quinta-feira, 2 de abril de 2009

Lisboa


Domingo, 14 de Setembro de 1997.

Dia da partida para Lisboa, ia lá passar a próxima semana, estava inscrito no curso de administração do Informix Online, aguardava uma semana “dura”.

Saí de casa passavam 45 minutos das 17 horas, como só tinha o Alfa para Lisboa às 19 horas, tinha muito tempo. Fui para a estação de Ermesinde, lá apanhava o comboio até Campanhã, assim aconteceu, pouco depois de eu ter chegado à estação, chegou um comboio procedente de Braga . Nesse comboio entre os vários passageiros vinha uma rapariga nova extraordinariamente bela de rosto mas só nisso, o corpo deixava um pouco a desejar.

Chegado a Campanhã fui comprar o bilhete para Lisboa, nada como não sermos nós a pagar, tirei bilhete para primeira classe, fiquei na carruagem 31 lugar 41. Ainda era cedo, no entanto fui para a linha onde estava previsto partir o comboio, geralmente o comboio está estacionado na linha com alguma antecedência, desta vez não era assim, o comboio não estava lá. Um pouco afastado dali estava um par de namorados sentados num banco a dar uns beijos, o gajo ia aproveitando para apalpar as mamas da rapariga. Aos poucos foi-se juntando pessoal, o comboio continuava sem aparecer. A rapariga que tinha vindo no comboio de Braga também ali estava, ia para Coimbra, se calhar era universitária. Bonitas e boas mulheres foram aparecendo por ali.

O Alfa que vinha de Lisboa chegou atrasado, comecei a ver que seria naquele que eu iria. Após o pessoal ter saído, entrou a “brigada” da limpeza. Enquanto estavam na limpeza do comboio, um gajo foi atestando os depósitos de água para as casas de banho do comboio, a mangueira estava furada e como tal um homem ficou parcialmente molhado, também não fazia mal o tempo estava quente. Terminada a limpeza deixaram entrar o pessoal.

2 minutos depois da hora marcada, partiu o comboio, a baixa portuense estava coberta com tons laranja, era o sol que se apressava a desaparecer por hoje. Como de costume eu viajava de costas, neste caso ainda bem, deu para contemplar duas belezas que iam num banco não muito distante do meu e de frente para mim.

19h 55m. chegou o comboio a Aveiro, nada de realce se tinha passado até aqui, o sol já tinha desaparecido por completo, na minha carruagem por vezes passava um gajo que eu conheço da televisão, fiquei com a ideia que o gajo está ligado ao meio da moda, e vendo pela forma como se veste… !.

20 horas, mais segundo menos segundo, chegamos a Coimbra, estava na estação onde saía a rapariga que vinha no comboio de Braga, não vinha na minha carruagem , vinha numa outra. O meu banco era só meu, vinha num lugar de uma só pessoa, como tal não tinha hipótese de ter uma boa companhia, mas também não corria riscos de ter más companhias.

Aquela carruagem fez-me lembrar o avião que usei na minha única viagem aérea até ao momento entre Lisboa e Porto, foi em Setembro de 96 quando regressava dos Açores, quase toda a gente tinha telemóvel e quase todos faziam chamadas. Quando tocavam era uma confusão de toques, inclusivamente um tinha um toque musical. Quase ao meu lado estava um velhote que não devia saber usar aquilo, tentou vezes sem conta fazer uma chamada e não conseguia, até já chateava.

21horas, estava eu no Pombal, ainda faltava muito para chegar a Lisboa, não estava prevista mais nenhuma paragem, só que não sei por que motivos o comboio parou, e foi uma paragem um pouco brusca, por momentos pensei que algum acidente tivesse acontecido, mas não. Pouco depois retomamos a marcha, mas num ritmo muito lento, algo de anormal estava a acontecer. Quase uma hora depois estávamos no Entroncamento, mais uma paragem, o atraso começava a ser significativo. Desta vez avisaram que por motivos técnicos eram forçados a efectuar uma paragem, isso é que me preocupava, a última vez que ouvi algo semelhante estive parado cerca de uma hora. Felizmente essa paragem foi de uma dezena de minutos, podia ser pior. O pior era a velocidade em que seguíamos, era demasiado lenta. Pouco depois informaram que seguíamos com um atraso de 40 minutos. Penso que é demasiado para um serviço Alfa. Faltava saber quantos minutos íamos acrescentar até à chegada a Lisboa.

Amealhamos mais alguns minutos de atraso, chegamos a Lisboa com 55 minutos de atraso, era demasiado, algumas pessoas protestavam. Os protestos de nada valiam, o atraso estava consumado.

Apanhei um táxi para o hotel, paguei 1000$00, foi mais caro do que da última vez, e o percurso foi o mesmo, não sei se tal se deveu a ser fim de semana e mais tarde do que da outra vez.

O hotel onde fiquei instalado desta vez não foi no IBIS, foi num hotel que pertence ao mesmo grupo mas de um escalão superior, pelo menos tem mais uma estrela, era o Novotel. Fica quase em frente ao Ibis.

Chegado ao hotel, dirigi-me à recepção, preenchi a ficha e eles deram-me um cartão, felizmente não pedi a chave senão fazia figura de urso. O cartão que me deram era a chave do quarto.

5º piso, quarto 525, como a chave do quarto era o cartão magnético, estive quase cinco minutos para abrir o raio da porta do quarto, nunca tinha passado por nada semelhante, mas lá consegui abrir a dita.

Quando entrei no quarto a primeira coisa que fiz depois de pousar os sacos foi dar uma vista de olhos ao quarto, fiquei satisfeito, tinha um quarto cinco estrelas, com muito espaço e muito agradável. Uma coisa que também me agradou imenso foi o facto de os aviões não se ouvirem tanto.

Outra coisa que o quarto tinha mas não dava jeito usar muito era o bar, tinha lá bebidas, chocolates e salgadinhos, como quando cheguei estava cheio de sede e ainda não tinha jantado, bebi um sumo, não sabia quanto ia pagar por aquilo, sabia sim que ia incluir na conta.

Pouco mais tinha a fazer a não ser dormir porque um dia cansativo me esperava. A televisão do quarto tinha um despertador incorporado, outra novidade para mim, activei o despertador para as 7h.30., penso que era uma boa hora para acordar, acho que tinha muito tempo para estar na Rumos às 9h.30m.



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