quinta-feira, 19 de março de 2009

S. Jacinto - Aveiro - Um dia de Pesca


Quinta feira , 1 de Maio de 1997, dia do trabalhador.
Aguardava um dia bem animado, pelo menos era do que eu estava á espera. Estava marcado para hoje a minha segunda experiência na pesca, pior do que a primeira vez não podia ser.
Levantei-me bem cedo, quando eram 7horas já o Artur e o Adélio estavam á minha espera, fomos até casa do Fernando no carro do Artur. Quando chegámos a casa do Fernando já lá estavam todos, alguns eu nem conhecia. O grupo era constituído pelo Fernando, o Silva, o filho do Silva, o Zé Manel , um colega deles que não conhecia e os outros dois já citados anteriormente.
Partimos de imediato, o Zé Manel e o Silva foram na carrinha que está ao cuidado do Zé Manel, iam passar pela Foz, para comprar “bicha”, nós ainda fomos pelo centro da cidade, o Fernando ia levar umas coisas a um amigo que tem um pão quente na rua de Camões, aproveitamos para tomar o pequeno almoço lá. O tempo era bem aproveitado, o pessoal estava com pressa de pescar, eu nem por isso.
O caminho foi feito de uma forma normal, o trânsito aquela hora era muito pouco. Paramos num posto de abastecimento da Mobil na Avenida da Republica em Gaia, depois disso foi sempre a andar.
Chegamos a S. Jacinto, o local de encontro marcado com o Zé Manel foi junto á praia. Mal paramos e visto que o Zé Manel ainda não tinha chegado, eu aproveitei para ir até á praia dar uma espreitadela, estavam lá duas pessoas já a curtir um bronze, pouco depois chegaram duas raparigas sozinhas , eu já me apetecia ficar por ali com elas. Pouco depois chegou o Zé Manel.
Fomos com os carros até bem próximo do local onde iríamos pescar, nas traseiras da base de S. Jacinto. Quando lá chegamos o Adélio ficou entusiasmado, andava muito peixe por ali, inclusivamente robalos. Descemos para bem junto da água, a maré estava baixa. O Fernando com uma rede do género das que se usam nos aquários mas bem maiores, começou a apanhar uns peixes que pareciam sardinhas, eram muito pequenos, iriam servir de isco mais tarde. A rede estava furada muitos peixes caiam ao chão, ajudei a apanhar, no fim tinha as mãos com cheiro a peixe e muitas escamas.
Pouco depois estávamos nós entretidos na pesca. O Adélio foi para a zona onde tinha visto os robalos, só que eles nada queriam com o Adélio, eu também comecei a pescar, só lançava a cana a recolhia a linha, colocar o isco no anzol não era comigo, tinha nojo dos bichos a que lhe chamam “bicha”, resumindo eu não dava para pescador.
O tempo ia passando e nós nem nos apercebíamos, chegou a hora em que o pessoal decidiu dar “ao dente”, eu para comer só tinha levado fruta e 3 bolos que comprei quando estivemos no pão quente, comi pão e um bocadinho de frango frito que o Fernando tinha levado, antes disso tinha comido um bolo, nada mais me apetecia, para beber tinha bebido muita água com limão que levei e bebi uma pinguinha de vinho que eles levaram, foi só para provar o vinho, visto eu estar numa de limonada.
Estávamos nós entretidos a comer quando saiu dos estaleiros de S. Jacinto um barco que é uma réplica de uma caravela rumo ao Tejo, parece que foi construído para a Expo98, aproveitei para tirar as minhas primeiras fotos.
Depois disto o pessoal estava numa de voltar a pescar, eu decidi fazer uma pausa, subi o paredão e fui dar uma volta, volta pequena, pouco depois estava novamente junto do pessoal para também tentar pescar mais qualquer coisa.
Fiquei junto ao Artur, ele era o meu “professor”, estávamos afastados uns bons metros do resto do pessoal, por pouco tempo. Aos poucos eles começaram a vir para junto de nós, até que passado algum tempo estávamos todos juntos.
Continuávamos a pescar uns peixinhos, o tempo estava muito quente, tudo o que tínhamos levado para beber acabou, era preciso alguém ir comprar bebidas, foi o Zé Manel e o filho do Silva, demoraram imenso tempo, pelo menos assim pensávamos, eram os efeitos da sede.
Eles tinham duvidas do que bebia, daí que compraram cerveja e sumos, tinha tudo isso á minha disposição. Com a sede que estava bebi uma Super Bock de lata, gosto mais de garrafa mas já era bem bom. Nesta altura já o pessoal estava a relaxar o dia de pesca estava a caminhar para o fim, também já eram quase 17horas, estava a chegar a hora de regressar a casa.
Pouco tempo depois o pessoal começou a arrumar as coisas, estava na hora de partir, os nossos corpos estavam vermelhos, eu apenas estive um bocado sem T. Shirt, quando comecei a sentir o corpo a ficar muito quente, vesti-me, mas mesmo assim passei quase a manhã só em calções.
Abandonámos o local, o cansaço era bem visível, logo que chegamos aos carros, metemos tudo na mala e partimos. Estava eu a beber um sumo quando me distraí e virei um bom bocado em cima do saco das máquina fotográfica.
Viemos até ao centro de S. Jacinto, o pessoal queria beber mais umas cervejas e comer qualquer coisa, lá fomos até um snack bar. Bebemos umas cervejas e comemos uns pratinhos de polvo, estava bom.
Iniciamos a viagem para casa, contrariamente aos dias de verão, desta vez a viagem até ao Furadouro decorreu muito bem, não havia filas de transito.
Um pouco á frente do Furadouro, quase tínhamos um acidente, no sentido oposto ao nosso, um gajo de mota bateu no carro que seguia á frente dele, o gajo foi projectado para a berma, a mota veio para o meio da estrada, quase que nos batia. Não paramos mas vimos que o gajo da mota se levantou de imediato, não devia ter nada de especial.
Até chegarmos a casa do Fernando não se passou nada de relevante, a não ser que á medida que nos aproximávamos do Porto o volume de transito era maior.
Quando chegámos a casa do Fernando ainda esperamos um pouco pelo Zé e o Silva, esses já tiveram problemas com o acidente no Furadouro, não puderam passar logo porque o pessoal começou a parar.
Todos insistiram para que fosse eu a levar o peixe para casa, afinal eu era o estreante, ou quase.
Estava cansado, mas estava bem disposto, o dia tinha sido fabuloso, primeiro porque adoro a zona de S. Jacinto e depois o pessoal tornou o dia agradável, com uma piadas e anedotas o tempo foi passando, talvez rápido demais.
A próxima viagem estava marcada para dois dias depois, era uma viagem para o Minho e Trás os Montes, mas sem locais previamente definidos.

1 comentário:

  1. Com a pratica, pode ser que sejas tu mesmo a pescar....

    Ou depende da cana????

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