sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Paris – Estadia – Cap.2


O repouso da noite deu o descanso suficiente ao corpo para uma nova e longa etapa, saímos do hotel e dirigimo-nos para a zona da estação da gare de Lyon, ali tem uma entrada para o metro, mas as informações por ali disponíveis não nos convenceram muito, mas de qualquer modo arranjamos um novo mapa da cidade na pequena banca informativa que ali existia para os turistas. Fomos para a estação do metro na Bastilha. Compramos os bilhetes e seguimos no metro até junto do Arco do Triunfo, a esta hora da manhã sempre daria para tirar fotos com outras condições de luz, além de não esperarmos uma tão grande afluência de turistas. Bateram certo os nossos prognósticos, assim desta vez estivemos mesmo junto do arco e por ali estivemos uns minutos, tirando umas fotos e contemplando o monumento. Para subir tínhamos que pagar, optamos por não subir e seguimos para a torre , aí sim tínhamos previsto subir até onde fosse possível.

O dia estava encoberto e com vestígios de já terem caído umas pingas, deveria ser o céu a libertar a transpiração causada pelo imenso calor da véspera. Tais condições atmosféricas em nada nos desviaram dos nossos objectivos, nem foram impedimento de qualquer espécie.

Na torre o movimento de turistas já era considerável, mas de qualquer modo bem mais reduzido que na tarde da véspera, decidimos que íamos mesmo subir e optamos por ir mesmo até lá acima, ao 3º piso. Aguardamos na fila. Na nossa frente estava um casal oriental cm dois miúdos,a mulher segurava uma pequena mas boa máquina de filmar, bem que eu gostava de possuir uma assim, mas tudo a seu tempo e por agora tal opção se vislumbra inviável.

A origem dos turistas em Paris deve ser do mundo inteiro, por por lá encontra-se gente de todos os cantos do planeta, e isso via-se ali junto da torre.

Subimos no elevador até ao 2º piso, dali já se vê a cidade inteira, mas ainda tínhamos mais um piso para subir, mas havia que aguardar nas imensas filas. Cada pilar da torre tem um elevador com dois pisos que sobem apenas até ao segundo piso, daí ao 3º piso a distância é grande, mas nesse troço já são elevadores ditos normais, apesar de serem uns 4 a 6 elevadores as pessoas para subirem são muitas, daí as filas de espera.

Chegados ao topo, a paisagem não difere muito da que nos é oferecida no 2º piso, mas sempre é bem mais alto. Existem ali uns painéis que informam a distância até algumas cidades no mundo e Lisboa figura num painel. O tempo não era muito convidativo a permanecer por ali muito tempo, a chuva começava a cair, por isso optamos por descer para o segundo piso e por ali andar mais um pouco e a fotografar algumas coisas. A descida até solo firme foi efectuada pela enorme escadaria. Os degraus estão numerados.

Era a terceira vez que estava em Paris e como soi dizer-se “á terceira é de vez” e foi mesmo, subi pela primeira vez á torre, balanço !?, valeu a pena. Prosseguimos o nosso caminho, fomos de novo até á zona do museu do Louvre e fomos até á Place de Vandôme, local onde se situa o famoso hotel Ritz, o hotel de onde a Princesa Diana saiu para se encontrar com a morte num pilar dos vários túneis das estradas junto ao Sena.

O nosso próximo local seria a zona onde eu estive da última vez que por ali andei, a zona da Gare S. Lazare, onde existe a estátua dos relógios. Almoçamos num Mc Donalds, mais uma vez ali bem perto da estação. Depois do almoço percorremos a zona tida por mim pela zona onde estão os grandes armazéns, a Boulevard Housseman, Galerias Lafayette á cabeça , ao lado as Galerias Printemps e logo em frente ás galerias Lafayette a loja da C&A com estacionamento privativo, um luxo em pleno centro parisiense. Onde passamos um pouco foi nas galerias Lafayette, percorremos aquilo por alto, mas atentos a tudo, principalmente na zona reservada á alta costura e ás grandes marcas, e já agora porque não dizer aos preços elevados , quiçá exorbitantes. A parte mais bela é a cúpula da nave central com o seu belíssimo vitral. Por aqui e apesar de ser um estabelecimento comercial os turistas também proliferam com as suas máquinas preparadas e a disparar para registar algumas fotos.

A nave central é basicamente composta pelas perfumarias e produtos de cosmética, é algo que faz lembrar o El Corte Inglês, com bancas separadas por marcas. Aproveitei para ficar a conhecer o novo perfume da Cartier , o Roadstar e para comprar o Santos que ao que parece está em vias de extinção.

Compras efectuadas seguimos para a zona da Opera de Paris, é para mim um edifício muito mais bonito que a Opera Nacional, mas são apenas gostos. Mais uma série de fotos , mais um batalhão de turistas a disparar as máquinas em todas as direcções e seguimos o nosso caminho.

O local seguinte seria para mim também uma descoberta, pois nunca ali tinha estado, o centro George Pompidou. Andamos que á descoberta de Paris e acabamos por lá ir dar. De quando em vez a chuva marcava presença, uma presença bem vincada com fortes aguaceiros, o dia estava bem diferente do dia anterior, mas lá nos íamos abrigando da água que caía fortemente. Nos largos intervalos em que a chuva dava tréguas lá continuávamos a caminhar pela grande cidade.

Existem muitos recantos de beleza incontestável. Esplanadas convidativas. É um cenário estranhamente vulgar em Paris.

Quase por acaso fomos dar a um pequeno largo com uma igreja que tinha na sua frente uma grande bola em pedra transformada num rosto, eu desconhecia por completo aquele local, a Nelly ficou encantada pois tinha visto aquilo no livro dela, eu não sabia onde estava, apenas sabia que devia estar perto do centro George Pompidou. Claro que registamos aquele momento com mais algumas fotos e seguimos a nossa caminhada.

Sem nos apercebermos estávamos a começar a deixar Paris , estávamos a procurar o centro George Pompidou que acabava por ficar no caminho que estávamos a seguir para o hotel. Finalmente encontramos o centro sem que antes nos tivéssemos de abrigar de um ou outro aguaceiro que teimosamente desafiava o sol e molhava os seus raios que nos saudavam nesta curtíssima estadia.

Já é um lugar comum mas os turistas abundavam, no entanto em números muito distantes dos locais que fazem parte dos postais ilustrados mundialmente conhecidos. Em frente ao centro existe um lago com umas figuras que me fazem lembrar Picasso, algumas delas, principalmente uns lábios carnudos e vermelhos, ficaram guardados na nossa máquina.

O centro Pompidou é um edifício multi colorido e mostra as novas tendências arquitetónicas, nada tem a ver com a cidade romântica e glamourosa.

Custava a acreditar mas o dia não passou, para sermos mais exactos ele voou tal a velocidade com que ele passou. Por cá o tempo tem uma outra dimensão e uma outra velocidade, tudo passa bem mais depressa. Neste caso , infelizmente para nós.

Chegamos ao hotel e após um retemperador banho saímos para jantar, desta vez não seria Mc Donalds, mas não seria igualmente uma jantarada, pois Paris é Paris e os €€€€ são demasiados para as nossas bolsas, assim fomos jantar quase em frente ao hotel numa espécie de café / snack-bar. Comemos umas omeletes bem regadas com uma caneca de cerveja. Apesar do tempo estar incerto ficamos na esplanada , mas devidamente coberta, assim estaríamos abrigados que qualquer aguaceiro que voltasse a aparecer. Aguaceiro que apareceu e com que força quando estávamos para abandonar o local para regressar ao hotel.

A Nelly ao atravessar a rua a correr rebentou o chinelo de dedo e voltou para trás, apanhou umas pingas valentes. Entramos no hotel e ficamos uns minutinhos no bar como que a fazer as despedidas da cidade luz.

Ficava o grande desejo de voltar um dia para ver o que não foi possível ver desta vez.

2 comentários:

  1. Oi Asa. (câmbio)

    Pois bem, que sejas benvindo ao mundo dos blogs!
    Vê lá se não te perdes por cá como acontece a alguns...
    Quanto ao conteúdo posso dizer-te que li todos os textos "de enfiada". Vou-me "alistar" como seguidor para não perder pitada dos próximos desenvolvimentos e acho que quando acabarem as histórias por teres contado tudo de todas as tuas viagens vou fazer uma colecta para te pôr a andar daqui para fora!

    Parabéns e um abraço

    P.S. parece-me que se voltares a criticar a "fotografa de serviço" vais ter problemas com violência doméstica.LOL

    ResponderEliminar
  2. Alô Bronken Wing ! (câmbio )

    O problema da violência doméstica não se coloca, pois a fotógrafa de serviço, mal entramos em território nacional apresentou a demissão do cargo. Mas está a evoluir bem. Este tipo de tarefa também é sazonal, tem muito tempo para evoluir tecnicamente.

    ResponderEliminar