sábado, 14 de março de 2009

Serra da Estrela - Em Busca da Neve - Cap 2


13h38m. partimos para a neve, porque na serra já nós estávamos. Voltamos a passar por Gouveia, mas desta vez nem paramos, foi sempre a andar.
Já nos tínhamos apercebido das diferenças em relação á nossa última vez, e cada vez mais tínhamos a certeza que neve só na torre. Chegámos ás Penhas e nada, o que da outra vez era um imenso manto branco, desta vez era completamente diferente, nem um bocadinho para ver, estava tudo limpinho. Começamos a sempre maçadora descida para Manteigas, a viagem demorou muito menos do que a nossa última, dessa vez o piso estava escorregadio, desta estava num estado normal.
Quando chegamos a Manteigas, paramos junto a uma bomba de gasolina. Tínhamos levado umas câmaras de ar com o intuito de deslizar na neve, neve que não se tinha mostrado até agora, enchemos umas quatro, juntando o célebre trenó do Fernando, tínhamos material para todos deslizarem, só faltava mesmo a neve. Partimos para o maciço central, começamos a subida, continuava tudo limpinho. Quando chegamos aquela casinha de venda de artigos da serra , já bem próximo da nave, parámos, mas só o Rui é que comprou uma garrafa de água, nada mais se comprou. Continuamos a subida, começávamos a sentir uma certa frustração, não havia neve.
Quando chegamos á nave, ficámos desiludidos, eu penso que nunca vi aquela zona daquela forma, não havia nada, subimos em direcção á torre, era a nossa última oportunidade. Um pouco mais acima começou a aparecer um pouco de neve, mas nada significativo, só que quanto mais subíamos , mais neve víamos, mas nunca em níveis iguais ás últimas vezes.
Chegados á torre, paramos para aproveitar um pouco a neve, pouca. Tiramos o material da carrinha e o pessoal preparou-se para o “sku”. Todos levavam material mais ou menos adequado para tal “desporto”, uns levavam fatos para a neve, óculos e tudo, eu fui para a neve, com calças de ganga, um boné na cabeça, luvas nas mãos e um blusão de fato de treino.
Quase em simultâneo com a nossa chegada, chegou um Polo só com mulheres, e que mulheres, das cinco era difícil escolher uma. Lamentavelmente não ficaram nas nossas proximidades. Começamos com as nossas brincadeiras na neve. Quando se descia era bom o pior era quando tínhamos de subir, aí cansava. Deslizei com as câmaras de ar mas também com um saco plástico.
O trenó do Fernando é que não fazia grande sucesso. Talvez por falta de adaptação do pessoal a tão sofisticado veículo. Não é mau de todo, o problema é não ter direcção assistida, o que fazia com que as viagens fossem por vezes curtas.
Andamos nisto um bom bocado da tarde, bem junto de nós apareceu um enorme grupo de raparigas , algumas delas interessantes, mas também tinha muitas miúdas. Eram do norte, não sei bem de onde mas a pronuncia não enganava, pelo que falavam gostavam de beber uns copos valentes de vinho. Facultamos as câmaras de ar e o trenó para umas voltinhas, mas não dava para muito, nós também pretendíamos andar, de qualquer forma foi simpático da nossa parte.
O dia começou a ficar feio, parecia que ia chover, estava mesmo escuro o céu, inclusivamente por momentos penso que caíram algumas pingas, não sei se de água se de neve.
Bati uma foto ao grupo para mais tarde recordar esta nossa visita á neve. Pouco mais tínhamos para fazer por aqui, estava a chegar a hora de partir, regressar a casa. Regressamos á carrinha, era hora de mudar de roupa e calça-do, eu só mudei de sapatos, o resto tinha que aguentar.
Tinha comprado uma garrafa de espumante em Mangualde, estava a desgraçada esquecida na carrinha, quente. Ainda a enterrei um pouco na neve, só que não foi o tempo suficiente, mas íamos beber.
Estava tudo mais seco, quando decidimos partir, era a debandada geral da serra, o dia estava a terminar, eram 17h38m., talvez me estivesse a despedir da neve por este ano.
O caminho escolhido para regressar foi o que nos levaria ao Sabugueiro, a aldeia mais alta de Portugal.
Ainda andávamos nós pelas altas montanhas, paramos. Estava muito frio, decidimos comer um bolo que tinham comprado também em Mangualde e beber a garrafinha de espumante, já estava mais fresca mas continuava muito quente para o desejável. Comemos quase tudo e bebemos tudo, agora estava terminada a nossa visita por estas alturas. Começamos a descida para o Sabugueiro, paramos para eu comprar um queijo da serra, é um costume apesar de eu detestar queijo, trago para o pessoal de casa.
Comprei o queijo e uma pantufas quentinhas para a minha mãe, nunca sei o número, mas penso que iriam servir. Gastei quase cinco contos, tinha ficado liso. Nada mais podia comprar. Toda a gente comprou alguma coisa, o Paulo gostava era de comprar um cão serra da estrela, não comprou porque pediam 30 contos por um pequenino.
Partimos em direcção a Seia, a noite começou a cair. Bem antes de chegarmos a Seia apanhamos uma camioneta que era da Póvoa de Lanhoso, havia quem opinasse tratar-se da camioneta das raparigas que estivem connosco na serra, não sei. Sei é que o motorista da camioneta carregava bem no pedal, andava bem. Chegados a Seia escolhemos caminhos diferentes, eles foram por Viseu , nós por indicação minha viramos para Mangualde. Aqui começou a habitual discussão de qual dos caminhos seria mais curto, de nada adiantava tínhamos tomado outro rumo.
Paramos num café para tomar café. O Paulo tentou telefonar para casa mas esqueceu-se do número, parece anedota mas é verdade. O Fernando queria uma chávena para a colecção particular, o empregado não concordou, daí que o Fernando não incrementou a colecção.
Chegados á IP5, foi sempre a abrir, mas com moderação, nunca em nenhuma ocasião excedemos os limites de velocidade.
Iríamos ter que parar, desta vez era para abastecer o depósito da carrinha, foi o que fizemos num posto de abastecimento na IP5.
Nada mais fizemos ali, partimos . Um pouco mais á frente voltamos a encontrar a camioneta que tínhamos seguido durante um bocado e que deixamos próximo de Seia. Mas não a voltamos a ver mais, ficou para trás.
Chegamos a casa do António Augusto e ficou quase toda a gente, despedidas feitas, eu e o Fernando fomos á casa que o Artur anda a construir, estava ele e o Alvarinho, demoramos pouco, fomos levar o Alvarinho a casa. De seguida fui eu para casa, eram 22h. quando cheguei a casa.
Como era o dia de aniversário da Fátima, achei por bem telefonar a dar-lhe os meus parabéns pessoalmente, já lhe tinha escrito um postal.
Ficou combinado virem-me buscar a casa, para ir até casa do Firmino, eu estava cansado mas aceitei.
Fui ao quarto ter com a minha mãe, e aí fiquei a saber que durante a tarde a Fátima tinha telefonado para minha casa a convidar-me para jantar. Como eu andava longe a essa hora.
Enquanto esperava que me viessem buscar a casa, fui vendo um pouco do jogo Guimarães / Chaves.
Algum tempo depois chegou o Alberto no carro do Firmino, vinha ele e o Nuno.
Rapidamente chegamos a casa do Firmino, estava lá o pessoal do costume, o João e a mulher, a Luísa o Luís, O Zé, a Margarida a Ana, A Cristina a Francisca e o João, juntamente com os residentes habituais da casa.
Estavam todos na sala a ver umas filmagens que o Firmino fez nas férias. Estavam numa parte em que estava um grupo em casa do tio da Fátima a contarem umas anedotas.
Passou-se bastante tempo com aquilo, depois ainda se esteve a ver o filme do Firmino sobre a viagem a Manzaneda. Terminado o filme começou a debandada geral. Já passava da 1hora quando eu cheguei a casa. Terminava um dia bom mas cansativo.

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