domingo, 29 de março de 2009

Tossa De Mar - Encontros e Desencontros VII

Quinta Feira, 7 de Agosto de 1997.

Bem se podia dizer que estávamos no nosso penúltimo dia , é que no sábado partíamos logo de manhã.

Levantamo-nos tarde, de tal forma que já nem dava para tomar o pequeno almoço no hotel. Já não íamos ouvir as aventuras dos velhotes por terras gaulesas, fica adiado para o almoço, depois do almoço eles também iam para Barcelona.

Depois do banho saímos do hotel, íamos tomar o pequeno almoço e fazer um pouco de praia, fomos ao local onde o Miranda pensou filmar todas as belezas que estavam a fazer topless. Voltamos ao “Passeig del Mar”, ao bar cafetaria “La Fragata”. Para o meu pequeno almoço pedi dois donut’s e um sumo de laranja, o Miranda era leite café e uma torrada. Estávamos ali e lembrei-me de uma passeio que os velhotes tinham dado, era nada mais do que visitar de barco algumas grutas, ou cuevas como dizem eles, sempre quis fazer aquilo no Algarve, só que é caro, ali ficava a mil pesetas cada um. O Miranda disse que talvez ele não fosse, tinha medo de enjoar, parece que era costume. Ele ficava na praia e ia eu.

Depois do pequeno almoço, fomos até às bilheteiras saber horários e mais pormenores. A bilheteira onde me dirigi tinha um gajo lá dentro, não gostei nada do aspecto dele. Decidi ir o Miranda também foi, penso que ele nem pensou no possível enjoo. Tinha três empresas a fazer aquilo, fomos na “ Fondo de Cristal”, o barco estava prestes a partir, se perdíamos aquele tínhamos que esperar meia hora. Deu para apanhar aquele, não tinha quase ninguém, uma meia dúzia de pessoas. O Fundo do barco numa determinada zona é de vidro, daí o nome. Dava para ver os peixes se é que por ali existiam.

Quando partimos tentei ver o fundo do mar, não se via nada, com a circulação da água nada se via, dava para ver quando o barco parava. As tais Cuevas ficavam na direcção de Sant Feliux de Guíxols. Logo a seguir a Tossa passamos num local, onde estava uma meia dúzia de raparigas a fazer nudismo, não tinha areal, estavam nas rochas, mal avistavam o barco, tentavam tapar o corpo, alguma coisa ficava à vista. Começamos a entrar em algumas cuevas, coisa sem interesse, passamos também em algumas praias que dão a ideia de serem privadas. É esta a viagem às cuevas, não direi que estava desiludido, mas esperava mais. O barco vai até uma praia, lá ficou toda a gente, quem quer fazer o regresso no mesmo barco pode fazer, mas como toda a gente saiu, também saímos, íamos estar ali uma hora a fazer praia. Bem próximo de nós tinha uma mulher, acompanhada, que tinha um corpo que me deixava louco, nunca mais fiquei descansado. Essa hora passou depressa, quando chegou o barco , regressamos a Tossa.

Desta vez saiu pouca gente, com o pessoal que entrou, o barco ficou quase cheio, estragaram os nossos planos, pretendíamos ficar do lado da costa para poder filmar e fotografar. O Miranda entrou lá para dentro, eu fiquei na proa, pelo menos dali podia fotografar. Lá dentro o Miranda fazia o que podia. A ondulação não ajudava, por vezes tinha receio de uma ou outra onda, tentava proteger a máquina.

Chegamos a Tossa, tive algum receio da viagem, tanto para lá como para cá. O barco passava em zonas de muitas rochas, se batia nalguma e partia o vidro, eu nem tempo tinha de fazer “glu glu”. Isto na ida, no regresso era a ondulação, mas tudo correu bem, já tinha terminado.

Subimos ao castelo, íamos tirar as últimas fotos e fazer as últimas filmagens em Tossa. Logo na subida o Miranda tentou filmar a praia, ficou pela tentativa, a bateria acabou, eu também já não tinha muitas fotografias, tinha que começar a poupar.

Subimos quase até ao farol, depois descemos pelas traseiras, ainda estivemos a apreciar duas raparigas que estavam numa pequena praia que existe nas traseiras do castelo, eram duas belas raparigas.

Como o tempo não dava para tudo, regressamos ao hotel, pelo caminho queria fazer umas compras, só tinha comprado o boné para o Miguel, faltava o João Pedro e a Mariana.

Parei num estabelecimento para comprar postais e selos. Enquanto comprava os postais, o Miranda foi andando, encontrei-o um pouco mais à frente, andava à procura de um perfume para oferecer à Patrícia ou à Paula, não sei nem me interessava.

Regressamos ao hotel, o Miranda nada tinha comprado, decidiu que também nada ia comprar. Mais um banho tomamos, vestimo-nos para almoçar, depois do almoço e antes de partir para Barcelona Voltaríamos ao quarto para mudar de roupa e pegar nas coisas.

Para almoçar escolhi peixe, voltava a não saber que peixe era aquele, e depois ainda comi dois hamburgers, já andava a comer muito.

Voltamos a almoçar sozinhos, os velhotes não estavam lá, mas tinham deixado na mesa vestígios da passagem deles por ali, tinham almoçado mais cedo, fizeram bem, senão arriscavam-se a nunca mais chegar a Barcelona. O carro do velhote era o Renault 9, já não era nada novo, era como ele, velhote.

Depois do almoço voltamos como previsto ao quarto, descansamos um pouco, tínhamos tempo de ir para Barcelona, o jantar estava previsto ser lá, por isso não havia pressa, também já não tínhamos muito a visitar.

Estávamos nós no quarto a descansar, eu só descansei depois de ter escrito os postais e ter colado os selos nas cartas, quando tocou o telemóvel do Miranda, era a Paula, tinha problemas na empresa. Não soube que problemas eram, sei que o Miranda ficou aborrecido. Pouco depois partimos para Barcelona.

Voltamos a ir pela estrada que fomos no dia anterior, eu só levava o mapa da cidade de Barcelona, os outros tinha deixado no hotel, como já conhecíamos o caminho, achei não ser necessário ir carregado.

Quando eu dei a indicação ao Miranda que deveria virar para apanhar a NII, ele não virou, estava distraído, ou estava a pensar no telefonema, pelo menos ficou diferente depois do dito telefonema. A NII já não dava para apanhar ali, um pouco mais à frente tinha a entrada para a auto estrada , a tal A7, a internacional, voltou a esquecer-se de entrar, a partir daqui tudo era novo, decidimos ir em frente, o único problema era a falta dos mapas. Por vezes estas coisas acabam por ter muito interesse, mas nesta ocasião não era assim, o Miranda ficou diferente com o telefonema, o ambiente não era dos melhores. Andamos por sítios bonitos, passamos em Maçanet de la Selva, Hostalric, Breda e Sant Celoni, aqui voltamos à auto estrada, apanhamos a A7. Como já estávamos próximos de Barcelona e a A7 passa fora da cidade, entramos na B19, é uma auto estrada que se vai juntar com a A19, ambas terminam na avinguda Meridiana, é uma enorme avenida, como quase todas por aqui. O local onde íamos era o porto olímpico, era provavelmente o local onde jantaríamos à noite, ainda não tínhamos a certeza.

A avinguga Meridiana termina no porto Olímpico, a “fechar” a dita tem dois edifícios que são umas torres.

Aquela zona do porto está cheia de restaurantes de todo o género e para todas as bolsas. Entramos no parque, demos uma pequena volta por ali, tiramos algumas fotos, uma delas foi no podio que foi usado no jogos olímpicos de Barcelona em 1992. Tinha alguns iates , dos grandes, atracados ali, e alguma policia a vigiar a zona. Como eu queria comprar algumas coisas, abandonamos o local, àquela hora estava um pouco morto, voltávamos à noite para jantar. Morto não estava o ambiente logo na entrada do porto, ali havia uma sessão de aeróbia, não me importava de fazer aquilo com algumas que lá estavam.

Voltamos à já nossa conhecida praça de Colombo e voltamos a subir as Ramblas, tinha a mesma agitação do dia anterior, fomos deixar o carro no mesmo parque na praça da Catalunha, quando estávamos a entrar tinha a indicação que estava “complet”, aguardamos um bocadinho, pouco tempo.

O motivo da nossa ida ali, resumia-se à minha vontade de ir ao Corte Inglês ver uns discos. Já dentro do edifício do El Corte Inglês separei-me do Miranda, marcamos um local de encontro. A separação deu-se porque eu queria comprar um disco, mas não sabia que disco era, ele foi ver perfumes, voltava a andar em volta dos perfumes. Despachei-me mais rápido do que ele, apenas comprei dois discos de tunas.

Fui ter com o Miranda à zona dos perfumes, lá andava ele às voltas, tantas voltas deu que não comprou nenhum. Fomos ver outras coisas, quase se pode dizer que demos uma volta a todo o centro comercial, mas nada mais compramos. Por último subimos até ao nono piso, ali tem a cafetaria, fomos lá para beber qualquer coisa. Como era o último piso, tínhamos uma bela vista sobre a praça da Catalunha, é uma bonita praça, tem algumas fontes, algumas zonas relvadas, e alguma policia permanentemente ali, pelo aspecto de alguns, ficamos com a ideia que é ali o local de concentração dos “índios” lá do sítio. Também vi uma loja da C.A. , era a segunda que via em Barcelona, aqueles gajos estão em todo o mundo.



1 comentário:

  1. depois de tanto comer aula de aeróbica faz sempre bem
    Ainda por cima num bom local , ummmmmmmm

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