sábado, 2 de maio de 2009

Tavira - Estadia II


O tempo foi caminhando rapidamente para o fim do nosso dia de praia, não tínhamos nada combinada em termos de jantar, mas também para fazer horas optamos por voltar ao restaurante do dia anterior e então também já me começava a convencer que ia comer o arroz de marisco, por isso optamos por colocar um ponto final neste nosso dia de praia.

Estávamos a arrumar as coisas para voltar ao parque quando o nosso vizinho que se tinha ausentado chegou junto da companhia dele, eu não vi, mas a MJ disse que ele tinha um piercing mesmo na glande do pénis , eu ao ouvir aquilo até me arrepiei nem quero imaginar a dor que será em abrir um buraco para o piercing, nunca pensei nem desejei em colocar um piercing, mas se pensasse nisso, no pénis nunca.

O momento seguinte custava um pouco, era a hora do banho e custava pois era tomado em água fria, mas tinha de ser.

A água do mar estava mais quente que a do banho, mas tinha de tomar um banho de água doce para ficar mais limpo e relaxado, lá fiz um pequeno sacrifício . Custava entrar na água, mas depois de estar molhado já não custava tanto. Quando cheguei à tenda a MJ também não estava, tinha ido ao banho.

Estava eu a vestir-me quando chegou a MJ, depois de nos termos vestido e arrumado algumas coisas para deixar no carro, já que no dia seguinte abandonávamos a ilha e fraccionávamos a carga a transportar, simplificando as coisas. Ao sair do parque com destino ao cais, o empregado do parque pensava que nos íamos embora e veio ter comigo já fora do parque perguntando se tinha entregue a chapa da inscrição, ao que respondi que ainda não me ia embora e seguimos o caminho para o cais. Íamos voltar ao restaurante 4 águas e eu ia comer o arroz de marisco caso fizesse parte da ementa do dia. Hoje íamos um pouco mais cedo do que no dia anterior, por isso quando chegamos perto de restaurante não estranhamos ver o restaurante fechado, achamos que abria apenas às 19 horas, como tal fomos até um dos bares junto ao cais e a MJ tomou um café, a mim nada apetecia.

A hora foi passando e o restaurante continuava fechado, a MJ previa que ele estivesse encerrado neste dia, mas ficava sempre alguma esperança que ele abrisse, mas desfizemos as dúvidas quando ao passar junto da porta vimos no papel do horário que o dia de descanso do pessoal era precisamente neste dia, foi um pequeno percalço, assim nada mais nos restava que voltar para a ilha e jantar por lá.

Apanhamos o barco de regresso à ilha, desta vez estava a chegar ao cais o barco grande, pensei que seria desta vez que íamos no barco grande, mas enganei-me, ele assim que atracou em 4 águas, encerrou o serviço para este dia, desta forma só nos restava o barco pequeno, era a 4 viagem e sempre no barco pequeno , mas como não tínhamos alternativa... .

Fomos jantar ao restaurante DinoSelf, o motivo que nos levava a este é que aceita cartões, os outros não sei se aceitam, mas como não via nada que indicasse não arrisquei e fui ao que sabia aceitar.

O empregado que nos atendeu, era um conterrâneo da MJ, fizemos tipo aposta para adivinhar a região de onde ele era, devido ao sotaque dele, para mim era igual eu nunca me poderia basear em nenhum dado para dizer a região do homem, por isso atirei e disse que ele era mineiro, a MJ concordou mas com algumas reservas, mas o que ela dizia com alguma dose de certeza, é que o homem não era paulistano, então decidiu perguntar ao homem para desfazer as dúvidas. Surpresa, o homem era mesmo paulistano. Isso serviu de mote para se estabelecer um pequeno diálogo, enquanto isso, íamos bebendo as deliciosas super bock “stout” que tínhamos pedido , como sabia bem.

Para jantar pedimos os dois o mesmo prato, feijoada de camarão, a espera não foi longa. Quase nem se pode dizer que comemos, acho que é mais adequado dizer que devoramos a comida, não sei se era fome, mas comemos com uma vontade diabólica e achamos que a comida estava deliciosa. Mais uma vez estávamos satisfeitos com o que tínhamos jantado, felizmente não havia nenhum dia com razões de queixa quanto aos almoços e jantares. Ficamos de tal forma satisfeitos, que, após o jantar apenas tomamos um café cada um. Numa mesa próxima da nossa estavam duas raparigas que segundo a MJ eram sapatões ou lésbicas, inclusivamente ela dizia quem era “macho” e quem era “fêmea”, talvez fossem, talvez não, pois nem sempre o que parece é, mas... .

Estava a terminar uma fase das nossas férias, o dia seguinte seria o inicio de uma nova fase, em mente tinha agendada uma viagem para Sevilla, uma visita às ruínas Itálica, uma visita à Ilha Mágica, depois íamos jantar a um restaurante que a MJ tinha sugerido e que ficava bem próximo da ilha mágica e por fim iríamos ao pub que fica próximo das ruínas.

Fomos para a tenda, eu tinha o corpo num estado lastimoso, quase não se podia tocar no meu corpo, um pequeno toque e era sinónimo de dor, a MJ dizia que eu era um franguinho, mas martirizou-me na tenda, até me tentava ferrar na cabeça, ela nem imaginava como eu sentia o meu corpo a arder, tinha o corpo realmente quente, foi demasiado sol num dia só, não sei se iria aguentar fazer a manhã de praia no dia seguinte tal como tínhamos pensado antes de viajar para Sevilla.

Após alguma brincadeira acabamos vencidos pelo sono e viajamos para o reino dos sonhos.


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