domingo, 22 de março de 2009

Labruge


Sexta Feira , 27 de Junho de 1997.

Este era o dia marcado para mais um jantar com o pessoal que foi ao jantar de despedida do JC. Foi o terceiro jantar de despedida.

O encontro ficou marcado para as 20h 30m.

Como era dia de trabalho, trabalhei até pouco depois das 18horas e fui para casa, não sabia que muito iria ter de fazer.

A persiana do quarto da Ana Maria estava avariada, lembrei-me de a tentar arranjar, aí a coisa complicou, depois o ambiente em casa não estava grande coisa. Pouco faltava para as 20horas telefonou o Alberto para minha casa, mas quando eu fui atender quem falou foi a Cristina, inventou uma desculpa para o Alberto não ir ao jantar, pensava eu, mas não passava de uma brincadeira. Telefonou apenas para se combinar a hora em que ele passava por minha casa, no entanto se fosse a sério eu não ficava chateado, fiquei no segundo jantar, desta vez não me chateava com ninguém.

Depois de ter arranjado a persiana fui tomar um banho, eram quase horas do Alberto aparecer, também estava quase na hora combinada de nos encontrar-mos com o restante pessoal.

Chegamos ao local do encontro, já passavam cinco minutos da hora combinada, mas não via ninguém. O primeiro a aparecer foi o JC, seguido pelos outros.

Não tínhamos restaurante definido, daí que era preciso escolher um, eu não queria dar a minha opinião. Decidimos partir para Leça e lá resolvíamos a questão, assim foi.

O Dantas ia na frente , não compreendi porque é que fomos ao centro da Maia para apanhar a via rápida, enfim são opções. Chegados a Leça paramos em frente à piscina, era o momento de decidir o local onde íamos jantar, saíram todos dos carros menos eu, por dois motivos, primeiro não queria dar a minha opinião, queria ficar à margem disso e depois estava muito frio, pelo menos dentro do carro estava mais quente.

Eles decidiram que íamos ao Tequilla, o Alves chegou a ser hipótese para um ou outro, mas havia quem fosse contra essa opção. Lá fomos nós a caminho do Tequilla. Sendo sexta feira e ainda por cima fim do mês, suspeitava que aquilo estaria cheio, assim foi, o JC e o Dantas na entrada foram informados que o restaurante estava cheio, voltamos à estaca zero, por pouco tempo. O Alberto falou em irmos jantar a Labruje, foi aproveitada essa opinião, estava decidido íamos ao tão falado( pelo JC) Recanto, pelos vistos é um restaurante onde costumam parar alguns jogadores do Porto.

Quando lá chegamos já passava das 21h30m., começava a ficar um pouco tarde.

O restaurante até que é agradável. Logo de inicio o Dantas não engraçou com o empregado e patrão que nos estava a servir, era homem de poucas falas. O JC aconselhou o Bife na Pedra, com alguma desconfiança à mistura toda a gente foi no dito bife. Enquanto se esperava pelos bifes, devoramos uns bolinhos de bacalhau e todo o pão que havia na mesa, para regar escolhemos um verde branco da casa, só o Alberto é que não bebeu vinho, optou como sempre pela cerveja.

A conversa como de costume neste tipo de jantar acaba invariavelmente por falar nas empresas onde cada um trabalha, neste caso não fugiu á regra, e como sempre neste tipo de conversas eu nada digo, apenas oiço, é uma forma de me actualizar.

O tema da conversa foi suspenso, por pouco tempo, tudo porque começaram a chegar os bifes. Como a Isabel era a única mulher presente na mesa, foi ela a primeira a ser servida, logo depois fui eu.

Toda a gente foi servida, era preciso cozinhar os bifes. Eles vinham crus, a pedra muito quente, tínhamos que os grelhar, que remédio. Eu comecei a partir o bife aos bocadinhos e grelhei tudo, só depois é que comi. Para acompanhar veio para a mesa alface, tomate e batatas fritas das congeladas.

Eu estava de camisa azul e calças bege, a meio do cozinhado um bocado de bife “fugiu” e caiu na camisa indo depois repousar nas calças, fiquei com manchas na camisa e nas calças, foi uma chatice.

A conversa foi voltando aos poucos, apesar de se dar mais atenção à comida.

Depois de o bife já ter desaparecido, pensamos na sobremesa, a Isabel preferiu o pudim, o Alberto bolo de chocolate, o Dantas e o JC foram para as Natas do Céu. Como duvidava se gostava de alguma daquelas coisas, pudim sei que não gostava, preferi esperar para ver, quando vi optei pelo bolo de chocolate. Após a sobremesa, o pessoal entrou numa de café, aqui eu já não alinhei, fiquei surpreendido com a Isabel, pediu aguardente, sendo coisa mais comun nos homens, ali foi a única mulher a beber tal bebida, mas enfim cada um faz o que quer. Para abafar um pouco o bagaço bebeu dois cafés.

A conta nem foi muito elevada, pagamos 2 800$00 cada um, não estava mal.

Para passar um pouco o tempo o JC sugeriu um bar junto à praia de Labruje, nunca lá tinha entrado, fomos até lá, assim como fiquei a saber qual o café onde ele costuma parar.

No bar havia música ao vivo, decidimos ficar na esplanada, para mim não havia problema, estava bem agasalhado, a Isabel tinha pouca roupa, ou roupa fresca, mas por dentro devia estar a arder. Bebi uma cola, a Isabel para menos ardente bebeu só água, o Alberto uma cerveja, os outros beberam qualquer coisa, nem sei o quê.

Pouco tempo passamos ali, depois disso fomos até ao café onde costuma parar o JC, fica quase ao lado daquele bar.

Já por mais de uma vez estive para lá entrar, suspeitava que era aquele café onde parava o JC mas como não tinha a certeza, não entrava.

Desta vez entrei. Logo que entrei vi que a Isabel conhecia um gajo que estava lá, deve ser conhecimento da faculdade. Fomos para uma mesa quase ao lado da mesa onde estava esse gajo mais um grupo. Pedimos café, cerveja e mais uma bagaço para a Isabel, eu não bebi nada, o Dantas também não. Formaram-se dois grupos de conversa, o Dantas com o Alberto e o JC com a Isabel, eu fiquei um pouco à margem de tudo aquilo, de tal forma que a partir de uma certa altura começou a ser um pouco chato para mim estar ali, é o problema de estar dependente de boleias. Na televisão estava a dar os donos da bola com o Valentim Loureiro a dizer qualquer coisa que eu não ouvia.

As horas foram-se passando, até que por volta das 2 horas decidimos regressar a casa, estava no fim mais um jantar.

O JC veio trazer-nos até à estrada nacional, aí saímos dos carros para nos despedirmos dele, despedidas feitas partimos, nem para trás olhei.

Como aquela hora não existe movimento nas ruas, cheguei rápido a casa, estava na hora de dormir. Se de manhã estivesse bom tempo, ia acampar se não ficava em casa, foi o que veio a acontecer. Quando acordei o tempo estava com algumas nuvens cinzentas, não ia arriscar acampar com aquelas condições climatéricas.

2 comentários:

  1. Claro qualquer motivo serve para um jantar!!
    também temos uma boa costa
    Labruge é uma boa para rochosa muitas algas que faz bem á saúde...
    Quando é frio á que agasalhar quem frio tem.. ( iol)

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