segunda-feira, 9 de março de 2009

Ma Voyage á Paris Cap. 5


Sexta Feira 03 de Maio de 1996.

Chegou a hora da partida, não dormi nada, estava cheio de sono. Já estava eu no banho quando tocou o telefone, era o “despertador”. Tinha agendado nessa noite estar com a Isabel em Braga e ainda estavam em Paris. É espantosa a velocidade a que hoje podemos viajar, permitindo percorrer longas distâncias num curto espaço de tempo. Abandonei o hotel uma hora depois, estava a chegar a recepcionista, dirigiu-se para mim para se despedir, afinal ajudei-a , quando os broncas estavam cá, eu fiquei um pouco surpreendido , mas lá demos uns dois “au revoir”. Parti.

Uns cem metros abaixo do hotel, parei para tirar a minha última fotografia em Paris, era uma estátua de relógios. Continuei embalado a descida, tinha que ir até ao local onde comecei a sangrar, para apanhar a camioneta da air France. Paris estava estranhamente deserta, só tinha as brigadas de limpeza, a limpar as ruas, de resto, mais ninguém.

Demorei mais ou menos vinte minutos, a percorrer o caminho, quando lá cheguei já lá estava a camioneta. Paguei 42 francos. Pouco depois a camioneta partiu. Passei por locais que ficaram por conhecer.

A viagem demorou cerca de meia hora, faltava muito para o Check In. Ainda não aparecia a indicação do voo nos monitores. Nada mais podia fazer do que esperar. Finalmente apareceu a indicação do voo e o respectivo local para fazer o Check In. Quando me preparava para fazer o Check In , fui informado que tinha que me dirigir a um dos muitos balcões de agências que lá existem, levantar um papel. Lá fui, levantei o dito cujo, tinham o meu nome numa lista. Voltei para o Check In, estava pronto para partir.

Quando entrei para a sala de embarque, tive mais uma vez de tirar tudo o que era objecto metálico, finalmente a campainha calou-se. Passei, mais á frente estava um gajo a pedir um documento qualquer de identificação, passei, entrei para uma enorme sala, estava quase na hora de partir.

Começou a chamada para o meu voo, mas até nisto foi diferente, aqui existem aquelas mangas, que unem a sala ao avião, então a chamada foi diferente daquilo a que eu estava habituado, como a entrada para o avião era feita pela frente, começaram por chamar os últimos lugares, dessa forma evita a confusão que existe dentro do avião com o cruzamento de pessoas á procura do lugar. Como o meu lugar era tal como na ida o 11C, fui dos últimos a embarcar. Também me apercebi que mais uma vez não dava janela.

Como o avião não vinha cheio, troquei de lugar, fui para um de forma a poder apreciar a paisagem, gastei algumas fotos. Tomei o pequeno almoço a bordo, comecei a comer sem saber uma sande mista, apercebi logo que havia queijo por ali, comecei a ter vómitos, tal como me aconteceu em Paris quando tentei comer um hamburger que me custou 59 francos, mas só tentei, não comi.

Cruzei-me com outro avião mas a distâncias bem razoáveis. Ao ver as nuvens por cima, parecem macias, dá vontade de as acariciar, só que se as tentamos agarrar elas fogem-nos por entre os dedos.

Passei por montanhas cobertas de neve, não sei se seriam os Pirinéus.

Estava a chegar ao Porto, ia realizar um velho sonho que era aterrar na minha cidade, nunca tal tinha acontecido, ia poder ver o Porto desta grande mancha azul que parece não ter fim. Durante a viagem fui tirando algumas fotos.

Quando começamos a descer para aterrar o avião acompanhou o Douro, durante um bom bocado, depois virou para Gaia, nesta altura o meu rolo na máquina tinha acabado, senti uma enorme frustração, não ia poder tirar a foto que pretendia. Gostei muito de ver o Porto das alturas.

Finalmente cheguei, eram 11h26 quando o avião tocou o solo.

Não demorei quase nada a abandonar o aeroporto, logo que saí apanhei o autocarro para o Porto, ia comprar bilhete da camioneta para Braga.

Cheguei a casa pouco faltava para as 14horas.

Telefonei para a fábrica, falei com o Alberto e o Firmino, levei um pouco de festival pelo Porto ter perdido, já sabia, só tinha de aguentar. Voltei a ligar mas para falar com a Isabel, tinha que combinar a minha ida a Braga, ficou combinado ela ir ter comigo á estação quando fossem 21horas.

Passei o resto da tarde em casa, por volta das 17horas fui ao barbeiro cortar o cabelo, jantei cedo e fui para a estação. Apanhei o comboio ás 19h45m., cheguei a Braga eram 21h10m. . Quando saí do comboio não vi a Isabel, mas apareceu logo de seguida, vestia calça laranja, camisola de bico preta e tinha um lenço no pescoço.

Junto ao carro estava aquela que julgo ser a melhor amiga da Isabel, a Sofia, era uma rapariga muito bonita, mas já não tinha certezas de nada, a fadiga estava-me a dominar. Com algum esforço, vi o festival até ao fim. O festival acabou por volta das 3horas, vim de boleia para casa, primeiro no carro da Isabel até á Trofa, depois com a Sofia até casa.

Sábado 04 de Maio de 1996.

Foi o dia de aniversário da Fátima, apesar de ter bilhete para o festival não era possível ir, o jantar acabou por volta das 22h30m. Chegou ao fim uma semana que teve momentos muito altos.

1 comentário:

  1. O términos e o voltar á realidade custa muito!!
    Ainda por cima quando vem de onde se vem...

    Mas tem de ser......

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