domingo, 29 de março de 2009

Tossa De Mar - Encontros e Desencontros VII ( II )


Depois de contemplar tudo aquilo, achamos que já estávamos ali à demasiado tempo e ainda não tínhamos sido atendidos, viemos embora, entregamos o talão à saída em branco. Começava a aproximar-se a hora de jantar, queríamos jantar cedo para podermos ir ver o concerto na praça de Espanha. Fomos novamente para o porto olímpico, já tinha muito mais movimento, até no parque estava mais complicado arranjar lugar.

Começamos a percorrer os restaurantes, começamos a ser “incomodados” pelos empregados dos restaurantes, eles estão cá fora a tentar convencer o pessoal, nenhum nos convenceu, íamos escolher o que mais nos agradasse. Demos uma volta completa ao local, até que decidimos ir ao “La Galerna”, não parecia ser caro. Ao jantar ali, estava a dar seguimento a uma sugestão do Engº. Nuno, ele tinha aconselhado vivamente jantar um dia ali.

Para jantar pedimos “Bisque de Langostino”, era um creme de camarão, depois fomos em salmão, aqui a coisa complicou, eu não percebia quase nada do menu, fiz com que o empregado me explicasse quase toda a ementa, mas mesmo assim eu não percebia, ele também tinha dificuldades em me perceber, o homem perguntava se era italiano, negativo, tentou falar várias línguas, eu continuava a falar a língua portuguesa, em nenhum momento falei espanhol ou francês, eles quando cá vêm falam o espanhol, nós temos que os perceber, por isso ele que me percebesse.

Quando veio o salmão, fiquei um pouco a admirar o prato, era um enorme prato e com pouca coisa a preencher, o do Miranda estava igual, ambos tínhamos pedido salmão, a única diferença é que o dele tinha um molho, chamavam eles “Papillote”, o meu era simples. Para acompanhar vinham umas quatro ou cinco batatas, mas muito pequenas, era bom para a dieta, o Miranda tinha duas postas de salmão, as duas juntas davam uma igual à minha, e uma batata minúscula.

Aquela refeição foi bem regada, bebemos umas três cervejas cada um. Quando chegamos ao restaurante tinha pouca gente, neste momento estava completamente cheio . Ali vai gente de todos os níveis sociais. No restaurante onde estávamos tive oportunidade de ver quando fui aos “servicios” uma sala luxuosamente decorada, é uma sala reservada, deve ser para o pessoal VIP.

Estava a decorrer em bom ambiente o nosso jantar, as chatices do Miranda tinham sido temporariamente esquecidas. Na mesa ao lado da nossa sentaram-se três francesas, de nada valiam, mas como já estávamos por tudo ainda as ficamos a apreciar um pouco . Pedimos a sobremesa, nova “seca” dei ao empregado, o homem já não sabia como havia de falar comigo, não era por mal, eu só queria saber o que ia comer. Sobremesa comida, pedimos a conta, enquanto esperávamos pela dolorosa, vimos a chegar para uma mesa ao nosso lado umas paellas, uma delas era de arroz preto, outra parecia esparguete e não arroz, nunca tinha visto paellas daquelas. Foi uma coisa que não lembrou, podíamos ter pedido para jantar uma paella para os dois. Quando o empregado veio com a conta, dei o meu cartão visa, não sabia se aceitavam o não, desta vez não havia problema ambos tínhamos dinheiro, como ele levou o cartão e nada disse, vimos que aceitavam.

Começamos a ouvir música típica do Andes, andava por ali um grupo a tocar, esses também estão por todo o lado. Decidi que se tivesse discos para venda e não fossem muito caros comprava um. Rubriquei o papel da conta do restaurante, não tinha sido barato, mas era uma vez, como disse o Miranda já tínhamos cometido a loucura destas férias, o jantar para os dois ficou por 8346 pesetas.

Subimos as escadas, fomos ver o tal grupo que tocava, tinha discos e como tinha dito comprei um, paguei duas mil pesetas, naquela altura eu já fazia tudo, estava cheio de pedal, estava pronto para a noite. Um rapaz abordou-me, deu-me dois convites para uma discoteca, talvez não fosse, mas aceitei.

Fomos para o carro, tiramos mais umas fotos para recordar aquela noite ali.

A hora do concerto já tinha passado, era quase meia noite, mas decidimos ir até à praça de Espanha, aquilo podia ter começado atrasado, o Miranda não acreditava.

Mais nos atrasamos, enganei-me nas indicações que dava ao Miranda, andamos um pouco perdidos e por locais com demasiados semáforos, apanhávamos sempre os gajos a vermelho. Quando finalmente descobrimos o caminho, fomos direitinhos até lá, e como tinha dito o Miranda já tinha acabado, estava deserto. Subimos para Montjuic, fomos regar um pouco a relva do jardim, ficamos aliviados, eu já estava a ficar à rasca.

Também suspeitávamos que as Ramblas tinham “fechado”, muito do ambiente que tínhamos visto nas Ramblas, vimos no porto olímpico quando acabamos de jantar. Toda a gente dizia que valia a pena ver as Ramblas à noite.

Na descida para a praça de Colombo, ultrapassamos um carro português, deviam andar perdidos. Ali naquela avenida tem o Moulin Rouge de Barcelona. Chegamos às Ramblas, de facto todo o ambiente nocturno estava no porto olímpico, nesta altura nas Ramblas só tinha putas e paneleiros, não agradava aquele ambiente. Já tinha passado pelo Moulin Rouge, fez lembrar Paris, outra coisa vi que também fez lembrar a cidade luz, é o arco do triunfo, nada tem a ver com o da cidade luz, só o nome.

Estava no fim mais um dia, iniciamos o regresso a Tossa, já era tarde. Fomos pela Avinguda Meridional, entramos na A19, a velocidade era a normal, 130 140, a temperatura era agradável. Voltamos a sair em Blanes, desta vez não tínhamos problemas com o transito, esse quase não existia, o que existia era alguma agitação em Lloret. Passamos ali de gás, só parávamos nos semáforos. Quando nos estávamos a aproximar de um desses semáforos, vimos um carro que estava à espera do verde, a primeira coisa que vi é que era um carro português, depois que era um Reanult 9, eram os velhotes. O Miranda começou a buzinar e a dar sinais de luzes. Foram ultrapassados, no momento da ultrapassagem voltamos a buzinar e acenamos, a ideia com que ficamos é que eles não nos tinham reconhecido, no dia seguinte esclarecíamos a situação.

Chegados a Tossa e como o parque estava fechado, deixamos o carro na rua, de manhã metíamos no parque. Tiramos as coisas do carro e fomos a uma máquina de bebidas tirar duas colas, a sede era muita. Tinham terminado as visitas mais importantes que tínhamos programado para esta semana, o próximo dia era para descansar, muito km. tínhamos de fazer no regresso a casa.

1 comentário:

  1. Não viram a fonte luminosa,???
    tinha uma serie de combinação de cores e de agua , muito bom!!!!! pois andavam era á procura era de outro tipo de coisas ....

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