segunda-feira, 6 de abril de 2009

Madeira - A Pérola do Atlântico

Sábado, 06 de Junho de 1998.

Estava novamente de férias, embora fosse só uma semana sempre é melhor do que nada e sabe sempre bem.

acabei de preparar as coisas, a hora da partida começava a ficar mais próxima.

A Ana Maria só saía do emprego às 19 horas, por volta dessa hora fomos para casa da Fátima, o jantar ia ser lá.

Eu pouca fome tinha, então o meu pai quase nem comeu, talvez fosse devido à excitação da viagem, para ele ia ser o baptismo de voo.

Após o jantar e as despedidas, regressamos a casa, mas só para pegar nas bagagens e partir para o aeroporto, já eram aproximadamente 21 horas, faltava cerca de uma hora e meia para a partida do avião.

O movimento no aeroporto era pouco, apesar de estar quase na hora de um voo com destino ao Brasil, era um voo para S. Paulo via Lisboa e Rio de Janeiro.

Check In efectuado, a primeira desilusão, embora nesta viagem não fosse nada de especial, calhou-nos os lugares sobre a asa, eu como gosto de ver para o exterior, sobre a asa a visão é substancialmente reduzida, mas como desta vez a viagem era efectuada toda durante a noite, a paisagem seria uniforme, tudo escuro.

A Ana Maria quando eram aproximadamente 22 horas decidiu regressar a casa, nós entramos para a sala de embarque.

O avião com destino às terras de Vera Cruz partiu, faltava o “nosso”. O que viria a acontecer pouco depois.

O avião Boeing 737/200 da Tap Air Portugal e de seu nome Corte Real, começou a deslizar na pista na hora marcada, julgo que o meu pai nesse momento sentiu um nó na garganta. Após a colocação do avião na pista de forma a poder partir, eis que ele ganha velocidade e parte. Tal como na minha viagem de regresso dos Açores, desta vez as luzes do avião voltaram a ser desligadas, por questões de segurança dizem eles.

Começaram os tormentos do meu pai, enquanto o avião não estabilizou, ele ia apreensivo, para não dizer com medo, o que era perfeitamente normal.

Como é normal em qualquer viagem de avião, eles servem sempre alguma coisa para comer e beber, desta vez serviram uma refeição ligeira, nesta altura é que deu para perceber o nervosismo do meu pai, de tal forma que no fim quando lhe serviram café, ele em vez de deitar o açucar deitou a pimenta! .

Quando nos começamos a aproximar da ilha, começamos a ver algumas luzes, era sinal de que a terra estava próxima, mas foi aqui que começou o pior bocado da viagem para o meu pai, o avião começou a descer, lá se tinha ido a estabilidade. As luzes foram novamente apagadas, aí deu para ver um pouco mais da paisagem noturna da Madeira. O medo do meu pai continuava, dizia ele que estavamos muito perto da pista mas o avião continuava muito alto. Pouco depois retomavamos o contacto com o solo, foi um alivio para o meu pai.

Procedemos ao desembarque, eram aproximadamente 0h15m, trouxemos tudo o que podiamos e mais algumas coisas que não deviamos, eu apenas trouxe o jornal que distribuiriam gratuitamente e a revista da TAP, o meu pai para além disso trouxe também o panfleto com as indicações de segurança, é um panfleto que deve ficar no avião. Enfim peripécias do baptismo de voo.

Após a recolha das bagagens, fomos à procura do nosso transporte para o hotel, pensei que o nervosismo do meu pai já tinha passado, mas estava enganado.

Como fomos dos primeiros a abandonar a sala de embarque, foi fácil encontrar o homem da agência que nos levaria até ao hotel, depois de aguardar um pouco, visto ter mais pessoal, fomos para a carrinha, partindo de imediato para os respectivos hoteis.

Em plena viagem o meu telemovel tocou, era o pessoal de casa a saber novidades, pouco depois tocou o telefone do meu pai, estavam as novidades em dia.

A primeira paragem foi numa residencial, aqui saiu um casal e um miudo, o meu pai também saiu, tive de o ir buscar, pois ele já estava a começar a tirar a bagagem dele. Ele estava completamente baralhado.

Chegamos ao nosso hotel já tinha passado 1 hora e 30 minutos do dia 7 de Junho. Após descarregar a bagagem subimos para o quarto, pouco depois adormecemos, tinha terminado um dia talvez inesquecível para o meu pai.


1 comentário:

  1. Sem duvida ! para umaa primeira vez , não é fácil, além de novidade , voar é sempre aquela expectativa se algo corre mal...

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