Férias 1996 - Açores - S.Miguel - A Minha Terra VI

6 de Setembro de 1996, começava a chegar ao fim a minha estadia em S. Miguel. Como todos os dias anteriores , não acordei, saí de casa já passava das 10horas, fui para a cidade. Ia com ideias de comprar as últimas recordações do arquipélago. Dei umas voltas pelo centro da cidade, fui vendo algumas coisas possíveis de comprar. Passei junto á residencial onde fiquei da outra vez , residencial Alcides na Rua Hintz Ribeiro. Fui ao local onde julgava estar uma loja que se chama CASA REGIONAL DA ILHA VERDE, já não era naquele local, mas não foi para longe, fica na mesma rua a 30 metros do anterior local. Entrei na loja e fiquei um pouco “perdido”, tinha muita coisa, não sabia o que comprar. Decidi-me por alguns ossos de baleia, e mais umas coisas alusivas á ilha. Ficou cara a brincadeira, é geralmente neste tipo de coisas que gasto mais dinheiro sempre que faço alguma viagem. Não tinha mais compras a fazer, a dificuldade seria depois fazer a separação para saber o que deveria dar a cada pessoa. Comecei a ficar com alguma fome, pensei em ir visitar as “minhas amigas” da pastelaria junto á marginal. No caminho comprei mais uns postais para escrever para dois meus colegas de trabalho, sabia que quando chegassem já eu estaria em casa, mas não havia problema. Quando cheguei ao centro comercial onde fica a pastelaria , uma miúda, para aí com 10 anos, muito engraçada, veio ter comigo muito educadamente pedir 50 escudos para o telefone, achei estranho no entanto se tivesse moedas comigo teria dado, mas não tinha , foram as últimas para pagar os postais. Não gosto de andar com moedas. Entrei na pastelaria, lá estavam as “minhas amigas”, comi um bolo e bebi um sumo. Aproveitei a ocasião para escrever os postais. Estava eu compenetrado na escrita , quando uma outra miúda, com as mesmas características da anterior se dirige para mim e me pede algum dinheiro para comprar um bolo, como já tinha moedas dei 100 escudos, a miúda lá foi satisfeita comprar o bolo, entretanto chegou a outra que andava no centro comercial, repartiram o bolo, fiquei um pouco mal disposto, custa-me ver crianças naquela situação. Lembrei-me do que o Luís me tinha dito no dia anterior sobre Rabo de Peixe, daí que as miúdas se calhar até eram de Ponta Delgada, mas achava que seriam de Rabo de Peixe. O bolo já tinha desaparecido, o sumo levou o mesmo caminho, os postais escritos, abandonei o local, tinha mais coisas para fazer.
Comecei a percorrer as estreitas ruas da cidade, engarrafamentos também existem por aqui. Comecei a ficar cansado, mas não dava para parar.
Fui ao museu CARLOS MACHADO, logo que passamos o portão de entrada, existe um jardim bem arranjado. Não sabia bem onde era a entrada, mas lá descobri. Comprei um bilhete, 200 escudos, não sei se é caro ou barato, não costumo entrar em museus. Aqui podia-se observar muita coisa distinta, desde pinturas a uma exposição dos descobrimentos e passando por uma de aves. Claro que na entrada não sabia que tinha tudo isto para ver. A primeira sala que visitei, estava por minha conta, era só eu, retratava tempos passados da ilha, inclusivamente tinha expostos dois trajes tradicionais , um de mulher e outro de homem, era uma oportunidade única para fotografar, pedi autorização ao funcionário uma vez que era proibido tirar fotos , autorizou e click, mais fotos para a colecção. Nem queria pensar nos custos da revelação. Numa outra sala tinha objectos alusivos á pesca e á agricultura na ilha, de resto todas as outras salas não tinham mais nada regional, embora tivessem interesse , não me interessava tanto como as outras.
Estava a começar a ficar cansado, abandonei o museu, fui até junto do clube náutico, estive por ali cerca de meia hora. Estava na hora de regressar a casa, nessa noite partia para as Furnas. Não deu para ver um jardim que me tinham aconselhado nem o palácio do Governo Regional.
No caminho de regresso a casa , vi um avião da TAP a aterrar na pista, decidi esperar um pouco para o ver partir, pareceu-me que ia para os Estados Unidos, visto a direcção que tomou quando levantou. Já passava das 17horas. De-pois do avião partir fui para casa, estava perto.
Quando estava a chegar cruzei-me com o Luís.
Chegado a casa , preparei o saco para passar esta noite nas Furnas.