quarta-feira, 25 de março de 2009

Lisboa


Terça Feira , 22 de Julho de 1997.
Dia de partida para Lisboa. Estava demasiado ansioso por muitos motivos.
A empresa deu-me 85,000$00 para passar por lá estes dias, é certo que ia pagar o hotel mas sinceramente achei que era demasiado dinheiro.
Combinei com a minha colega de trabalho, que também ia comigo para Lisboa, ser eu a comprar os bilhetes do comboio, para isso fiquei de estar na estação de Campanhã por volta das 18h30m. Tive de sair mais cedo do trabalho, saí pouco passava das 16h30m. Cheguei a casa por volta das 17h20m. Logo que lá cheguei vi a persiana do quarto avariada, infelizmente não ia dar para eu a arranjar. Como o tempo era escasso tomei um banho rápido. Pouco depois do banho e já quando me estava a vestir, recebi um telefonema do Sr. Abílio Meireles, director da U.A.P., para resolver definitivamente o problema com o seguro do meu carro. Logo que me foi possível terminar a chamada parti, estava a ficar demasiado tarde.
Saí de casa e fui para a paragem de autocarro, apareceu uma camioneta e aproveitei, nunca iria estar à hora combinada em Campanhã. Saí em Gonçalo Cristóvão e esperei um pouco pelo autocarro 34, só que esse nunca mais aparecia. Faltavam 25 minutos para as 19 horas quando me decidi. Fui até ao Bolhão apanhar um táxi, não podia esperar mais pelo autocarro.
Cheguei à estação faltavam 10 minutos para as 19 horas, paguei 430$00. Logo que entrei na estação encontrei a minha colega e o marido, andava preocupada à minha procura, tudo porque não ia comigo na viagem. Por um lado ainda bem, tinha mais liberdade de movimentos, e ainda bem que cheguei atrasado, não sei como seria se tivesse chegado a horas e tivesse tirado os bilhetes.
Tirei o bilhete, ia no Alfa e em primeira classe, o custo do bilhete é elevado, mas como não era eu que pagava … , dei 5 contos e recebi 50 escudos de troco.
Estava convencido que a hora de partida era ás 19 horas, mas não, era às 19h10m. Entrei para o comboio antecipadamente e fui lendo uma revista para passar um pouco o tempo. A hospedeira era uma rapariga muito sorridente, mas infelizmente pouco interessante.
Quando o relógio marcava 19h10m. o comboio deu inicio à sua marcha, a viagem estava previsto demorar cerca de 3 horas e 20 minutos. A primeira paragem foi logo em Gaia, aliás penso que todos os comboios param naquela estação. A carruagem onde ia tinha mais umas quatro pessoa e todas elas distribuídas ao longo da carruagem, estava um ambiente porreiro.
Eram 19h54m. quando chegamos a Aveiro, o movimento continuava a ser pouco, a hospedeira toda sorridente para mim perguntou-me se desejava jantar, disse que não mas fiquei arrependido de ter respondido negativamente. O sol começou a esconder-se por entre algumas nuvens que andavam perdidas, era digno de uma fotografia. Pouco depois o comboio diminuiu drasticamente a velocidade, havia obras na linha, estávamos numa estação que tem um nome esquisito, “Quintans”, depois deste pequeno percalço, retomamos o nosso ritmo.
20h25m. Coimbra, cidade bela, tem algo de misterioso para mim e isso fascina-me. A noite já tinha caído, estava tudo demasiado sossegado na carruagem, por vezes passava a sempre sorridente hospedeira, as horas foram-se passando. 22h10m. passamos em Vila Franca de Xira, faltava pouco para terminar a viagem. Antes de chegar a Lisboa deu para ver que as obras para a Expo98 não param, tinha muita gente a trabalhar aquela hora. Pouco depois estava o comboio a entrar em S. Apolónia, estava no fim a viagem de comboio eram 22h25m., faltava chegar ao hotel.
Logo à saída da estação, apanhei um Táxi, estava um pouco confuso, inclusivamente algumas pessoas discutiam quem estava primeiro, eu fui na minha vez. 700$00 foi quanto me custou a curta viagem até ao hotel Ibis que fica na Av. José Malhoa. Cheguei lá eram 23 horas certas.
Na recepção do hotel estavam duas raparigas novas mas que nada tinham de interessante, deram-me a chave do quarto 102, subi de imediato para o quarto.
O quarto era agradável, tinha uma casa de banho completa , duas camas e televisão com canais de satélite, começaram aqui os meus problemas. Como tinha alguns canais de satélite tentei ver como se sintonizava a televisão para ver se era possível sintonizar mais alguns, o que resultou de imediato foi trocar as sintonias quase todas, tive um trabalhão para repor a situação e desisti tentar mais alguma coisa, decidi dormir porque já passava da 1 hora e de manhã tinha o curso.
Quarta Feira, 23 de Julho de 1997.
Dia em que se iniciava o Curso de Fundamentos de Informix On Line.
Levantei-me por volta das 8 horas, estava com um pouco de sono. Não sabia se a minha colega tinha chegado ou não. Depois do banho desci para tomar o pequeno almoço, com tanta coisa para comer eu comi muito pouco, o tempo também já não era muito e depois não sabia onde ficava a D. Estefânia. Pequeno almoço tomado subi ao quarto para pegar em algumas coisas e partir para o curso, ia de metro até ao centro e lá perguntaria onde ficava aquilo.
Quando voltei a descer mas desta vez para abandonar o hotel, encontrei a minha colega na recepção do hotel, aproveitei a boleia. Foi um pouco mais fácil porque ela tinha um mapa.
Após algumas voltas com alguns enganos à mistura lá chegamos à D. Estefânia e ao edifício da Rumos, empresa onde iríamos ter o curso.
Entrei no edifício e na recepção tinha duas raparigas, uma delas era muito boa outra enfim… . Perguntaram-me ao que eu ia e de onde vinha, depois disso levaram-me até à sala onde ia decorrer o curso.
Boas instalações, foi a primeira coisa que me apercebi. Logo que entrei na sala dei de caras com dois indivíduos que já estavam sentados, mas faltava o instrutor. Instrutor que chegou pouco depois, faltava a D. Emília mas ele nem sabia e após uma rápida apresentação de toda a gente ele começou a dar a matéria do curso. O instrutor era um homem novo e chama-se Manuel Paulino. Já tínhamos dado alguma coisa quando apareceu a D. Emília, pouco depois entrou outra mulher, mas essa após alguns esclarecimentos ficou a saber que estava no local errado. Continuamos o curso, de inicio eu estava um pouco confuso porque não estava a perceber aquilo mas aos poucos a coisa foi melhorando.
Estava toda a gente entretida com a matéria do curso quando o meu vizinho do lado direito, que era um rapaz muito gordo perguntou ao instrutor quando se fazia um “Coffe Break” , não gostei daquilo, era muito formal, gostava mais se perguntasse quando se fazia um intervalo para o café. Fizemos logo de seguida, uns dez minutos se tanto. O gordo saiu do edifício de telemóvel na mão e mais não o vimos durante o intervalo.
Já estávamos todos na sala quando ele chegou e com uma proposta, queria entrar mais cedo para sair mais cedo, foi aceite por todos, assim passávamos a entrar ás 9 horas em vez de ser às 9h 30m.
A matéria estava a ser interessante, de tal forma que nem nos apercebíamos da hora. Chegou a hora do almoço, como éramos os únicos forasteiros, o monitor indicou-nos alguns locais onde poderíamos almoçar, simpatia da parte dele. Fomos a um restaurante Italiano indicado por ele, “D.Corlleoni”, nome sugestivo. Restaurante pequenino e completamente cheio. Felizmente havia uma mesa para dois, aproveitamos. Num restaurante tão pequeno como aquele tem umas cinco empregadas a servir. Escolhi Goraz assado no forno, estava delicioso e com a particularidade de ter sido o chefe da cozinha a servir-me, não é todos os dias. O Almoço demorou uns dez minutos a mais do que devia, quando chegamos à sala já lá estavam todos.
Retomamos o curso, a meio fizemos mais um pequeno intervalo e na hora prevista demos por terminadas as “hostilidades” por aquele dia, estava entusiasmado com o curso. Apanhamos o metro no Saldanha e fomos para o hotel.
Chegados ao hotel despedimo-nos até à manhã do dia seguinte e subi para o meu quarto, liguei a televisão e na Rai Uno estava a dar um jogo de futebol, o Roma contra o América do Brasil, vi o que faltava para terminar o jogo, no fim saí para jantar. Ainda era cedo, como tal dei uma pequena volta pela zona de Berna, até que por volta das 20h20m. fui ao restaurante “Oh Lacerda”. Era o primeiro cliente. Para jantar pedi um Bife à Cortador, é um bom bife, estava tudo delicioso, no fim para sobremesa comi meloa. Tive um tratamento VIP, ou não fosse o único cliente no restaurante. Se não tivesse estado lá uma vez para conhecer aquilo eu nunca lá iria só. É um restaurante pouco convidativo à entrada, muito escuro, mas muito agradável lá dentro. A decoração é muito rica, tem imensas notas e moedas de todos ou quase todos os pontos do mundo, muitas delas já corroídas com o caruncho. Por falar em notas o jantar ficou por três de mil, não foi barato, mas comi bem.
Depois do jantar fui até à Praça de Espanha apanhar o metro para o centro, saí no Rossio, bati a zona até que fui à Mega Discoteca de Virgin nos Restauradores, vi lá um disco que queria comprar, mas achei melhor não o comprar naquela altura ficava para o outro dia.
Andei por ali até por volta das 23 horas, voltei ao hotel e cheguei lá quando o relógio passava pelas 23h30m. Liguei a televisão e estive a ver até por volta da 1 da manhã, era hora de dormir.

1 comentário:

  1. Gente Chique é assim mesmo , formação em Lisboa !!!!
    Sempre dá para sair um pouco da rotina....

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