segunda-feira, 13 de abril de 2009

Algarve I


Segunda Feira, 22 de Fevereiro de 1999.

Eis que chegou o grande dia. Levantei-me à mesma hora que me levantaria se fosse trabalhar, o que tinha a fazer era o ritual diário, tomar banho, depois disso foi meter o que faltava no carro e partir. Não fui directo a Vizela, primeiro passei pela fábrica para ver como estavam as coisas quanto aos telefones. Era um inicio de férias um pouco agitado pelo problema de saúde da Mariana e pelo problema dos telefones, já adivinhava o caos que ia ser quando o pessoal chegasse para trabalhar.

Cheguei a Vizela pouco faltava para as 9 horas, estava ligeiramente atrasado em relação à hora planeada, o tempo estava aos aguaceiros.

Depois de ter apanhado a MJ, fui ao posto da BP em Vizela encher o depósito do carro, ali a gasolina sempre fica mais barata 7 escudos por litro. Como estava no sentido de Guimarães e pensei que não tinha problemas de transito aquela hora, decidi ir mesmo em direcção à cidade, foi uma má escolha, embora o transito não fosse demasiado, sempre emperrava de vez em quando, só melhorou quando entrei na auto estrada.

Já em plena auto estrada e bem próximo da Maia o meu telefone tocou, era o Eng.º a falar sobre a situação dos telefones, não sei quem lhe disse mas ele tinha a impressão que eu estava em França, mal sabia ele que naquele momento estava bem próximo, pouco depois foi o porteiro que me ligou, terminando com um telefonema da D. Antónia, estava a prever umas férias agitadas, se aquilo continuasse acabaria por desligar o telemóvel, felizmente terminou com um novo telefonema da D. Antónia dizendo que o problema telefónico estava ultrapassado, ainda bem.

Prossegui a tranquila viagem, raramente passava dos 110 km hora, dessa forma poupava gasolina e também não tinha pressa em chegar ao Algarve, tinha o dia todo. Não sei se era por ser segunda feira ou se é habitual mas estava muito movimento de camiões na auto estrada.

A primeira paragem foi efectuada no posto de abastecimento de Antuã, não parei para meter gasolina nem tão pouco para ir à casa de banho, apenas parei para ir à mala do carro tirar um cobertor para a MJ se agasalhar , era uma tentativa para ela adormecer visto não ter dormido quase nada durante a noite, aos poucos foi-se arranjando forma de ela dormir um pouco, mas não dava, havia um conjunto de factores que não ajudavam a que ela dormisse bem, como tal só quando chegássemos ao Algarve é que ela iria finalmente poder descansar.

Quando cheguei perto de um posto de abastecimento de BP parei, o depósito ainda dava para mais km mas como não sabia onde poderia atestar o depósito numa outra bomba da BP, optei por atestar ali mesmo, estava perto de Santarém, já andava perto de Lisboa.

Quando estava perto de Aveiras de Cima o telefone tocou, não dava para perceber quem era, ouvia-se muito mal de tal forma que pedi a quem estava a falar comigo para me voltar a ligar mais tarde. Já bem perto do Carregado o telefone voltou a tocar, pensei que seria a mesma pessoa, eu tinha ficado com a impressão que era o Eng. Dantas, se fosse ia deixar-me mal disposto, ali já não estava disposto a resolver nenhum problema da fábrica, mas não era ele era o Fernando, estava a telefonar para saber como estava a correr a viagem, até ao momento estava tudo bem e pretendíamos que tudo continuasse bem. Pouco tempo depois tive de redobrar a atenção, queria apanhar o caminho para a Ponte Vasco da Gama, com a ramificação de estradas que existe na zona é fácil uma pessoa enganar-se, eu não queria que isso acontecesse. E não aconteceu, diminui um pouco a velocidade fui vendo com atenção as placas e pouco depois entrava no tabuleiro da ponte. Fomos andando devagar de forma a poder contemplar a paisagem.

A MJ estava com vontade de ir à casa de banho, por distracção não me apercebi que no fim do tabuleiro da ponte tem um posto da Galp, podia ter parado mas quando me apercebi já não dava para parar e a próxima ficava afastada bastantes km dali, caso não desse para aguentar teria de parar na berma e ela fazia num local um pouco escondido.

Não foi preciso, ela conseguiu aguentar até chegarmos ao posto de abastecimento , também da Galp, já bem próximo de Alcácer do Sal, fomos ambos à casa de banho, antes de vir embora a MJ tomou um café e comeu uma sandes.

Recomeçamos a derradeira etapa até Albufeira, agora não previa mais nenhuma paragem. Continuamos no mesmo ritmo, calmo. O transito era escasso, quase que tínhamos a auto estrada por nossa conta, o pior era quando chegávamos a alguma portagem, aí era bem puxado, as portagens de um modo geral são bem caras. Foi o que aconteceu na que passamos e deixamos a auto estrada, tivemos mesmo de deixar ela ainda não vai até ao Algarve. A partir dali previa um aumento de transito, e esse aumento verificou-se mas não foi nada de especial.

Se na auto estrada eu vinha devagar e não chegava à velocidade máxima permitida , ali na estrada nacional a velocidade era bem mais baixa, também teria de ser, e por vezes a policia fazia a sua aparição.

Cada vez estávamos mais perto do Algarve. As obras na estrada eram mais que muitas, não sei se se devem à construção da auto estrada ou se são melhoramentos na estrada. Fomos andando no nosso ritmo e quase sem nos apercebermos entramos em terras Algarvias, faltava pouco para chegar ao nosso destino.


1 comentário:

  1. muito bem , continua de boa vida ferias nesta altura do ano , boa vida!!!

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