segunda-feira, 20 de abril de 2009

Genéve - A Partida

Quarta Feira, 12 de Abril de 2000.

Dia da partida tão desejada para a Suíça.

Quando chegou a hora de levantar, lá me levantei com algum sacrifício, tirei o carro para o exterior e voltei para a cama, no entanto não iria dar para ficar muito mais tempo na cama já que tinha muita coisa para tratar. Tinha de ir ao banco, tinha de ir ao Porto pagar o telefone e tinha também de passar por uma loja da Telecel para resolver o problema com o romming do meu telefone, já que na véspera quando telefonei para o serviço de apoio a clientes foi-me dito que na proposta o nº de contribuinte estava ilegível, algo que me deixou danado na medida em que eu recebo mensalmente a factura detalhada e para receber esse documento precisei de dar o meu nº de contribuinte.

Saímos em direcção ao Porto, o tempo estava péssimo, de vez em quando dava fortes aguaceiros. Estacionei o carro no silo auto e depois fomos até à rua da Picaria pagar o telefone, demorou menos tempo do que eu estava a prever, enquanto fiquei a aguardar a minha vez a MJ foi até uma pastelaria tomar o pequeno almoço.

Depois disso fomos à rua de Sá da Bandeira a uma loja Telecel para tentar resolver o meu problema com o romming, fiquei admirado foi com os dois monitores de plasma que eles têm lá. Enquanto estava a tratar do meu caso com a assistente da loja o telefone tocou era o meu pai, como não me dava jeito atender a chamada pedi à MJ para falar com ele e logo que me fosse possível eu falaria com ele, assim foi.

O meu pai ligou-me pois estava na casa de câmbios e ficou preocupado em saber se eu tinha dinheiro cambiado, descansei-o dizendo que estava tudo tratado, também me disse que não sabia se ia estar em casa à hora do almoço já que estava a ter uma manhã de muito serviço, mas para não me preocupar pois estaria a tempo de nos levar ao aeroporto.

Depois de ter falado com ele e visto ele estar a umas duas centenas de metros do local onde me encontrava fomos ao encontro dele só que ele já não estava na casa de câmbios quando lá chegamos, por isso fomos seguindo o caminho até ao parque onde tinha deixado o carro. Pelo caminho fomos vendo algumas montras, tais como bonsais, ourivesarias e uma ou outra de roupa.

O tempo começava a ser mesmo pouco, todos os minutos começavam a ser importantes. Durante o caminho para casa passei no “Come em Casa “ para levar a comida. Quando chegamos a casa o meu pai já tinha a mesa posta, fiquei surpreendido com ele, ele tinha colocado a mesa de uma forma diferente do habitual, tinha colocado os pratos e os talheres que raramente usamos, assim como também tinha deitado a água para uma caneca , estava a querer fazer as coisas com alguma cerimónia só que esqueceu de trocar a toalha, essa até tinha uma pequena mancha de vinho tinto, enfim não reparou em tudo.

O tempo para almoço já não era muito, almoçamos um pouco à pressa.

Quando terminamos o nosso rápido almoço, fomos ultimar os últimos preparativos para partirmos, mas antes disso a MJ prontificava-se a lavar a loiça, isso era coisa que nunca iriamos permitir, além de convidada o tempo já não dava.

Tudo pronto para partir, dei a chave do meu carro ao meu pai, assim enquanto ele conduzia eu ia tentar resolver o já eterno problema do romming para o meu telemóvel. Alguns metros depois de termos partido lembrei-me de dar os documentos do carro ao meu pai e ainda bem que foi ali que me lembrei, pois verifiquei que me tinha esquecido dos meus cartões no blusão que usei durante a manhã, resultado, regressamos a casa.

Nova partida, desta vez definitiva, enquanto o meu pai conduzia eu liguei para o serviço de apoio a clientes da Telecel para decidir de uma vez por todas o problema com o romming no meu telemóvel. A coisa estava feia, fui quase desde minha casa até já bem próximo do aeroporto a falar com a assistente da Telecel, ela começou logo por dizer que o pedido teria de ser feita com 24 horas de antecedência então eu como soi dizer-se soltei os cães, disse o que era verdade e também acrescentei algumas coisas, disse o que tinha acontecido e disse também que caso não tivesse o romming disponível nessa mesma tarde iria responsabilizar a Telecel pelos prejuízos que viesse a ter. É claro que prejuízos eu não teria já que ia em turismo e não em trabalho, mas eles não sabiam e por isso aproveitei e forcei um pouco a situação. Depois de uma longa chamada a assistente disse-me o que eu queria ouvir que iria ter o romming quase de certeza activado nessa mesma tarde.

Chegamos ao aeroporto, o meu pai mal estacionou o carro, tiramos as bagagens e entramos para fazer o check in, a MJ despediu-se do meu pai com dois beijinhos e disse apenas um “Tchau” , não gosto de despedidas sejam por muito ou pouco tempo. Fizemos logo de seguida o check in, após o check in feito deambulamos por ali durante um pouco a fazer horas para entrar na sala de embarque.

Entramos na sala de embarque, enganei-me na porta de partida não era a que eu pensava, quando nos apercebemos do engano dirigimo-nos para a porta correcta.

Como este voo era para fora da comunidade europeia tínhamos de passar pela alfandega, só estava um policia a controlar o pessoal, a hora da partida do avião estava a chegar vertiginosamente de tal forma que vi de imediato que sairíamos atrasados. Como se o numero de pessoas fosse pouco o policia controlava minuciosamente todos os documentos apresentados pelas pessoas e para ajudar um pouco mais no atraso chegou uma hospedeira com um grupo de 15 a 20 crianças e passaram à frente dos outros passageiros. O policia ao ver que era incapaz de responder a toda a gente pediu ajuda, veio um outro, um tipo de aspecto bem mais simpático, fomos para ele, só que a MJ tinha de passar pelo outro já que este só aceitava pessoas residentes em países da comunidade europeia.



1 comentário:

  1. existem sempre precauços que acontecem....
    Mas nada que não seja ultrapassável....

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