segunda-feira, 16 de março de 2009

Alentejo e Algarve - Oportunidades Perdidas cap.2


Eram 10h12m. em Portugal Continental quando partimos rumo ao calor, nesta altura ainda não sabíamos onde iríamos passar a noite.

Apanhamos a estrada da marginal para a ponte 25 de Abril. Quanto mais nos aproximávamos da ponte mais transito havia nas ruas. Em Lisboa também estão constantemente a mudar as coisas, o que complica um pouco a vida ao pessoal, no entanto lá fomos nós, a curtir uma boa música.

Já em pleno tabuleiro da ponte começou a dar uma música da Cesária Évora, “Sodade”, de seguida deu aquela que eu considero ser o hino da Invicta cidade, Porto Sentido do Rui Veloso, adoro esta música, no entanto cria um clima de nostalgia quando estou longe de casa. Acabadas estas duas músicas, decidimos meter uma cassete com música dos Delfins, cria um bom ambiente . Tem duas músicas que eu adoro, o “Hino do Amor” e outra é “Através da multidão”, são fabulosas.

Achamos que o melhor seria meter gasóleo, não fosse termos problemas com combustível, assim que encontramos uma bomba de gasolina fomos atestar o depósito. Estava muita gente naquela bomba que é da Galp, tivemos que ir para a fila. Quando chegou a nossa vez metemos 4 mil escudos de gasóleo. Continuamos a nossa viagem rumo ao calor, calor que por aqui já se fazia sentir.

O Movimento na auto estrada era muito, mas não tínhamos paragens, estava-se a andar bem, até que chegamos á portagem da Marateca, aí tudo se complicou, acabou a auto estrada para quem seguia para o Algarve. Como era o nosso caso, tivemos que aguentar. Nunca tivemos longas paragens mas tivemos muitas que apesar de serem curtas , estragavam o andamento.

Próximo de Alcácer do Sal e como se não bastasse as filas que apanhávamos, ainda apanhamos com obras na estrada, depois disso voltou tudo quase ao normal.

Um pouco á frente de Alcácer do Sal abandonamos a movimentadíssima estrada que nos levaria para o Algarve, para entrar na estrada que segue para Sines. O movimento era completamente diferente, ou melhor, não havia comparação possível, deu para começar a andar bem. Vi a indicação de locais que gostava de ter visitado, tais como Melides, talvez numa próxima oportunidade.

Ao passarmos em Sines o ar era quase que insuportável, causava alguma dificuldade na respiração tal o mau cheiro que andava por ali, felizmente foi rápida a nossa passagem, de tal forma que quando o ponteiro andava pelas 14horas estávamos nós em Porto Covo, local que ficou conhecido devido á música do Rui Veloso.

Já andávamos em pleno Alentejo, talvez por estarmos em pleno Alentejo, e como por ali é tudo devagarinho, pensamos que é por isso que eles colocam as placas indicativas das localidades muito em cima do local, para nós que nada era devagarinho, só nos causava problemas. Por várias vezes passamos nos locais bem lançados, resultado, tínhamos que inverter o sentido de marcha.

Apesar destes pequenos percalços, lá chegamos a Porto Covo, não fomos ao centro da Vila( julgo ser vila), fomos directos para a ilha do Pessegueiro. O parque onde estava previsto ficarmos esta noite ficava a caminho. Ao passar no dito fomos á recepção fazer a inscrição, estava fechada, segurança não existia, quem quisesse entrar, entrava e saía na maior. Como a recepção estava fechada, decidimos ir curtir uma praia e depois voltávamos ao parque para nos inscrevermos e montar a “casa”.

Eu já levava calções vestidos, foi só preciso tirar a toalha e o meu livro “ Um Inverno nos Açores e Um Verão no Vale das Furnas”. O Miranda mais parecia um velho, nunca mais mudava de roupa, estava ele a mudar de roupa já estava eu a bater a zona.

Todos os locais aprazíveis para passar um pouco de tempo por ali, estavam ocupados, até que desisti de procurar mais.

Depois de estender a minha toalhinha e começar a ler mais umas folhas do livro, dei uma batida visual a ver quem me rodeava, não tinha nada de jeito, inclusivamente tinha por ali dois gajos que levando em linha de conta a movimentação deles e o modo como falavam fiquei com a sensação que se não eram paneleiros pouco devia faltar.

Não estava a gostar muito de estar ali, por vários motivos, primeiro a maré estava a subir e com a rebentação das ondas, por vezes vinha uma orvalhada na nossa direcção, depois tinha muitas aranhas por ali, nunca tinha visto tantas aranhas na praia.

Andava o relógio a pensar passar pelas 16horas quando nos decidimos vir embora, em boa hora. A maré não parava de subir, de tal forma que quando já estávamos a abandonar o local ela chegou mesmo á zona onde tínhamos estado.

Durante esta nossa curta permanência na praia a mostrar o cabedal branco, e não tinha sido lavado com Tide, decidimos mudar o local onde iríamos pernoitar, como ali já nada mais havia para ver, decidimos ir dormir a Vila Nova de Milfontes.

O caminho até lá correu sem nenhum problema, também entramos numa de alentejanos, devagarinho. Ao entrar em Vila Nova de Milfontes, vimos indicação para o parque de campismo, fomos lá ter sem nenhum engano, faltavam 2 minutos para as 17horas.

Estacionamos o carro e fomos até á recepção, estava uma mulher que deveria ter cerca de 30 anos a atender o pessoal, esperamos pela nossa vez, foi tudo muito rápido, de tal forma que nem deu para analisar bem a dita mulher.

Entramos no parque desta vez de automóvel, tínhamos que procurar um local agradável para montar a “casa”. Esse local foi encontrado logo na entrada do parque, todo o parque está dividido em secções por sebes, cada campista tem a sua zona bem marcada, é um parque muito bom nesse aspecto.

A nossa “casa” é fácil de montar, depois de montada só lá metemos as coisas necessárias para dormir, tais como saco cama e um esponja que iria servir de colchão, nada mais era necessário visto o carro ficar junto da tenda.

Havia muita gente a acampar, mas o parque não estava cheio.

Depois de devidamente instalados decidimos bater Vila Nova de Milfontes, saímos do parque em direcção á praia, pelo caminho víamos umas placas indicativas de um restaurante da zona, “Dunas Mil”, é o seu nome, fica junto á praia. Não pensávamos ir aquele, mas por entre as estreitas ruas da vila por onde passamos fomos lá ter por engano, entramos numa rua sem saída, rua que vai terminar precisamente no restaurante. Já que lá estávamos lá fomos lanchar qualquer coisa.

O Restaurante é agradável e tem uma esplanada com uma vista maravilhosa para o rio que julgo ser o rio Mira. Fomos para a esplanada, tinha algumas mesas livres, as outras que estavam ocupadas, estavam com pessoal de Lisboa, notava-se pelo sotaque.

O empregado devia ter algum problema de visão, porque passava por ali e não nos ligava nenhuma, foi preciso chamar pelo gajo. Eu pedi uma bifana e uma Super Bock, o Miranda como tinha mais fome pediu uma omeleta de camarão e uma cerveja. Enquanto aguardávamos pelo que tínhamos pedido chegou um grupo de 10 pessoas sensivelmente em que nesse grupo estavam incluídos o Luís Represas e a Margarida Pinto Correia, sinceramente acho que a televisão favorece um pouco a Margarida Pinto Correia. Pelo comportamento dos dois ficamos com a nítida sensação que havia caso entre os dois, mas como para Lisboa é tudo esquisito, até pode não haver nada, também é problema deles.

Mas acabou por chegar o que mais nos interessava, estava na hora de dar ao dente.

Enquanto estávamos entretidos a comer começámos a sentir um vento desagradável, isso ajudou para que fossemos mais rápidos a comer . Após o lanche ainda fomos dar uma voltinha pela marginal do rio, pouco andamos, estávamos mesmo a sentir frio, decidimos voltar para o carro, vesti um blusão que levava e fomos até á foz do rio mas desta vez fomos de carro. Quando lá chegamos ainda víamos algumas pessoas na praia, deviam estar cheias de calor, eu estava com algum frio. O Sol estava a fazer as despedidas por hoje, aproveitei para tirar uma foto, adoro tirar fotos ao pôr do sol, acho que têm muita beleza.

Depois disso decidimos ir a um local que julgo ser Porto das Barcas, é o porto de pesca da zona. Tem por lá dois restaurantes, ainda colocámos a hipótese de lá ir jantar, mas decidimos regressar ao parque para descansar um pouco e fazer horas para o jantar. Devido ao vento que se fazia sentir entramos na tenda e acabei por adormecer, julgo que o Miranda também. Quando acordamos já eram 21horas, a vontade de jantar era nula, mas decidimos ir comer qualquer coisa, não fosse a fome aparecer de noite e como nada tínhamos em stock fomos abastecer os nossos cabedais.

Fomos a pé para ganhar apetite e também porque o carro tinha que entrar no parque até ás 23h., depois disso ficava fora do mesmo e isso a nós não interessava.

Não tínhamos nenhum local de preferência, fomos andando e fomos vendo. O escolhido acabou por ser um restaurante que se chama “Concha”, é um restaurante pequeno mas bem arranjado, não tem mais de 10 mesas. Como tinha pelo menos uma de vago, ocupámos a mesa.

A empregada que também fiquei com a sensação que era dona do estabelecimento, era uma rapariga com cerca de 25 anos, cabelo loiro e liso, a pele era muito branca, mais parecia uma nórdica, mas com tudo isso era uma rapariga bonita e simpática, Ana de sua graça.

Pedimos os dois espetadas de lulas, para beber o Miranda meteu-se na cerveja, eu fui para uma garrafa das pequenas de Terras D’el Rei, vinho maduro branco bem fresco.

Numa mesa quase ao lado da nossa, estava um casal jovem, o gajo quase nem reparei mas a rapariga era muito, mas muito boa, fartava-se de olhar para a nossa mesa, pena era ela estar acompanhada.

Depois de termos abastecido os respectivos cabedais, era a hora de pagar, não foi caro.

Demos uma pequeníssima volta pela zona, até que decidimos regressar ao parque, ainda não eram 23horas, podíamos ter levado o carro.

Estivemos na conversa um bom bocado, até que o sono nos começou a dominar, estava na hora de dormir, esta noite não havia o canal 13( canal em que estava sintonizado o canal pornográfico na residencial em Lisboa) para entreter um pouco.

1 comentário:

  1. Sempre na boa vida!!!!mas fizeram boa escolha, Vila Nova de Mil Fontes é muito bonito, vilazinha , mas catita..
    Existe é muitas osgas......

    Muito bonito, e as raparigas também!!!.....

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