quarta-feira, 8 de abril de 2009

Madeira - A Pérola do Atlântico III

Segunda Feira, 08 de Junho de 1998.
Acordamos cedo e frescos, as forças tinham sido recuperadas e um novo dia nos aguardava.
O dia de hoje era fundamentalmente marcado pela viagem que iriamos fazer da parte da tarde, no entanto como tinhamos a manhã livre decidimos após o pequeno almoço voltar até ao centro da cidade para dar mais uma volta.
Com calma lá nos fomos dirigindo até ao centro.
Fomos até ao mercado municipal, o meu pai queria ver aquilo lá por dentro, é certo que eu da minha primeira passagem pela ilha não tinha entrado no mercado, era a primeira vez para mim. Não nos demoramos, é um mercado como muitos outros. A nota de destaque daquela ida ao mercado foi uma rapariga belissima que por momentos esteve ao meu lado para atravessar a rua, que bem acompanhado me senti por escassos segundos.
Depois de abandonar o mercado, fui até a uma loja dos tão famosos bordados da madeira, o "Patricio Gouveia", a mesma loja onde comprei os bordados quando estive pela primeira vez na Madeira, desta vez apenas ia comprar um lenço bordado para oferecer à Tiessa. Mostrei a loja ao meu pai, ele aproveitou para provar o vinho da Madeira, que nos atendeu foi uma jovem e simpática empregada da loja que serviu o vinho ao meu pai. Quando pretendi pagar o bordado com o cartão visa o pagamento não foi aceite, fiquei danado, tive de pagar com o cartão multibanco.
Regressamos ao hotel, mas antes disso passamos pelo supermercado para comprar alguma coisa para o nosso almoço. Para isso compramos entre outras coisas, rissois e bolinhos de bacalhau, acompanhado com pão com marmelada e um pouco de vinho deu nova alma e força para enfrentr a tarde. Tarde essa que era de passeio pela ilha, não sabia ao certo o que ia visitar.
Depois do almoço descansamos um pouco, ainda era cedo para a hora do passeio, quando ela estava próximo descemos e ficamos a aguardar em frente ao hotel. Quem também ali estava era um taxista a tentar recolher passageiros para visitas pela ilha. Estava eu num local em território português, no entanto quando ele se dirigiu a falar connosco se estavamos interessados em taxi, a lingua portuguesa foi a terceira a ser falada, primeiro falou em inglês e alemão, só depois é que falou a lingua de Camões, claro que das duas primeiras vezes eu nem tão pouco abri a boca, então eu no meu país e falam noutra lingua para mim, nem pensar em tal coisa.
Pouco tempo depois chegou uma carrinha com capacidade para nove pessoas, era naquela carrinha que iamos fazer o nosso passeio. Além do motorista estava um casal já na casa dos cinquenta anos, e juntamente com eles formou-se a equipa para o passeio. Eram mais só que os outros e ao que percebi era um casal, não estava no hotel quando lá fomos para os apanhar, provavelmente tinham-se esquecido do passeio. Assim lá fomos nós. O motorista acumulava funções, além de motorista era o guia. Colocou um microfone e lá começou a desbobinar o paleio do costume.
O primeiro local onde paramos foi o Pico dos Barcelos, dali pode-se ver a cidade do Funchal e o campo de futebol do Maritimo, pouco tempo estivemos por ali. Aqui comecei a confirmar tudo aquilo que analisei da minha primeira passagem, ou seja, em qualquer local de visita turistica tem sempre a vender recordações. Prosseguimos a nossa viagem, para mim isto também era novo, nunca ali tinha estado. Uma coisa que eles têm de muito bom é a cobertura de transportes públicos, estão muito bem servidos, inclusivamente o nosso motorista/ guia frisou esse aspecto.
A nossa viagem ia prosseguindo e cada vez subiamos mais e à medida que subiamos as estradas começavam a ser mais estreitas.
Paramos num local chamado Eira do Serrado, ali o guia falou que deveriamos andar cerca de cinco minutos pelo monte, para podermos ver uma bela paisagem num miradouro, de facto confirmou-se. O caminho até ao miradouro está bom, mas por vezes as protecções não estão lá, se alguém se distrai, é caso para dizer que era uma vez … .
Do miaradouro pode-se contemplar uma paisagem belissima e dali pode-se ver um local com história na ilha, o Curral das Freiras, bonito aquele lugar mas denota alguma pobreza, pobreza que é fácil constatar na Madeira mas fora da cidade do Funchal, na cidade e como é para turista ver parece que toda a gente vive bem.
Também aqui na Eira do Serrado tinha uma tenda a vender recordações da ilha, é isto que eu lamento que exista, pelo menos em tão grande escala como existe, ali parece que nada existe por explorar, em qualquer canto tem pessoal a vender alguma coisa, penso que aquele povo é dependente do turismo.
Nós é que continuamos o nosso caminho, por vezes o nosso guia lamentava estar nevoeiro, dizia ele que podiamos contemplar uma magnifica paisagem, mas o tempo não ajudava. O meu pai é que não simpatizava nada com algumas estradas, era cada penhasco e sem proteção que por vezes assutava um pouco, julgo que é por isso que a representante da agência quando vende as viagens diz que os motoristas são motoristas experientes, mas quando as coisas acontecem dá para todos.
Depois da Eira do Serrado fomos a um lugar com tradição na ilha e bastante conhecido, Camara de Lobos. É uma vila piscatória e ali a pobeza não está camuflada, abunda por ali a pobreza. Antes de dar uma volta para vila fomos a uma empresa que engarrafa o vinho da madeira, provar um pouco do vinho deles. Têm 3 tipos em que um deles se aproxima do nosso vinho do Porto. Além de vinho também têm licores de frutas, disso eu não provei, apenas 2 calices de vinho, depois quem pretendia comprar podia fazer ali mesmo, nós nada compramos.
O tempo passado ali não foi muito, também não tinha muito para ver, assim abandonamos o local pouco depois. Quando estávamos a abandonar as instalações estava a chegar um grande grupo. Todos os passeios turisticos passam pelos mesmos locais.
Fomos para o centro de Camara de Lobos, ali pouco ou nada tinha para ver, andamos um pouco a pé, passamos pelo centro da zona residencial dos pescadores. Contrariamente á imagem dada ao turista no Funchal, ali a pobreza e nalguns casos a roçar a miséria está bem patente e só não vê quem não quer.
Junto ao porto estavam a construir uma caravela , era muito bonita no entanto não era eu que navegava nela, tinha um aspecto muito frágil.
De volta à carrinha deu para passar e tirar uma foto ao local onde um ilustre ex visitante da ilha passava os seus dias pintando, nada mais nada menos que Whinston Churcill.
E assim estava terminado o primeiro passeio, passeio curto mas deu para conhecer coisas que eu não tinha visto na minha primeira passagem.
O resto do dia foi passado no hotel a ver televisão.


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