quarta-feira, 20 de maio de 2009

Férias 2005 - A Viagem da Maia a Cap D'Agde


O sábado despertou com muito sol e quente, tal como os dias precedentes. Terminamos de preparar as últimas coisas para levar , carregamos o carro, ia de facto bem carregado, se vissem que aquela carga era para um casal e apenas uma semana de férias, talvez não acreditassem, só a mala da MJ me ocupava quase toda a mala do carro, foi necessário rebater parte do banco traseiro. Nisso via apenas um inconveniente, era o facto de não poder parar o carro em qualquer local, torna-se um alvo para os assaltos, mas excluindo esse ponto não via mais nenhum problema em rebater o banco.

A partida de casa deu-se aproximadamente pelas 10 horas da manhã, mas ainda não era a partida definitiva, teríamos de passar pela worten , precisava de uma fita para o vídeo, pretendia registar alguma coisa em vídeo para guardar lembranças das nossas férias. Compramos a cassete , metemos gasolina na Galp que estava bastante congestionada naquela hora e fomos tomar o pequeno almoço em Ermesinde num pão quente. Depois disso sim, demos inicio á nossa grande viagem.

Entramos na A4 em S. Rita, saímos em Amarante e entramos na IP4, sendo esta estrada perigosa segui todas as regras, limite de velocidade controlado, e luzes ligadas, no cimo, perto da pousada, uma fila de carros, algo para mim incompreensível, mas estavam a decorrer trabalhos na estrada, com aquele para , arranca, começou a notar-se bem o calor que se fazia sentir. Perto das 14 horas estávamos em Bragança, local onde deixamos por momentos a IP4 para entrar na cidade, a MJ precisava de tomar um café. Fomos ao café “Restaurador”. Pouco nos demoramos ali, e voltamos á estrada.

Levávamos os vidros bem abertos com rádio aqui já na RFM, na região do Porto tenho optado por ouvir a Nova Era, mas ali já não se capta a emissão, por isso a escolha recai na RFM. Instantes antes de entrarmos em Espanha parei para fazer uma verificação ás luzes do carro, estava tudo em ordem, retomamos o caminho.

Mal entramos em Espanha a nossa “preocupação” ficou centralizada na gasolina, precisava de abastecer o carro, tinha ido até ali num ritmo que permitia economizar gasolina, ela está demasiado cara, em Espanha sempre se poupa 40 escudos por litro, isto contabilizando na moeda antiga. 0.999 centimos o litro, contra o 1.226 de Portugal . Passamos uma primeira, mas quando me apercebi estava muito em cima e decidi seguir até á próxima, ainda tinha alguma gasolina no carro e com o ritmo imposto ainda tinha para uns bons km. Mas como o seguro morreu de velho no primeiro posto que apareceu do nosso lado, paramos para abastecer e também aproveitei para comprar dois gelados. A MJ não gostou muito dos que comprei , mas infelizmente a escolha não era vasta, pouco tinha por onde escolher e optei pelos que me pareciam melhores.

O nosso ritmo de viagem era um ritmo mesmo de passeio, ia devagar, não puxava pelo carro e de quando em vez lá víamos uma ou outra brigada da policia espanhola tentando apanhar alguns incautos. Daquela região de Espanha para a nossa terrinha a diferença é pouca, até o fumo de um incêndio que parecia ter uma dimensão apreciável fazia parte do cenário.

Antes de Zamora , que seria a primeira cidade espanhola digna desse nome que seria atravessada por nós nesta viagem, passamos por algumas terras, da qual destaco “ Ricobayo ” é uma região banhada pelo rio douro, passamos junto a uma barragem, e atravessamos o rio, rio que nos iria aparecer bem mais lá para a frente.

Zamora é uma cidade com uma dimensão razoável, mas não estávamos ali para a descobrir, assim seguimos o nosso caminho, muito km tínhamos pela frente para ultrapassar. Depois de Zamora, começamos a seguir as placas indicativas de “ Tordesillas “ ou “Valladolid” . Sem qualquer tipo de problema nem stress de qualquer origem fomos ultrapassando km atrás de km, sempre num ritmo calmo e num ambiente descontraído. Como tínhamos planeado dividir a viagem em dois dias, não havia pressa de chegar.

Alguns km á frente de Zamora, apanhamos a “ A11” é uma autovia, é um tipo de estrada com a configuração de auto estrada, mas a com a particularidade de ser gratuita. Fomos nesta estrada , entretanto ligada com outras, até “Valladolid” , aqui deixamos a estrada para penetrar um pouco no perímetro urbano da cidade, a minha ideia era apanhar a nacional 122, salpicada em alguns bocados por mais alguns km de “A11” , é uma autovia chamada de “Duero” , talvez em homenagem ao rio e que ligará Zamora até Sória ou mais além, é algo que não sei, mas que se saberá quando ela estiver concluída.

Ao passar “ Valladolid” apanhei um susto, devido ao piso, bastante rugoso, os pneus faziam um enorme barulho e isso assustou-me, mas mal me apercebi do que se tratava, voltei á calma que reinava na nossa viagem.

As localidades iam sendo passadas por nós e iam sendo deixadas para trás sem dó nem piedade, mas uma vejo com algum carinho, “Peñafiel” , nada me liga a não ser a proximidade do nome com a terra que serviu de berço aos meus pais, Penafiel. A estrada era boa, apesar de ser uma estrada nacional andava-se bem, a velocidade máxima permitida era 100 km/h, e era uma velocidade extremamente fácil de se atingir, eu tentava controlar a velocidade, pois sendo estrangeiro em Espanha no caso de multa teria de a pagar na hora e o dinheiro é coisa que não abunda.

Inicialmente tinha previsto ficarmos a dormir em “ Aranda do Duero” tinha até pensado o nome do hotel, “ Hotel Julia” era quase que repetir os passos da viagem feita com o Miranda em 1996 , quando fomos até “Tossa del Mar” , mas como ainda era cedo decidimos prosseguir a caminhada.

Já o relógio tinha passado pelas 18:30 e caminhava para as 19 horas quando a MJ falou em comermos qualquer coisa, tínhamos levado o resto do nosso jantar, quase todo o arroz de pato e algumas fatias de rolo de carne, fatias de rolo de carne que eram motivo de risota, quando avistávamos nos campos rolos de palha, a MJ perguntava-me se tinha fome ou se queria comer.

O local escolhido para comer o resto do nosso jantar foi um parque situado na margem da estrada, numa localidade chamada “ Alcozar “ ou perto dela, não temos a certeza, mas foi nessa região. Nesse pequeno parque avistamos vestígios nacionais, vestígios da nossa cerveja “Super Bock” . Após o que seria o nosso jantar, a MJ recorreu ás traseiras do barbecue ali existente, para se servir daquele local como casa de banho. De novo na estrada a “ derreter “ mais alguns km , decidimos começar a pensar em encontrar um local onde pernoitar, teria de ser um local onde o carro ficasse num local seguro, visto termos o mesmo cheio. Passamos “ Sória “ e entramos na estrada que nos levaria até “Zaragoza” , poucos km á frente encontramos um local que nos agradou, decidimos parar ali e descansar dos já muitos km percorridos.

“ Hotel Cadosa “ um hotel de 2 estrelas, caro para as estrelas que tem, cerca de 73 euros por uma noite. Noutros tempos o hotel até seria bom, mas nos tempos de hoje é caro para tão poucas estrelas, mas até se compreende, ali no meio do nada, eles cobram-se bem. O parque de estacionamento dava-me tranquilidade para deixar ali o carro, também verificamos que o hotel tem uma pequena piscina o que é sempre bom para quem gosta, mas nós não iríamos desfrutar de tal equipamento. Fome não existia, existia sim sede, sede de beber algo bem fresco, a noite caía , mas o calor ainda era muito, mesmo depois do banho retemperador.

Deixamos o hotel e atravessamos a estrada por um túnel subterrâneo que nos levava á “ Cafetaria / Restaurante “ , pertencia ao hotel e ali numa sala mais recatada, parecia estar a decorrer um casamento, nós ficamos na parte do bar a beber, eu bebi um cerveja bem fresca e a MJ ainda comprou alguns salgados tipo amendoins, não me recordo já o nome de tais coisas. Sei é que foi caro, aliás ali tudo começava a ser marcado pela diferença preço/ qualidade ou preço/quantidade, mas de nada adiantava entrar em lamentos, havia que tentar encarar bem a situação, afinal poucas horas estaríamos ali.


3 comentários:

  1. A mulheres são assim , sempre preparadas para tudo...
    Nada como a tranquilidade a serenidade para qe tudo corra bem!!

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  2. very nice photo
    greetings from Poland

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  3. MaAzBel! nem todas as mulheres estão preparadas para tudo ...

    Donata ! Thank you for your nice comment.
    Greeting from Porto - Portugal

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