quarta-feira, 18 de março de 2009

Alentejo e Algarve - Oportunidades Perdidas cap.4 ( II )


Chegámos a Mértola, quando me apercebi que tinha um castelo, tentei fotografar, quase não o conseguia, abrandamos o andamento, de tal forma que pouco depois avistámos as nossas “amigas”, aqui também não podíamos andar no mesmo ritmo, estávamos dentro de uma localidade.
Não paramos em Mértola, seguimos para Beja, tínhamos cerca de 80km pela frente até chegar a Beja, iria ser a primeira vez que lá ia passar de carro, só lá tinha passado de comboio.
Retomamos o nosso ritmo de viagem, de tal forma que as nossas “amigas” voltaram a desaparecer. Um pouco mais á frente passou por nós um Golf, até cheirava a queimado, o carro devia ir na queima, não devia dar mais nada, deixamos o gajo ir á vida dele, mas assim não tem carro por muito tempo.
Nós devorávamos km. cada vez tínhamos Beja mais próxima, a estrada também estava melhor, inclusivamente um pouco antes de chegar a Beja começa a IP2, passa junto a Beja mas nem chega a entrar na cidade.
A partir daqui começamos a seleccionar as companhias de viagem, víamos o nome da localidade que tinha na matricula dos carros, se não nos agradasse eram ultrapassados, fomos andando assim.
O tempo por aqui começava a ficar um pouco esquisito, algumas nuvens escuras apareciam no céu.
Por estas zonas a paisagem não é aquela paisagem agreste e árida que para mim caracterizava o Alentejo, por aqui nesta enorme planície , era tudo muito verde, árvores não se viam muitas mas os imensos campos estavam alcatifados de verde, era bonito.
Passei em Vidigueira, local que conheço só o vinho maduro que é costume eu beber quando estou de férias em Tavira.
Estávamos com um bom andamento, nada nem ninguém nos detinha.
Já estávamos próximo de Évora quando começaram as complicações no transito. Terminou a IP2 numa localidade que se chama S.Manços, estão a construir o resto da IP2 , não sei quando, mas vai chegar a Évora, tem um lanço de estrada que está praticamente pronto para ser aberto. Mas não era só o facto de ter terminado a IP2 que complicou o movimento do transito, aqui nesta terrinha em pleno interior do Alentejo havia tourada, devia estar para se iniciar, já passava das 17horas. Entre a muita gente que por ali se concentrava, e entre essas muitas pessoas havia uma ou outra alentejana muito boa, vimos também grupos de forcados, alguns deles dirigiam-se para a praça de touros a pé.
Sobre as mulheres alentejanas, nós até nos interrogamos como seria ter uma relação sexual com uma delas, será que também é tudo na maior das calmas, ou viram feras?. Nenhum de nós soube responder, nunca nenhum de nós teve uma experiência com uma alentejana, talvez um dia, quem sabe.
Depois de passar-mos pela confusão em S.Manços, começamos a andar um pouco melhor, mas não por muito tempo. Alguns Km á frente existe um entroncamento com uma estrada que vai para Reguengos de Monsaraz , estrada essa que tem prioridade, como tal o volume de transito já começava a ser considerável e atrasou consideravelmente o nosso ritmo.
Já não ia dar para estar muito tempo em Évora. A paisagem continuava igual. Ao passar junto a uma herdade, no campo tinha uns blocos em cimento que me fez lembrar a capa de um disco do Pink Floyd em que tem umas estátuas, parecia isso. Como tinha a máquina guardada no saco não deu para tirar uma foto, tive pena, certamente seria uma foto curiosa.
Começamos a avistar Évora com todo o seu esplendor, pouco nos faltava para lá chegar, também pouco faltava para o relógio marcar 18horas.
Á entrada da cidade quase todo o transito entrou numa estrada que tinha uma placa indicativa de Lisboa, nós entramos em plena cidade, era a primeira vez que eu lá passava, a única coisa que me “preocupava” era o templo, tinha que o ver e tirar uma foto.
Andamos um pouco perdidos, não tínhamos nenhum mapa da cidade, não víamos nenhuma indicação do templo, andamos á procura. Estava difícil encontrar o templo, passamos junto ao hospital, junto ao quartel do exército, menos junto ao templo. Até que ao fim de algumas voltas e por entre as estreitas ruas da cidade, quase sem querer fomos lá ter, foi uma sensação um pouco estranha ver algo que foi construído por outra civilização. Tudo tinha de ser feito muito rápido, o tempo era escasso.
Depois de estacionar o carro demos uma volta muito rápida pela zona do templo, algumas fotos á mistura e era tempo de partir.
Gostei do que vi, acho que Évora é um local que merece uma visita com calma, tem muito para ver.
Junto ao templo existe uma igreja, não sei se é a catedral, estava fechada, cá for a tinha vários turistas espanhóis a fotografar o exterior. Estavam bem equipados, estavam a fotografar com tripé, eu cheguei lá tirei duas ou três fotos e estava pronto para outra.
Já caminhava o ponteiro do relógio para as 18h30m. quando deixámos Évora. Foi mais fácil sair do que entrar, viemos apanhar a estrada que ia para Montemor o Novo, estrada nacional 114, não iríamos abandonar essa estrada até chegar a Santarém.

1 comentário:

  1. Estou a ver muito multifacetado!!
    há que experimentar tudo, diferentes culturas, línguas, é assim mesmo...

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