domingo, 26 de abril de 2009

Genéve - A Partida

Terça Feira, 18 de Abril de 2000

Eis que chegou o dia menos desejado, chegou mais depressa do que eu pretendia, por mim ele não tinha chegado era nunca, é o que acontece sempre que estamos de férias e nos sentimos bem.

Hoje por ser o dia da partida , foi talvez o dia em que nos levantamos mais cedo. As malas já estavam prontas, mas antes chegar cedo do que chegar tarde para apanhar o avião.

Descemos para pagar, tomar o pequeno almoço e também para apanhar o táxi, táxi que pedi para a recepcionista chamar. Estávamos sentados a terminar o pequeno almoço quando chegou o táxi, demos inicio à nossa viagem de regresso.

28 francos foi quanto ficou a viagem, mais 3 francos do que a viagem quando chegamos , e este também não viu a cor da gorjeta.

Ainda era bastante cedo para fazer o check in, ficamos perto do balcão previsto esperando pela hora.

Quando chegou a hora do check in, eu esperava ver no monitor o nr. do voo e o destino do mesmo, mas estava enganado, só aparecia no monitor os logótipos de algumas companhias aéreas, mas como no quadro geral tinha aquele balcão como sendo o da nossa viagem fomos para lá e fizemos o dito.

Durante o longo tempo de espera, fomos observando as pessoas que passavam, também ali se verificava uma enorme mistura de raças. E voos para partes do mundo que cá eu nunca tinha visto.

Começamos a dirigirmo-nos para a sala de embarque, mas pelo caminho fomos observando as lojas existentes no aeroporto.

Na zona da alfandega não tivemos nenhum problema, desta vez fomos atendidos por uma simpática policia, mais à frente foi preciso passar pelo controlo policial e aí surgiram os problemas do costume a quem passa com objectos metálicos. A MJ passou na minha frente e o alarme disparou, eles ocuparam-se de imediato dela, ela entrou para uma pequena cabine de forma a eles poderem verificar o que ela tinha, eu passei logo atrás dela e o alarme também disparou, só que eles estavam ocupados com a MJ e eu fiz de conta que não era nada comigo e segui em frente, encostei-me para não perturbar a passagem dos outros passageiros e esperei pela MJ, ambos estávamos tranquilos pois sabíamos que nada tínhamos de ilegal, e isso veio a confirmar-se, tinha sido o fio de ouro da perna que tinha accionado o alarme.

Chegados à sala de embarque e como ainda faltavam alguns minutos para o embarque a MJ tomou aquele que seria o último café por terras helvéticas, eu já me sentia nostálgico.

O avião era igual ao que nos tinha trazido de Portugal até aqui, mas não era o mesmo, e o banco onde nos sentamos também não era, mas quase, desta vez ficamos nos mesmos lugares mas uma fila à frente.

Talvez por estar muito próxima a Páscoa, o avião vinha cheio e a grande maioria parecia ser emigrantes.

A viagem foi boa, deu para ver em alguns pontos, algures em França , brancos, era a neve que ainda não tinha derretido na totalidade.

À medida que nos aproximávamos de casa o tempo ia piorando.

O tempo estava tão mau que só nos apercebemos que estávamos a chegar uns instantes antes de o avião tocar no solo, esta viagem embora com condições atmosféricas totalmente adversas foi fantástica, não aconteceu nada do que aconteceu na ida, de tal forma que se ouviram palmas no avião e os pilotos bem as mereciam.

Abandonado o avião vinha a parte mais complicada, o serviço de estrangeiros e fronteiras e as bagagens, mas era necessário manter a calma.

O primeiro contacto foi rápido, o homem perguntou por um papel, voltamos atrás para preencher o mesmo e depois disso também foi relativamente rápido, ele apenas perguntou onde eu morava para acrescentar no papel e depois disso “libertou-nos”.

Alguns momentos tivemos de aguardar pelas bagagens e depois disso dirigimo-nos para a saída à procura do meu pai, a chegada tinha sido atrasado em quase 1 hora.

Lá estava o meu pai naquele aglomerado de pessoas a ver quem saía, é que juntamente connosco tinha chegado um outro voo internacional.

Regressamos a casa mas por pouco tempo, o meu pai saiu logo para casa da Fátima, mas antes disso a MJ ofereceu um chocolate ao meu pai e despediu-se dele.

Nós também saímos logo de seguida, o tempo estava mau e ia devagar até Vizela por isso saímos logo, dava tudo para em vez de estar a chegar, ser a hora de partir.

Era hora de colocar um ponto final nesta semana, semana que é difícil encontrar adjectivos que a qualifiquem , pois dizer que foi fantástica é manifestamente pouco.



1 comentário:

  1. É sempre o sabor a pouco, e então a frontalidade do que é bom com a realidade, ainda custa mais,
    ainda quando tudo é perfeito.....fica sempre a sensação de insatisfação

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