domingo, 1 de março de 2009

Férias 1996 - Açores - S.Miguel - A Minha Terra VI (2)


A Partida para as Furnas, deu-se quando a noite já se começava a mostrar. Tínhamos que parar em Vila Franca do Campo, quando lá chegamos já era noite, pouco nos demoramos. Ao chegar ás Furnas não tive hipótese de rever a imagem que gravei na minha memória, do vale encantado , assim eu designo o vale das Furnas. Recordei as imagens que retive , aquando a minha primeira passagem, agora estava a ver a mesma coisa mas o verde deu lugar á escuridão. Chegamos a casa da mãe do Luis, ainda não tínhamos jantado. Pouco tempo depois veio o jantar, para acompanhar o jantar bebi laranjada, outro produto regional, já não me lembrava de beber laranjada, agora é só Fantas . Na televisão estava a dar o Sporting / Farense, era um jogo que nada me dizia, ao Luís dizia muito, mas o Sporting não conseguiu vencer, ainda bem.

Depois do jantar, eu e o Luís saímos para dar o que seria uma curta volta pelas Furnas. Começamos a percorrer caminhos, que eu tinha passado da minha última vez, algumas diferenças eu notei, nada é deixado ao acaso, inclusivamente a rua de acesso ao cemitério tem o nome mais adequado, “Rua do Além”, recordei muita coisa, estava a regressar ao passado.

Com o Luís a falar da evolução das Furnas, de ideias para o futuro, de coisas que o jornal contribuiu para o desenvolvimento, o ponteiro do relógio não parava, eu não estava minimamente preocupado, nem sono sentia, mas sabia que quando caísse na cama, não ia precisar de muito tempo para adormecer.No meio de tudo isto, eu estava ansioso por ver as Caldeiras, no entanto nada disse ao Luis, e não sabia se lá iríamos passar. Depois de passarmos junto ao parque Terra Nostra, começamos a caminhar em direcção ás Caldeiras. Entramos num Pub, só para ver a decoração, soberba, então a água a escorrer pelo vidro, estava espectacular. Paramos junto a umas termas que estavam a ser recuperadas, outras com problemas para o mesmo. Neste caso o jornal do Luís, teve contribuição decisiva para a recuperação. Entramos numa rua que vai dar ás Caldeiras, cada vez estava mais próximo. Paramos junto a um tanque de água quente, o mesmo local onde estive á quatro anos com o Vítor, irmão do Luís que vive em Lisboa. O Luís mergulhou os pés, na água , a mim não me apetecia. Parece que o mundo é só nosso , silêncio absoluto, que calma.

Passados alguns minutos continuamos o nosso caminho, sempre na direcção das caldeiras, o ponteiro do relógio, também continuava a sua marcha, já não era nada cedo. Chegamos junto ao edifício das termas das Furnas, parece um palácio, então visto de dia com todo aquele verde a colorir a região… . Nesta zona, a conversa , estava nos tempos de universidade do Luís e das ameaças que os “cubanos” lhe faziam.

Finalmente chegamos ao local que eu ansiosamente esperava, as Caldeiras. Todo o percurso que percorri até aqui chegar , já conhecia , mas de dia , outra agitação , agora estava aqui de madrugada, enquanto toda a gente dorme as caldeiras estão bem acordadas, continuam com toda a sua força, Se é extremamente belo também não deixa de ser um pouco assustador. Mas aqui estava eu, continuava alucinado. Tirei mais uma foto, foi difícil, o fumo é muito , a luz é mínima , mas pelo menos a máquina disparou. Visitei a minha caldeira preferida, água não se vê , mas ouve-se e de uma forma convincente. Tinha que aqui voltar no dia seguinte, ou melhor daqui a umas horas, tal o adiantado da hora , já estava no sábado. Começamos o caminho em direcção a casa da mãe do Luís. Pelo caminho, paramos numa padaria , íamos comprar pão quente, não tinha. Passamos numa casa , em que o dono está ou esteve envolvido num caso de amantes.

Quando chegamos a casa, fui directo para a cama, mais um dia longo que terminava, valeu pela parte final do dia, não que o resto tenha sido mau, mas a parte final foi extraordinária.

1 comentário:

  1. Afinal por essas terras que também Portugal usa-se amantes????!?!! e também se sabe!!
    Deve ser realmente também um sitio digo de ser ver!!

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