quarta-feira, 25 de março de 2009

Lisboa III


Sexta Feira, 25 de Julho de 1997.

Estava na recta final da minha estadia nestas terras, saí cedo do hotel, levei logo as coisas todas comigo. Cheguei bem cedo ao local do curso. A manhã correu rápido, estava convencido que não íamos dar tudo o que estava estipulado no curso, a D. Emília concordava comigo. Quando chegou a hora do almoço fomos ao mesmo restaurante, desta vez o marido da D. Emília fez companhia e almoçou connosco. Antes de eu ir para o restaurante fui a uma caixa multibanco levantar algum dinheiro, estava de novo descapitalizado. O Almoço foi rápido, comi lulas Grelhadas.

Chegamos ao curso dispostos a terminar aquilo. Quando eram sensivelmente 15 horas terminados os capítulos (14) do manual, faltavam os apêndices, o gordo não se interessou e foi-se embora . Ficamos 4 na sala incluindo o monitor, deu para quase mais uma hora, no fim preenchemos uma ficha e despedimo-nos, tinha chegado ao fim o curso, o qual foi muito bom para mim.

Como ainda era cedo vim até à baixa Lisboeta, andei a dar mais uma volta por ali, não muito grande pois estava carregado com o saco.

No Rossio apanhei um táxi para a estação, quando lá cheguei a confusão na estação era enorme, muita gente e a televisão andava lá, algo de anormal se passava, os comboios estavam a partir todos atrasados, inclusivamente o alfa que devia partir às 17 horas, partiu com mais de meia hora de atraso.

Comprei o bilhete para o Alfa das 19 horas, como na outra viagem, em primeira classe e não fumador.

Andei por ali a dar umas voltas e a ver o ambiente, inclusivamente vim a um café junto à estação beber uma cola, estava demasiado calor. No pequeno centro comercial da estação estava um grupo de rapazes e raparigas do tipo punk, sujidade era com eles, mas também havia algumas raparigas que eram autênticos hinos à beleza feminina, mas claro que não faziam parte do grupo punk, foi nesse centro que comprei uns chocolates .

A hora ia passando, ainda faltava muito tempo para o meu comboio, a confusão na estação era muita, de tal forma que achei que o comboio das 19 horas não iria sair a horas. Com mais certezas fiquei quando vi o comboio internacional com destino a Paris, partir com uma hora de atraso, o Intercidades das 18 horas com um atraso de 45 minutos, certamente que o meu não partia a horas.

Logo que me apercebi a linha de onde partia o meu comboio, fui para lá, pouca gente tinha por ali, era um contraste com o resto da estação. Sentei-me, pouco depois chegou uma mulher quarentona, parecia ser uma mulher do tipo queque, não gostava muito dela apesar de poder ser um excelente pessoa. Meteu conversa comigo, não dei muita confiança, quase me limitava a responder a uma ou outra pergunta dela.

Quando abriram o comboio, entrei e fui colocar o saco no meu lugar, a tal mulher ficava uns bancos atrás de mim e do meu lado. Numa posição intermédia e do lado oposto ficava uma rapariga que conhecia a outra, mas esta já era uma rapariga interessante.

Devido ao calor que se fazia sentir dentro do comboio, saí e fui-me sentar novamente no banco. Já lá estava uma rapariga sentada e comia uma sandes não sei de quê . Tinha um belo corpo e era muito gira, tinha as unhas pintadas de preto, dava-lhe um toque diferente, mas no caso dela prejudicava um pouco toda aquela beleza.

Estava a chegar a hora da partida, só que eu não acreditava que partisse na hora marcada. Começaram os preparativos para a partida. Já bem próximo das 19 horas chegou junto da carruagem bar uma bela rapariga acompanhada por um homem que empurrava um carrinho, iam abastecer o comboio com as bebidas e tudo o resto. Essa dita rapariga tinha um vestido castanho bastante cavado e curto, tinha um bronze de fazer inveja a muita gente, mas as marcas do bikini estavam lá, prova de que não fazia topless. Não sei porquê, ali ela andava a mostrar as belas mamas que tinha, dava vontade de as apalpar. Estava com um bronze fabuloso e tinha as mamas branquinhas, é demasiado excitante. Ela quando subia para o comboio e se baixava para pousar as coisas mostrava o cu, quando se baixava para pegar em mais coisas do exterior, mostrava as mamas, era uma bela visão na minha despedida da capital.

Eram 19 horas certinhas, quando o comboio iniciou a marcha rumo ao Porto. Fui apreciando a paisagem, tendo o Tejo como pano de fundo. Pouco depois passamos junto às obras da Expo98, aqui estavam muitos comboios parados com destino a Lisboa, nós continuávamos o nosso caminho até chegarmos a Vila Franca de Xira, quando ali chegamos começamos a perder velocidade e pouco depois estávamos parados. Algum tempo depois ouvimos uma comunicação do maquinista que íamos estar ali parados cerca de meia hora, outro tanto já tinha passado. Vim até à porta e vi o que tinha visto pouco tempo antes mas em sentido contrário, um comboio de comboios, e meu fazia parte dele. Começava a ficar impaciente, uma rapariga sentada perto de mim estava nitidamente a provocar-me e eu nada fazia.

Finalmente o comboio reiniciou a marcha, as coisas pareciam voltar ao normal, só que o atraso já não era possível recuperar.

Eu também não conseguia recuperar, a rapariga já mostrava as cuecas, só faltava tirar as ditas, eu nem me importava.

Pouco tempo depois vieram perguntar se desejávamos jantar, devido ao atraso decidi jantar no comboio, escolhi arroz de pato, como alternativa mas não para mim tinha bacalhau com natas. Serviram o jantar às 20h40m. Para quem viaja em primeira classe o jantar é servido no lugar, para a segunda as pessoas devem dirigir-se ao bar, é uma vantagem de viajar em primeira. Para acompanhar o pato bebi cerveja, na sobremesa já não fui, terminei com um café. Pato continuava a ser eu por não falar com a rapariga, não parava de me provocar.

21 horas, passamos no Entroncamento, não se efectuou paragem, essa estava prevista para Coimbra, local onde chegamos quando passavam 7 minutos das 22 horas, 35 minutos depois estávamos em Aveiro, estava próximo de casa.

Quando estávamos a chegar a Campanhã o maquinista dirigiu-se aos passageiros pedindo desculpas pelo atraso, atraso que foi devido a uma falha de energia entre Vila Franca de Xira e Lisboa, como se isso não chegasse o Intercidades que saiu antes de nós de Lisboa, avariou, como soi dizer-se um mal nunca vem só.

Estava o comboio a passar em cima da ponte sobre Douro quando a rapariga se dirigiu a mim perguntando se a próxima estação era Campanhã, claro que queira meter conversa, até o maquinista já tinha dito o nome da próxima estação. Vai daí ainda falamos um pouco, fiquei a saber que se chamava Joana, que morava em Baião e pouco mais.

Terminava desta forma , uma viagem que podia ter rendido muito mais ,mas ... , desperdicei uma oportunidade daquelas que não se devem deixar fugir, não acontecem coisas assim todos os dias.

Tinha chegado ao fim a minha viagem até à Capital, uma viagem extremamente proveitosa.

1 comentário:

  1. Meus Deus, quando surge a oportunidade ???!!!!!

    A viagem faz -se bem mas em primeira classe, isso é para quem pode, claro tudo o resto deve com certeza de 1ª....
    Venham outras....

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