sábado, 28 de março de 2009

Tossa De Mar - Encontros e Desencontros IV (cont. )


Ao abandonar Cap D’Agde, ficou em nós uma enorme vontade de lá regressar, é um local muito bonito, vale a pena passar por ali.

Logo que entramos na auto estrada, adquirimos o nosso ritmo de viagem, o ponteiro andava entre os 130 e os 140.

Como ainda tínhamos alguma coisa para comer, paramos na primeira área de serviço, são muito boas, sempre gostei das áreas de serviço nas auto estradas francesas, têm excelentes condições, esta não fugia ao habitual, até local para o pessoal tomar um duche tinha.

Comemos mais alguma coisa do que tínhamos levado, eu apenas comi mais umas sandes, o resto foi para o lixo. Após o pequeno lanche, fui até ás lojas que por ali tem, estive para comprar umas coisa para trazer, ainda não tinha comprado nada para o pessoal de casa e continuei sem nada comprar.

Nesse local tinha um posto de turismo, tudo o que vi sobre a região trouxe, como era gratuito aproveitei, pelo menos papeis já trazia, alguns deles poderão vir a ser muito úteis num futuro próximo, são mapas das estradas e um só sobre a rede de auto estradas com localização de hotéis.

Quando vinha para o carro falei ao Miranda no que tinha visto, não lhe falei só dos mapas, falei também de uma rapariga que estava um pouco afastada de nós e estava demasiado à vontade, quem não tinha ficado à vontade tinha sido eu, era uma mulher dos diabos. O Miranda não queria ir lá dentro sozinho, tive de o acompanhar, o “menino” tinha medo de ir sozinho. Ele com alguma timidez pegou num ou noutro panfleto, pelo menos eu vinha bem abastecido.

Partimos, éramos para parar em outras áreas de serviço, mas tal não aconteceu, umas vezes por distracção do Miranda, outras por falta de vontade, outras porque não tinha posto de turismo, como tal viemos directos até à fronteira, fizemos uma ligeira paragem, foi quase só para mexer as pernas.

Estávamos nós por ali a fotografas e a filmar, quando nos apercebemos que os ocupantes de um Golf francês estacionado ao nosso lado eram duas esbeltas francesas que sorriam imenso para nós quando entraram para o carro. Arrumamos tudo e preparamos a nossa perseguição qual peixe atrás do isco. O nosso azar foi a portagem no lado francês e logo de seguida do lado espanhol, perdemos as ditas beldades. Como pensamos que elas iam continuar na auto estrada aumentamos a velocidade, achávamos que não podiam estar longe, e de facto não estavam. Infelizmente quando as vimos elas estavam a abandonar a auto estrada , iam parar na área de serviço de La Jonquera. Era impossível pararmos ali, vínhamos na faixa da esquerda, e com uma velocidade que não permitia entrar ali, tivemos pena mas não dava. De referir que a portagem em França foi mais barata do que pensávamos, 52 francos franceses.

De vez em quando ultrapassávamos um camião português, quando o fazíamos dávamos uma buzinadela a cumprimentar, eles retribuíam com uma sonora gaitada, daquelas bem características dos camionistas. Era engraçado e fazia-nos sentir em casa por breves segundos. Depressa chegamos à saída nrº. 9, eles assinalam bem aquilo, não tem que enganar. Voltamos a fazer a estrada para Lloret de Mar e daí fomos para Tossa.

Chegamos ao hotel em cima da hora do jantar, faltava um quarto de hora mais ou menos, Subimos ao quarto e tomamos um banho para refrescar, foi tudo muito rápido. Não tínhamos tempo a perder, o jantar não esperava.

Quando chegamos ao restaurante, os velhotes ficaram surpreendidos por nos verem ali aquela hora, mas era verdade, e já tínhamos feito cerca de 500 Km.

Para jantar fui numas fêveras de porco, estavam boas. A conversa como não podia deixar de ser foi sobre a nossa viagem. O velhote ficou de tal forma entusiasmado, que queria fazer o que nós tínhamos feito, foi logo aconselhado por nós a não se meter naquilo, para pessoas como eles era muito cansativo, para não dizer que não tinham “pedal”. Depois da narrativa da viagem, falou-se da regionalização, foi uma viragem no tema de conversa, os velhotes estavam em desacordo, um é a favor, outro é contra. Assim se passou mais um jantar.

Como de costume, após o jantar os velhotes seguiram o rumo deles e nós o nosso, subimos ao quarto para apanhar o nosso material, era dia de fotografar e filmar Tossa nocturna. Fomos ao castelo, faltava-me o tripé, fiz o que pude. Não sabia se as fotos iriam dar uma imagem fiel de toda aquela beleza. A subida ao castelo fez mossa, quando descemos fomos a um bar, ao mesmo onde tinha estado na véspera, o Bambu. Hoje já não tinha a música do dia anterior, mas não se estava mal. Numa mesa ao nosso lado, estava um casal jovem, eram Italianos. O gajo eu nem reparava, mas a rapariga era baixa e muito bonita. Ela olhava para mim, mas estava acompanhada … , se não estivesse se calhar nem olhava, não tenho sorte nenhuma.

Estava decidido a ficar com pedal, a viagem tinha cansado um pouco, era preciso recuperar a energia. A melhor forma que encontrei, ou pelo menos pensava que seria a melhor forma, foi beber uma bebida com muito álcool, era uma mistura de várias bebidas, de seu nome Daiquiri. Fiz sacrifício para beber aquilo, era muito doce, o melhor que tinha eram os morangos. Aos poucos fui bebendo até que o copo ficou vazio, uma bebida daquelas não pode ser desperdiçada, só porque é cara. Bem fez o Miranda que foi fiel à sua cerveja.

Como não ganhei pedal nenhum, fomos para o hotel descansar, tinha receio do dia seguinte, estava com medo que a bebida me deixasse mal disposto. Agora tinha de aguentar.

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