terça-feira, 7 de abril de 2009

Madeira - A Pérola do Atlântico II

Domingo, 07 de Junho de 1998.

Este era o primeiro dia a sério na ilha.

Levantamo-nos cedo, é certo que dormir em tempo de férias é desperdiçar tempo, mas com o meu pai junto, era garantido que de manhã a cama acabava cedo.

Após o banho ,abandonamos o hotel, hotel que era constituido de apartamentos, o nosso tinha uma sala de estar junta com a cozinha , um quarto e uma casa de banho, já dava para viver ali.

Tudo era novo para o meu pai, para mim não, embora eu não fosse um conhecedor profundo daquela zona da ilha, é a zona turistica da ilha, a zona onde estão localizados a esmagadora maioria dos hoteis, a zona do Lido. Era domingo logo a maioria do comércio estava encerrado, fui andando até à zona das piscinas. Ali tem um supermercado do Pingo Doce, apoveitamos para tomar o pequeno almoço ali mesmo, fui num bolo e num sumo de laranja.

Pequeno almoço tomado regressamos ao hotel. Não dava para nos afastarmos muito dali, uma vez que uma representante da agência de viagens ficou de passar por lá, era a treta do costume , ia tentar vender algumas viagens que eles organizam para conhecer melhor ilha. Eu tinha planeado fazer algumas mas também queria ver se ia conhecer a ilha de Porto Santo.

Estava eu sentado no exterior do hotel quando chegou uma rapariga num Ford Escort vermelho, era ela, entramos e fomos falando sobre a ilha, ou melhor nesta fase era ela que falava, quando ela soube que eu já conhecia a ilha o discurso dela mudou um pouco, achei no minimo curioso.

O meu pai ficou entusiamado de tal forma que adquirimos um pacote de viagens que nos ia ocupar todos os dias, eu perdia assim a oportunidade de ir visitar a ilha de Porto Santo, talvez numa próxima oportunidade.

De referir que a rapariga se chama Alina, foi a primeira vez que ouvi tal nome.

A partir daquele momento nós tinhamos o resto do dia livre, nada melhor do que "bater" a zona.

Fomos até junto do estádio dos Barreiros, estava a decorrer uma prova de atletismo. Pouco nos demoramos, nada de especial nos cativava a ficar por ali. Inicicamos a descida em direcção ao centro da cidade.

Depois disso e como já estavamos melhor fomos andando em direcção ao centro do Funchal. Passei junto à agência de viagens Windsor, a agência que tratou da minha primeira visita à ilha, estava fechada e em obras.

Continuamos a caminhada até ao centro da cidade, ainda era cedo mas já se via muito turista na rua. No quiosque de artesanato o meu pai comprou um chapéu, foi um pouco caro. Junto á residência oficial do presidente do governo regional, estavam algumas pessoas a espreitar para o jardim, nós não fizemos o mesmo e fomos para o jardim contíguo à casa. Uma coisa que eles fazem, e bem, é catalogar todas as plantas e arvores ali existentes, assim ficamos a saber o seu nome e origem.

O meu pai ficou encantado com uns catos que tem naquele jardim, de tal forma que lhe tirei algumas fotos junto de alguns exemplares. Dali já se tinha uma fabulosa vista da cidade do Funchal, aproveitei para bater mais algumas fotografias.

Quem já começava a dar algum sinal era a fadiga, só que até ali tinha sido sempre a descer, o pior seria o regresso, esse ia ser sempre a subir.

Fomos até à parte velha da cidade para almoçar num dos restaurantes por ali existentes. O dia estava agradável.

Para comer pedi uma espetada á madeirense, o meu pai pediu bacalhau, errou quando pediu uma posta fina , veio uma de tal forma fina que quase dava para ver o sol através da posta. A minha espetada estava aceitável.

Enquanto demorou o almoço, ia observando quem passava e uma das coisas que saltava à vista era o facto de ter chegado á madeira o sindroma dos telemoveis, quase toda a gente tem um e andam com ele bem visivel, se calhar adquirem um status por ter telemovél, felizmente aqui no continente essa fase já lá vai. O almoço também já lá ia.

Abandonamos o restaurante e começamos a andar ali pelo centro, tinhamos muito para andar, se é que o meu pai queria ficar a conhecer minimamente a cidade do Funchal.

Pouco depois fomos até à Marina do Funchal, por ali havia muita agitação, começamos a ver muita gente preparada para uma prova de atletismo, decidimos ficar por ali um pouco. O sol começou a criar uns efeitos sonolentos em mim, mas ali não dava para dormir, não ia fazer figuras tristes.

A prova de atletismo nunca mais se iniciava, enquanto isso fomos vendo uns barcos de viagens turisticas a partirem para o seu destino e inclusivamente ainda vimos alguns a regressar, a prova de atletismo é que nunca mais se iniciava, como tal decidimos sair dali e continuar a nossa caminhada.

Fomos a um centro comercial e o meu pai foi a um snak bar beber uma cerveja, eu nada bebi e nada comi, após a cerveja encetamos a viagem de regresso ao hotel, era a parte mais dura do passeio de hoje, tudo porque era quase sempre a subir e as pernas já davam mostras de fadiga.

Antes de chegar-mos ao hotel ainda fomos ao Pingo Doce comprar alguma coisa para comer, depois sim regressamos ao hotel para não mais sair, o dia tinha sido cansativo.

Deitamos-nos um pouco a ver televisão, eram aproximadamente 18 horas, ainda era cedo só que o cansaço era demasiado, dessa forma demos por terminado o dia de hoje, novos dias intensos quanto a conhecimentos e viagens nos aguardavam daí ser conveniente descansar e bem.


1 comentário:

  1. Claro! a que se ter respeito pelos mais velhos, nada de conquistar terreno , olhares indiscretos!!
    cansativo andar a pé , mas é da forma que se conhece melhor... mas lá se vão as forças!!!

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