quarta-feira, 1 de abril de 2009

S. Jacinto - Aveiro

Sábado, 30 de Agosto de 1997.

Levantei-me cedo, ainda não eram 7 horas, tinha que deixar a casa mais ou menos arrumada , o pessoal chegava hoje vindo das terras algarvias. Dei uma aspiradela a toda a casa, depois varri os passeios no exterior da casa, estava tudo mais ou menos apresentável, agora era hora de me arranjar a mim, fui tomar um banho. Estava combinado aparecer em casa da Joana quando fossem 9h.30m., tinha demasiado tempo, como tinha combinado estar em casa da irmã do Miranda quando fossem 9 horas, e sabendo eu como ele é, decidi ir um pouco mais cedo. Cheguei a casa da irmã dele faltavam 15 minutos para as 9 horas, tinha acabado de se levantar, era o que eu temia.

Pouco depois chegou a Paula, não fosse o atraso do Miranda estaríamos em casa da Joana à hora marcada, assim já não ia dar.

À hora que devíamos estar em casa da Joana, saímos de casa da irmã do Miranda, como ele ainda não tinha tomado o pequeno almoço, fomos a um café, como de costume ele tomou o pequeno almoço com todas as calmas, e eu a ver a hora a passar. Compramos umas coisas para levar, pagamos e fomos para casa da Joana, chegamos lá com cerca de meia hora de atraso, não foi difícil encontrar a casa. Ela devia estar à nossa espera, pois mal paramos veio logo ao nosso encontro. Levava um top castanho, umas calças brancas e uma sapatilhas pretas da “Fila”.

Devido ao atraso, partimos de imediato, nada digno de registo se passou até próximo de Espinho, tinha ocorrido um acidente e complicou um pouco a circulação, depois disso tudo voltou ao normal. Durante a viagem conversamos muito, eu pretendia que a Joana se sentisse totalmente à vontade. Ela estava a fazer uma coisa que talvez eu não fizesse, penso que eu no lugar dela não iria, sendo eu como sou certamente não me sentiria à vontade, mas tudo depende muitas vezes de como me sinto no momento.

Chegamos a S. Jacinto, estacionamos o carro junto ao parque de campismo da Orbitur, o mesmo parque que eu frequento quando vou para ali acampar, tiramos as coisas do carro e iniciamos a nossa marcha até à praia. Para a Joana e para a Paula tudo era desconhecido, nenhuma delas conhecia aquela praia, nem tão pouco sabiam o que tinham de andar. Fomos andando e falando em muita coisa inclusivamente em cobras, coisa com a qual eu não me dou nada bem. Já bem próximos da praia fomos “ultrapassados” por um casal novo, iam cheios de vontade, nós também, só que com mais calma.

Levamos o caminho que eu sempre uso quando vou para a praia, por momentos achei que deveríamos ir por um outro, aquele caminho não era o mais apropriado para elas, mas já ali estávamos, havia que ir em frente.

Chegados à praia, tive a primeira desilusão, andam a devastar um pouco de toda aquela vegetação.

Estava pouca gente na praia, os dedos das duas mãos chegavam e sobravam para contar toda a gente, é daquilo que eu gosto, não gostei tanto foi da praia, estava com algum, para não dizer muito, lixo.

Tiramos a roupa, não toda, apesar dali muitas vezes dar mesmo para tirar tudo, estendemos as toalhas e a Joana foi até junto da água, mas ali não dava para tomar banho.

Ela à minha beira era “preta”, estava muito bronzeada e depois com o bikini branco com riscas azuis e laranja mais destacava todo o bronzeado, nós junto dela deviamos parecer nórdicos.

Estava a ser porreiro aquele bocado que ali estávamos a passar. Faltavam cerca de 5 fotos para terminar um rolo de fotografias, tinha combinado com a Paula terminar ali o mesmo, ela queria ver as fotos de Sanxenxo da semana anterior. Dito e feito, terminei com o rolo, tirei algumas fotos ao grupo e uma ou outra individual.

Joguei raquetes com a Joana, finalmente as raquetes tinham uso, era um objecto já muito viajado e pouco utilizado. Eu nunca tinha jogado daquilo. A Joana só me fazia correr, devia querer que eu ficasse cansado!, o que veio a acontecer pouco depois. Fomos até à água, eu tinha os calções cheios de areia, depois disso fomos estender os cabedais na toalha e descansar um pouco.

As horas iam passando e nós nem nos apercebíamos, fomos comendo e bebendo do que havia, aqui notei o pouco à vontade da Joana, era natural apesar de eu achar que me esforcei por a colocar à vontade connosco, quase não comeu e pouco ou nada bebeu. Nestas ocasiões eu fico sempre com dúvidas, não sei se a pessoa, neste caso a Joana, não se sente à vontade ou se existe algo que não lhe agrada. Ela apenas dizia que não lhe apetecia. Eu nada podia fazer.

Foi chegando mais pessoal à praia, pouco, nós podíamos continuar à vontade, não faltava espaço .

Continuamos a jogar raquetes, o Miranda com a Paula, aproveitei para tirar algumas fotos, depois eu com o Miranda e finalmente foram as mulheres, jogou a Joana com a Paula, jogavam bem, pelo menos muito melhor do que eu.

A Paula começou a não suportar apanhar mais sol nas pernas, começamos a pensar abandonar a praia, algum tempo depois foi o que fizemos. Esperava-nos uma caminhada até ao carro, e não era pouco.

Depois de chegar junto carro, arrumamos tudo na mala e fomos até um bar que existe não muito afastado dali, é o conhecido francês, estava-se bem ali.

Eu e a Joana bebemos Cola , a Paula foi numa água tónica o Miranda foi como de costume numa cerveja. O nosso tempo por ali começou a esgotar-se, a Paula começava a ter alguma pressa em chegar a casa. Tiramos as últimas fotos por ali, algumas no francês outras junto à ria. Enquanto estávamos no francês telefonei para a Ana Maria, estavam a comer qualquer coisa no Pombal, já estavam relativamente próximos de casa.

Nós decidimos regressar a casa. A Joana perguntou se não íamos a Aveiro, eu tinha dito que íamos passar por lá, só que para a Paula começava a ser um pouco tarde, combinamos passar lá numa outra vez e aí seria a Joana a fazer o roteiro.


1 comentário:

  1. Rica Vida!!!Sempre no passeio,

    A chatice é que não se podia tirar as roupas...

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