domingo, 29 de março de 2009

Tossa De Mar - Encontros e Desencontros VI ( II )


A praça de Espanha, é uma rotunda com uma estátua no meio, bem próximo tem uma praça de touros, o que nós pretendíamos ficava em frente a essa praça de touros, ou por outra o Miranda é que pretendia. Em frente fica um edifício que mais parece um palácio, e nada mais é do que um museu de arte contemporânea.
Da estrada ao museu tem muita escada para subir. Logo no inicio da subida tem uma enorme fonte que estava desligada e com algum lixo lá dentro, não acontece só cá. Aquela zona já pertence ao Monte de Montjuic, fiquei surpreendido, achava que o Monte ficava fora de Barcelona. Para ajudar a subir para o museu tem lanços de escadas rolantes que são activadas quando as pessoas se aproximam delas, depois desligam-se, está bem idealizado.
Demoramos a chegar ao museu, fizemos várias paragens, toda aquela beleza tinha que ficar guardada em filme, daí que fotos gastei algumas e o Miranda também gastou alguma fita de vídeo. Apesar de todas as paragens, lá conseguimos chegar ao topo, no museu é que não entramos, para esse tipo de coisas precisávamos de mais dias.
Quase em simultâneo com a nossa chegada chegou um enorme grupo de rapazes e raparigas, felizmente desapareceram logo de seguida, dessa forma já dava para fotografar e filmar à vontade. Eu já tinha tirado as fotos que queria, o Miranda continuava com as filmagens, quando duas raparigas orientais, me pediram para lhes tirar uma foto, com a máquina delas claro, eu só percebi pelos gestos, também não é difícil, pois elas enquanto gesticulavam, falavam e o que elas diziam eu não percebia nada.
O dia estava muito quente, eu já estava a ficar cheio de sede enquanto o Miranda estava com fome. Descemos e fomos para o carro. Ali voltaríamos no dia seguinte mas à noite, é que ali segundo o que disse a rapariga do turismo ia haver um concerto e a fonte ia funcionar. Começamos a dirigir-nos para Montjuic, começamos a entrar numa zona onde tinha muita sombra devido ao arvoredo e jardins por ali existentes. Mais um local que eles aconselhavam visitar mas como de costume paga-se, não fomos. Encostamos o carro e almoçamos o que eles no hotel nos tinham arranjado, muita coisa deitei fora, não tinha apetite, a água é que foi pouca. Descansamos um pouco, à sombra estava-se bem.
Voltamos a meter-nos na estrada, continuamos a subir em direcção ao estádio olímpico. Antes de lá chegar paramos num miradouro, via-se uma parte de Barcelona, não seria das melhores vistas sobre a cidade certamente, ali tinha uma “menina” ao ataque, eu queria atacar a sede que tinha, estava a ficar com a garganta seca. Um pouco mais à frente fica o estádio olímpico, não fosse a vedação ser em rede, diria que o edifício é belíssimo, assim fica pelo normal. Normal não é a entrada principal do estádio, essa mais dá a ideia de estarmos a entrar para um palácio. Já não aguentava mais, tinha de beber qualquer coisa. Dentro do estádio tem um bar, do tipo de bar que existe nos estádios, pedi duas cervejas, o bacano que estava do outro lado do balcão, perguntou-me que copo queria, tinha três tamanhos, dois deles eu sinceramente não via nenhuma diferença, pedi um deles, dos maiores. Quando me entregou os copos de cerveja, tirei do bolso uma nota de mil pesetas, estava à espera de troco quando o gajo me disse que faltavam duzentas pesetas. Perdi logo a sede, mas já tinha pedido, tinha que aproveitar até à última gota, valeu pelo menos que estava gelada, quanto ao resto já se sabe que tudo o que não for Super Bock não é cerveja.
Mais umas fotos batidas e piramo-nos dali, queria esquecer as cervejas. Começamos a descer pelo outro lado do monte. Vínhamos entretidos quando vimos a passar por cima de nós uma cabine do teleférico, ainda nos faltava visitar aquilo. Fomos seguindo as cabines, a estrada começou a subir bem até que terminou no castelo de Montjuic. É fabulosa a paisagem que desfrutamos dali. Barcelona é enorme. Mais fotos para a colecção. Tem também um grande porto, enfim ali tudo parece grande. No teleférico não andamos porque não dava tempo e também não estávamos dispostos a gastar muito dinheiro. Voltamos a descer, viemos até à marginal de Barcelona. Fiquei deslumbrado com tudo o que vi em Montjuic, até o preço da cerveja é especial… .
Chegamos à marginal, eu sempre a ver o mapa para fornecer as indicações necessárias ao piloto. O nosso destino era a Catedral de Barcelona. Passamos a rotunda onde tem uma estátua do Colombo, ali bem juntinho fica talvez a zona mais famosa da cidade, ou seja as “Ramblas” . Estava previsto ir lá, mas para já queríamos a Catedral. Não existe cidade espanhola que nós tenhamos visitado e não fossemos à Catedral.
Esta estava difícil, tudo porque é complicado transitar em Barcelona para pessoas que acabaram de chegar à cidade e nada conhecem. Andamos por algumas ruas muito movimentadas, inclusivamente numa delas vimos um coche puxado a cavalos, é bonito ver aquilo, não deve ser é quando os cavalos sujam a rua. Não vimos nenhuma rua que nos permitisse ir até à Catedral, no mapa eu via algumas que iam para lá e disse ao Miranda para virar em determinada rua, ele assim fez, cumpriu as indicações do navegador. Éramos os únicos naquela rua e naquela hora, felizmente, e digo felizmente porque entramos num sentido proibido. Só nos apercebemos quando chegamos a um cruzamento, ali vimos pintado no pavimento setas a indicar o sentido do transito, não tinha nenhuma no sentido que pretendíamos, fizemos inversão de marcha, ninguém viu. O problema ali é que os sinais estão do lado do condutor, nós habituados a ver os sinais do lado oposto e como naquela rua não vimos nenhum, entramos.
Voltamos outra vez à praça de Colombo, subimos as Ramblas. Estava muito movimento ali, de pessoas , carros e para complicar havia obras na rua. As Ramblas não deixam de ser uma avenida em que no meio dessa avenida tem uma zona bem larga, com árvores, e tem de tudo. Por aquilo que vi ali deve-se vender de quase tudo, proliferam os indivíduos mascarados e que ficam imóveis muito tempo, outros fazer pinturas, etc. etc. Fomos vendo tudo isso graça às obras que por ali haviam, era mais o tempo que estávamos parados na fila do que aquele que andávamos. Aquilo ali tem um ambiente louco, tem também é muitos paneleiros. Vi uma situação de dois gajos de mão dada, por isso e pela forma como se vestiam, não deixavam dúvidas a ninguém, só aos cegos, para aniquilar de vez com qualquer réstia de dúvida, a cena que observei, dissipava todas as dúvidas. Um desses gajos baixou-se para ver uma coisa que estava no chão, quando se levantou foi bem apalpado pelo outro gajo. Deram as mãos e lá foram eles.

1 comentário:

  1. As Ramblas não deixa de ter o seu encanto , pois realmente vendem de tudo ,
    è mais caracterizado pelas estátuas humanas, bem diferentes que estão espalhadas por toda a avenida,

    LINDO!!

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