um ou outro foguete e nada mais, por isso voltamos para o centro . Uma semana de férias estava praticamente passada, o restante tempo seria passado na integra em Cap.

Começamos a frequentar a praia de uma forma mais assídua. A água este ano estava melhor que no anterior mas longe, muito longe do verão de 2006. Mas deu para tomar alguns banhos. Houve inclusivamente um dia que decidimos durante a tarde percorrer o areal até á outra extremidade. O dia estava um dia normal de verão, o céu pintado aqui e ali com uma pequena nuvem branca, daquelas que não assustam nada nem ninguém. Fomos caminhando ao longo da praia, fomos vendo outros parques de campismo, existem vários e também fomos vendo que o céu começava a tomar uma coloração cinza escuro. Ameaçava chuva. Aquele dia estava a ser um dia muito estranho, as águas do mar que costumam ser tranquilas estavam super agitadas, de tal modo que os banhos estavam proibidos e para ajudar a tarefa dos socorristas a policia também marcava presença no areal a proibir as pessoas. Em algumas zonas tinha inclusivamente uma fita a limitar a zona que tentava ajudar a impedir as pessoas de entrar na água.

A ameaça concretizou-se estávamos nós quase a chegar á extremidade do areal, já não deu para explorar a zona, a chuva começou a cair copiosamente. Que intensidade ! . Foi um aguaceiro que durou perto de 5 minutos, talvez menos, mas pareceu uma eternidade. Usamos a toalha de praia para nos abrigarmos, mas a partir de determinado momento apenas impedia que a água das pingas batesse directamente no nosso corpo.

A praia que estava cheia de banhistas.... ficou deserta. A tarde também estava a chegar ao fim e por isso fomos para o parque ver o estado em que ficou a nossa “casa”. Estava intacta. Nada a registar, mas os arruamentos do parque, onde existisse uma cova, essa mesma cova estava cheia de água.

Outros campistas tiveram menos sorte, desse rol destaco o casal de portugueses que estava bem perto de nós com uma auto caravana. Ao que parece deixaram aquilo aberto para arejar, quanto a isso acho que ninguém duvida que aquilo ficou fresquinho, a inundação é que era dispensável. Esse casal levando em linha de conta as conversas do membro masculino eram aqui do norte, fiquei com a convicção de serem da zona de Esposende.

O casal de alemães que estava do nosso lado direito foi embora sem termos dado conta, mas o espaço ficou por pouco tempo livre, rapidamente foi ocupado por um “casal” de Italianos. Tinham duas pequenas tendas num espaço tão grande. A “mulher” usava barba, o homem não. Este “casal” tinha a particularidade de ser constituído não por um homem e mulher, também não era por dois homens, prefiro dizer duas pessoas do sexo masculino.

Nas nossas traseiras , ao lado do casal holandês estavam uns franceses, aquilo ao final do dia .... bom era a loucura, lá entre eles claro. Quanto aos nossos vizinhos da frente, passavam grande parte do tempo a observar-nos, mas as observações terminaram antes de acabarem as nossas férias pois eles foram embora, eram dois casais com comportamentos estranhos, digo eu.

1 comentário:

  1. Grande loucura , por assim dizer.....
    Assim férias vale apena , completamente fora do padrão da normalidade.. aliás é essa mesma o intensão...mas nada programado...sempre tem outro sabor!!!!
    Como nada se pode repetir á que recordar...e isso tas a retratar lindamente.....

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