quinta-feira, 21 de maio de 2009

Férias 2005 - A Viagem da Maia a Cap D'Agde II


No domingo, 24 de Julho fui despertado pela MJ muito cedo, mais cedo do que pensava, mas isso só mais tarde é que pude aperceber.

Antes de nos fazermos á estrada, abasteci o carro no posto junto ao hotel, com o depósito cheio, eu pretendia rolar e abastecer de novo apenas em Andorra, o trajecto inicialmente previsto previa a passagem por Andorra apenas no regresso, e na ida passar por Barcelona, mas embora me fascine passar por Barcelona, se na ida também fosse por Andorra facilitaria no transito, como a MJ concordou ficou assim estabelecido. Antes ainda da partida fomos tomar o pequeno almoço no café em frente ao hotel, para a MJ foi um bocado de “tortilla “ ou algo parecido e creio que com café e leite, ou mesmo café simples, eu fui num donut e num sumo, trouxemos também uma garrafa de água fresca.

Finalmente apercebi-me da hora , 7:35 , acordei de facto muito cedo, mas estava bem, estava bem desperto, e tínhamos uma boa dose de km para fazer, hoje tínhamos prevista a nossa chega a Cap D’Agde em França.

Continuamos na nacional 122 até “ Zaragoza” , pelo caminho vi pela primeira vez em estado selvagem Abutres, eram precisamente 8:11 quando numa zona árida lá vimos alguns, infelizmente sem imagens para documentar. Fomos passando por outros locais que poderão servir para pernoitar numa próxima viagem, locais pelo menos agradáveis á vista, quanto a preços nada sabemos, mas podem ser reais opções numa próxima viagem.

Entramos em “Zaragoza” e o volume de transito aumentou consideravelmente, seguimos o nosso caminho, agora a nossa próxima meta chamava-se “ Lérida “ ou como eles também dizem “ Lleida” , este local associo á Leila, irmã da MJ que eu não conhecia mas tinha previsto ter o prazer de conhecer nestas férias.

Depois de “ Zaragoza “ , apanhamos a estrada nacional 2, é uma estrada que vai até Barcelona, nós não chegaríamos lá, sairíamos uns bons km antes. Logo após a nossa saída de “ Zaragoza” a MJ ligou á Leila, dando-lhe conta da nossa ida a casa dela e também pedindo o contacto telefónico de uma amiga que vivia em “ Lérida “ creio eu, acho que a MJ pretendia fazer-lhe uma visita. Ainda falei um pouco com a Leila, ela pediu-me para levar a MJ cedo para elas estarem um pouco mais juntas. Falamos depois sobre ser o facto de ser sempre a MJ a visitar a irmã e não o inverso, eu não pretendia defender ninguém pois não sou ninguém para o fazer, apenas estava a tentar mostrar algumas coisas que poderiam impedir a Leila de a visitar, eram apenas palpites, eu não tenho conhecimento de causa para falar desse tema, mas ela levou a mal, e reagiu de uma forma agressiva contra mim, eu apercebi-me que isso seria tema a evitar. Nem tenho nada a alvitrar pois são coisas de família e eu não pertenço á mesma , dessa forma tinha pressa de dar novo rumo á conversa.

Ao chegar a “ Lleida “ fiquei um pouco baralhado , de tal forma que saí da autovia algumas saídas antes do que deveria, mas sem problema algum, voltei á autovia e com a MJ a estudar o mapa, lá me indicou a saída correcta, depois dali entramos na estrada C13 , um pouco mais á frente passamos “ Balaguer” a MJ contou um pouco da vida da uma brasileira que ali vivia e que agora está bem na vida. Depois da C13 seguimos na C26 e finalmente na C14. Numa das vilas por onde passamos , parei para a MJ ir a uma farmácia, ela queria comprar um pouco de água de mar e outras coisas, sendo domingo seria mais difícil encontrar uma farmácia aberta, por isso mal visse uma pararia, assim foi. Continuamos o nosso caminho em direcção a Andorra. Num local que parece um desfiladeiro, sendo um local um pouco complicado para quem conduz, devido ao sinuoso da estrada, pedi á MJ que filmasse alguma coisa, ela estava um pouco renitente pois acha que não filma bem, mas o que ficasse mal depois seria cortado.

La Seu D’Urgell “ estávamos a uma escassa dezena de km, por isso sugeri á MJ que fossemos ao “Punt Trobada “ , almoçar, sugestão aceite por ela. Também pretendia abastecer lá o carro. No centro comercial fomos almoçar, ambos fomos para um frango assado com batatas fritas e pimentos, os pimentos eu não como, a MJ ainda comeu um pouco do meu, depois do almoço fomos á casa de banho e dar um pequeno giro pelo centro comercial, entre algumas coisas interessantes que vi destaco umas bicicletas magnificas, certamente muitas coisas interessantes teria por lá, no entanto o nosso tempo não era muito, é certo que não tínhamos muita pressa, mas também não é menos verdade que não tínhamos muito tempo para desperdiçar, ainda nos faltava um bocado para chegar ao nosso destino.

Compramos água e saímos, não sei o nome, mas sei que a empregada da caixa que nos atendeu tinha um nome bem lusitano, também verificamos uma mulher que tinha um bonita tatuagem no entanto grande para o que consideramos ser o tamanho ideal de uma tatuagem. Na saída tomei a direcção de Espanha, quando me apercebi verifiquei que já não daria para meter gasolina no carro, não era grava no entanto teria de abastecer antes de entrar em França, pois lá ela deveria estar bem mais cara.

Voltamos a “ La Seu D’Urgell “ e tomamos a direcção de Puigcerdá pela nacional 260. O caminho é lindissimo, tem imensos chalés, de vez em quando a MJ fotografava algum, belas paisagens se viam por aquela região.

Chegados a Puigcerdá e antes de entrar em França tentei ver onde poderia meter gasolina, encontrei um posto da “ Campsa” a gasolina ali já era mais cara, 1,029, passava a marca do euro, o que não tínhamos visto em toda a Espanha, mas de qualquer forma ela em França estava bem mais cara como constatamos logo mais á frente, também comprei um gelado para a MJ, ela gosta de gelados.

Entramos em França , as paisagens que nos eram dadas a observar eram de beleza indiscritível, tudo muito verde, alguns km tínhamos penetrado em território gaulês e efectuamos a nossa primeira paragem para a MJ fazer algumas necessidades fisiológicas e eu também. A ida da MJ para o mato fazer as necessidades acabou por ser lucrativa, encontrou um canivete suíço com alguns apetrechos que nos poderiam ser úteis nestas férias. Não nos demoramos mais do que 10 minutos por ali, eu também aproveitei para esticar mais um pouco as pernas. Eu nem pensava na chegada ao parque, era algo que nem tão pouco me passava pela cabeça, não imaginava se faltava muito ou pouco, ia andando tranquilamente. Esta viagem estava a ser muito boa nesse aspecto e não só nesse, mas não havia o stress de horas para chegar a local algum, íamos andando , em ritmo de passeio. Creio que se chama Mont Louis é um local onde a estrada tem um declive enorme, são alguns km sempre a descer e em determinados locais desce e bem, a MJ mostrou alguma intranquilidade naquele troço de estrada, era uma nova situação para mim, não pretendi aprofundar , mas não sei se ela se assustou com a estrada, com a altitude , com o traçado sinuoso ou se tudo isso aliado a alguma falta de confiança em mim enquanto condutor, mas isso também não era importante, o mais importante era tentar tranquiliza-la e tentei fazer isso, se o consegui ou não , apenas ela o poderá dizer.

O verde da paisagem predominava, era de facto um cenário lindíssimo o qual podíamos ver desfilar á frente dos nossos olhos, eu infelizmente devido ao facto de ter o volante nas mãos , não podia tirar o devido proveito de tão belas paisagens. Mas sempre ia deitando o olho a uma ou outra coisa. Nas placas indicativas só me interessava uma, “ Perpignan” era a cidade onde deveríamos passar para nos levar ao nosso destino, curiosamente a placa estava sempre em fundo verde ao contrário das outras que estavam em fundo branco. De referir também que o piso da estrada era sempre magnifico, estrada nacional 116. Já perto de “ Perpignan “ entramos na Nacional 9, esta estrada também nos levaria até “ Béziers” que fica já próximo do nosso local eleito para passar a semana, mas devido á hora, achei por bem entrar na auto estrada “ A9 “.

Entrados na auto estrada, optamos por parar logo no primeiro ou no segundo local onde tal nos era permitido, o calor era tórrido, naquele parque tinha gente inclusivamente a refrescar-se nos chuveiros disponíveis para quem ali passa. A MJ foi á casa de banho e voltou de lá toda molhada, com a camisola branca transparente toda molhada e colada ao corpo de onde se destacavam os seus mamilos devido á ausência de soutien . Entrou no carro e tirou a camisola que eu fui molhar totalmente para ela logo vestir e secar no corpo. Ficou mais fresca.

Na auto estrada de vez em quando era-nos permitido ver um pouco da costa, também nos era permitido ver matriculas de carros que aqui em Portugal normalmente não aparecem, carros da Áustria, Dinamarca, Eslovénia, Suécia e muitos holandeses, Belgas e Polacos. Até nesse aspecto estávamos a “abrir” as nossas fronteiras.

A fadiga da condução começava a dar os primeiros sinais, ou talvez fosse a ansiedade de chegar não sei definir, sei é que começava a sentir dores no corpo.

Finalmente saímos da auto estrada, finalmente surgiu nas placas “ Agde” estávamos perto, o que não foi nada meigo foi a conta da portagem, mas sinceramente acho que não existe nenhuma auto estrada barata, são todas demasiado caras, mas que se dane, o preço ali não poderia fazer mossa, o que interessava era chegar ao nosso destino , e esse estava cada vez mais perto e felizmente tudo estava a correr bem até ao momento, isso sim, isso é que era importante.

Talvez mais uma dúzia de km nos separava do centro de naturismo para onde íamos, mas lá continuamos a nossa caminhada, agora pela nacional 112 , em direcção a Cap D’ Agde, chegados lá seguimos as placas indicativas do “ Quartier Naturiste” , cada vez mais perto. Ali tudo era muito verde, gostei da zona, de tal forma que disse que num dos próximos dias sairia do centro para “bater” a zona exterior, pelo menos tinha essa vontade. Mas agora o que realmente interessava era chegar mesmo ao tal “ Quartier Naturiste” e chegamos.


2 comentários:

  1. Deve ter sido bem interessante a viagem, existem paisagens fabulosas..
    Agora Naturismo??!!!

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  2. De facto paisagens , belas paisagens não faltam ao longo do caminho, nomeadamente na zona dos pirineus.
    Sobre o Naturismo, naturismo é liberdade, é despir preconceitos e conceitos, é o assumir o nosso corpo tal como ele é.

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