quinta-feira, 9 de abril de 2009

Madeira - A Pérola do Atlântico IV ( 2 )

Como ainda não estava na hora marcada para prosseguir a nossa viagem pela ilha , andamos por ali a dar umas voltas em busca de alguma recordação, só que eu achava tudo caro e confirmava cada vez mais a minha opinião acerca da ilha, é tudo muito caro, por vezes excessivamente caro, como tal nada comprei, e continuei a ver o que por ali havia só para fazer horas.

Finalmente chegou a hora da partida, com os estômagos mais reconfortados lá fomos nós para ver um pouco mais da ilha da Madeira, para mim era o relembrar do que tinha visto alguns anos antes aquando da minha primeira passagem por ali.

O percurso começa a ser feito pela costa norte da ilha, em que nada tem a ver com o lado sul, por aqui tudo é diferente. A estrada percorre a costa e muitas vezes em locais de assustar devido ás falésias, outras vezes é banhada por uma ou outra cascata, tudo isso torna aquele cenário idílico. Efectuamos várias paragens , umas vezes para tirar fotos e filmar, outras mais para uma breve explicação do guia sobre a forma de determinado rochedo, não sei se fantasiava ou não, se são lendas ou não, mas geralmente as histórias parecem extraídas de filmes de príncipes e princesas, não sei se as pessoas acreditavam nas explicações ou se por questões de simpatia faziam de conta acreditar, eu confesso que muitas vezes me enquadrava neste segundo grupo, quanto ao meu pai não sei em que grupo se enquadrava, o que sei é que se lhe notava alegria, ele estava encantado com tudo, e isso era bom.

A próxima paragem foi num local que é bastante bonito, é uma aldeia, creio eu, que apesar de pequena e longe de tudo ou quase tudo, é belíssima, as casas adornadas com vasos, as ruas limpíssimas, era um cenário belo, pouco tempo estivemos por ali, mas ainda assim o necessário para gastar mais algumas fotos para mais tarde recordar, lamentavelmente o nome do local não guardei. começamos a efectuar a subida que nos levaria a transpor a ilha de forma a voltar para o Funchal, desta forma ficava bem vincada a ideia de que o passeio se encaminhava a passos largos para o fim.

Os campos verdejantes eram salpicados por minúsculas casinhas, que não eram mais do que os abrigos das vacas dos habitantes da região.

As subidas por vezes são íngremes, de tal forma que em determinadas ocasiões fico com a nítida sensação que a velha camioneta não merecia tamanho castigo e penso que ela por vezes é bem capaz de se recusar a subir, mas com muito custo ela lá vai subindo. Fiquei mais tranquilo quando chegamos ao local que marca o meio da ilha, ou seja ao cume daquela enorme montanha, dali em dias limpos, o que era o caso deste, pode-se avistar os dois lados da ilha. Este local ficou para sempre na minha memória desde a minha primeira passagem por aqui, tudo porque da primeira vez eu fiz o percurso ao contrário, e quando saí do Funchal o dia estava quente no entanto por precaução eu levei comigo um agasalho e foi a minha sorte pois ali é costume fazer uma paragem e o frio pode fazer os seus estragos na saúde, então houve muita gente a comprar roupa quente ali, desta vez eu como sabia o que nos esperava levei roupa e preveni o meu pai, e de facto a temperatura ali era baixa, mas não tão baixa como da outra vez.

Se até ali a camioneta tinha feito um esforço para subir, agora eu esperava que os travões estivessem em condições, pois íamos começar a efectuar uma descida longa e por vezes tal como na subida , descidas íngremes.

Alguns, poucos, km após o inicio da descida paramos numa estalagem, é um local agradável aquele, apesar de estar isolado, gostei daquilo.

Voltamos à velha camioneta que já deveria estar cansada de tanto esforço para um só dia e descemos até Ribeira Brava, mas não paramos lá nem em mais nenhum local até chegar à cidade do Funchal, e dessa forma estava terminado um longo passeio e também estava quase a terminar mais um dia destas férias.

Começou a distribuição das pessoas pelos hotéis, finalmente chegou a nossa vez.

Como o dia estava a chegar ao fim e como de costume estava a dar os jogos do campeonato do mundo de futebol na televisão, decidimos ir fazer umas compras para o jantar de forma a podermos, assistir calmamente ao futebol, embora a nossa selecção não estivesse lá, sempre estava a do Brasil e afinal também era a fase final do campeonato do mundo.

O jantar foi uma coisa ligeira , para mim foram lulas em conserva com cerveja a acompanhar e fruta como sobremesa, depois sim, foi o tempo inteiramente dedicado ao futebol. Eu penso que ainda o jogo estava na primeira parte já o meu pai dormia, eu vi o jogo até ao fim e depois como nada mais tinha a fazer também tentei dormir um pouco e terminar de vez com este fatigante mas muito interessante dia.

1 comentário:

  1. Então as cascatas , coisa linda!!!!..
    Deve ter sido maravilhoso..

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